A Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou nesta semana a demissão de 5% de seus funcionários com menor desempenho — cerca de 3.600 colaboradores —, segundo comunicado interno divulgado por Mark Zuckerberg . O movimento não é isolado: reflete uma estratégia de “elevar o padrão” na gestão de desempenho, alinhada a investimentos em tecnologias como inteligência artificial (IA) e óculos inteligentes. Mas o que isso significa para os profissionais, especialmente jovens em início de carreira?
Saiba por que a meta demitiu seus funcionários
Zuckerberg justificou a decisão como parte de um ciclo de “renovação” para garantir que a Meta tenha “as melhores pessoas” em um ano que promete ser “intenso” . A empresa já havia cortado 21 mil vagas entre 2022 e 2023, período que o CEO chamou de “Ano da Eficiência” . Agora, o foco é acelerar a saída de profissionais que não atendem às expectativas, mesmo que isso signifique substituí-los por novos talentos em 2025 .
A prática de demissões baseadas em desempenho é comum em grandes empresas de tecnologia, como Microsoft e Amazon, que também anunciaram cortes recentes . Isso levanta uma reflexão: como equilibrar a busca por eficiência com a retenção de talentos em um mercado competitivo?
IA e realinhamento estratégico: o futuro exige adaptação
A Meta não está apenas cortando custos. Os demitidos serão substituídos por profissionais alinhados a projetos prioritários, como desenvolvimento de IA, metaverso e wearables (dispositivos vestíveis) . Zuckerberg destacou que a empresa investiu bilhões em infraestrutura de IA e planeja aumentar gastos nessa área.
Esse movimento reflete uma tendência global: 41% das empresas pretendem reduzir equipes nos próximos cinco anos devido à automação, segundo o Fórum Econômico Mundial. Para jovens profissionais, a mensagem é clara: dominar habilidades técnicas e comportamentais ligadas à inovação tornou-se essencial.
Mudanças culturais: o impacto das decisões da Meta
Além das demissões, a Meta implementou mudanças polêmicas, como o fim do programa de verificação de fatos nos EUA e a flexibilização de regras de moderação de conteúdo, permitindo discussões sobre temas sensíveis, como imigração e identidade de gênero . Críticos associam essas medidas a um alinhamento político com figuras como Donald Trump e Elon Musk .
Para quem está entrando no mercado, isso ilustra como as escolhas estratégicas das empresas podem impactar não apenas o ambiente de trabalho, mas também a sociedade. A decisão de priorizar “liberdade de expressão” sobre moderação rigorosa, por exemplo, exige que profissionais desenvolvam senso crítico para navegar em culturas organizacionais complexas.
Lições para jovens profissionais: como se preparar?
1. Desempenho não é tudo, mas é fundamental
Empresas estão usando métricas mais rígidas. Invista em feedbacks constantes e entenda como seu trabalho contribui para os objetivos da organização .
2. Upskilling em IA e tecnologia
Cursos em machine learning, análise de dados e gestão de projetos digitais são diferenciais.
3. Adapte-se às mudanças culturais
Esteja preparado para lidar com transformações abruptas, como reestruturações e novos modelos de gestão.
4. Networking estratégico
Conectar-se com profissionais de áreas prioritárias, como IA, pode abrir portas em um mercado volátil.
Um mercado em transição
A decisão da Meta reflete um momento de virada no mundo corporativo, onde desempenho, tecnologia e adaptação cultural são pilares para a sobrevivência. Para jovens profissionais, a lição é clara: o futuro pertence a quem combina competência técnica com resiliência e capacidade de aprender continuamente. Enquanto empresas como a Meta repensam seus modelos, cabe a cada um de nós construir carreiras tão ágeis quanto às mudanças do mercado.