Qual é sua maior fraqueza? Se você está fazendo uma entrevista de emprego para um novo emprego ou até para mudar de cargo na organização em que trabalha, grandes chances de que alguém vá te fazer essa pergunta – ou outra com objetivo similar.
Apesar de ser frequente nos processos seletivos, a questão pode assustar. Afinal, não é fácil falar sobre pontos fracos – ainda mais quando a ideia é impressionar, como é o caso.
Segundo a especialista em carreira e autora Anne Fisher, a melhor coisa a fazer é pensar com antecedência e ir preparado para responder da melhor forma. Em artigo no site Fortune, Fisher traz a opinião de outros experts.
Por que a pergunta é feita?
De acordo com David Burkus, professor de liderança e inovação na Universidade Oral Roberts, são dois os principais motivos pelos quais os recrutadores perguntam qual é sua maior fraqueza:
“Por um lado, eles estão tentando sentir o seu nível de autoconsciência. Você se conhece bem o suficiente para reconhecer suas próprias imperfeições?”
A segunda razão é ter uma noção maior de como você se encaixaria na equipe que já trabalha na organização. “Não há problema em ter certas fraquezas se a maior parte do time existente for forte nessa área. Mas uma fraqueza relativamente menor pode ser decisiva para você se todos os outros membros da equipe também forem fracos no mesmo ponto”, explica Burkus.
Qual é sua maior fraqueza? A melhor resposta para a questão
O primeiro conselho de Fisher é não cair no lugar comum de falar “eu sou workaholic” ou “sou muito perfeccionista”, porque, embora esses dois aspectos sejam negativos para quem os têm, para os recrutadores fica claro uma tentativa de responder e não se colocar vulnerável diante da questão.
Então, o melhor é ser honesto e descrever brevemente algo com que você “luta” e também contar como você vem se esforçando para melhorar em tal ponto.
O ideal é utilizar a autoconsciência para fazer essa avaliação e, assim, conseguir mostrar que sabe “onde pode agregar valor e onde precisa se desenvolver”, destaca o professor.
“O maior erro que vejo nos candidatos é que eles fazem uma pesquisa exaustiva sobre o possível empregador e a indústria, e quase não pensam real e honestamente sobre suas próprias forças e fraquezas”, afirma Tom Gimbel, CEO da companhia de recrutamento LaSalle Network.
Em um passo a mais do que recomenda a autora, Gimbel indica mesclar suas fraquezas com pontos fortes em uma história com um “final feliz”, mas aponte o que você faria diferente atualmente.
“Dê a si mesmo um 10 para o resultado geral”, sugere ele, “e depois diga algo como ‘No entanto, eu não fiquei em contato próximo o suficiente com algumas pessoas em certos pontos enquanto o trabalho estava acontecendo, então eu me dou nota sete na comunicação com minha equipe. Estou trabalhando para melhorar nisso’.”
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