Nascido em Joinville (SC) e pós-graduado em Gestão de Organizações do Terceiro Setor pela PUC do Paraná, Guilherme Gassenferth diz que não consegue imaginar os rumos que sua carreira teria tomado se não fossem as suas experiências no Rotaract. Na organização, entre os cargos mais importantes que teve estão os de representante distrital, diretor nacional e conselheiro nacional de Interact Clubs. Em 2011, também recebeu o título Paul Harris, honraria concedida pelo Rotary Internacional por seu trabalho voluntário nas enchentes da região serrana do Rio de Janeiro.
Atualmente com 29 anos, ele é gerente da Fundação Cultural de Joinville e sócio da empresa Joinville-a-porter, uma loja de produtos alimentícios tradicionais da cidade. “Na Fundação, tenho por tarefa administrar a Casa da Cultura – com 2 mil alunos, a Orquestra Cidade de Joinville, eventos, comunicação e marketing, projetos, captação de recursos e ainda sou responsável por fazer o diálogo com 11 das 12 setoriais da cultura. Já na loja, vendemos apenas produtos sem conservantes, feitos artesanalmente, em sua maioria por agricultores locais. E não aceitamos produtos feitos fora de Joinville”, explica.
Para Guilherme, o Rotaract foi fundamental na sua vida profissional. O seu primeiro emprego, como professor de inglês, foi em uma escola em que a coordenadora era ex-rotaractiana. Já o segundo foi como concursado no Banco do Brasil, graças ao incentivo de uma companheira do Rotary Club. Enquanto ainda trabalhava no banco, ele decidiu seguir a paixão pelo voluntariado, trabalho social e Terceiro Setor, adquirida no Rotaract, especializando-se na área, por meio da sua pós-graduação.
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Assim que concluiu o curso, decidiu largar a carreira no banco e empreender, abrindo uma empresa de consultoria para ONGs. “Paralelamente, fui novamente dar aulas de inglês na escola de um rotariano. O único trabalho de minha carreira que não teve influência direta do Rotaract é o que tenho agora, na Fundação Cultural de Joinville. Contudo, tenho certeza de que se não fosse pelas habilidades e competências que adquiri ao longo dos meus 10 anos de Rotaract, como oratória, liderança, gestão de pessoas, gestão de conflitos e planejamento, não chegaria onde estou”, conta.
Aprendizados e desafios
Com o trabalho da Fundação Cultural, o objetivo de Guilherme é transformar Joinville em uma das principais referências culturais da América Latina até 2034. Liderando uma equipe de 120 pessoas, ele diz que trabalhar no setor público tem sido uma ótima experiência: “Todo o resultado do seu trabalho deve ser benéfico à sociedade e poder impactar positivamente a cidade em que se vive é fantástico. Contudo, também é muito desafiador lidar com a burocracia, com a estabilidade dos servidores públicos e com a constante falta de recursos”, afirma.
Para Guilherme, ter feito parte do Rotaract foi mais importante do que qualquer escola, faculdade ou MBA. “A organização me deu amigos pelo Brasil e pelo mundo, fez com que eu me desenvolvesse como pessoa, com que eu prestasse mais atenção às causas sociais, com que eu ampliasse muito meu network e com que eu tivesse minhas primeiras oportunidades profissionais”, conta.
Apesar dos benefícios serem evidentes, ele destaca que eles só aparecem para quem se dedica e entra de cabeça na organização, participando de eventos, reuniões e assumindo responsabilidades: “Indico o Rotaract para qualquer jovem que tenha interesse em se desenvolver como pessoa e profissional. A quem tenha legítimo interesse em conciliar atuação voluntária na área social, com crescimento profissional e desenvolvimento de liderança.”
Esta reportagem faz parte de uma série que o Na Prática organizou para ajudá-lo a conhecer diversas formas de aproveitar o período da faculdade ao máximo. Para conferir o especial completo, baixe o PDF abaixo: