O maior desafio das empresas atualmente é crescer (ou ao menos se manter competitivas) em um mercado em constante transformação. Para isso, elas precisam contar com profissionais que tenham a habilidade necessária para encarar o novo. Mas o que isso significa na prática?
Significa que não basta ter competências técnicas (conhecimento formal, habilidades específicas para o desenvolvimento de suas funções). O que realmente diferencia um bom profissional de um profissional acima da média são suas competências comportamentais, isto é, suas atitudes no ambiente de trabalho.
Quando me perguntam qual é o fator crítico para se ter sucesso na carreira hoje em dia, eu digo: capacidade de adaptação. As chances de profissionais “apegados” a seu próprio modus operandi e resistentes a mudanças serem bem sucedidos nesse novo contexto são mínimas.
Um estudo feito pela Innosight, uma consultoria global de estratégia e inovação, mostrou que em 1958, a média de tempo que as empresas permaneciam no Index 500 da Standard & Poor’s (índice ponderado de valor de mercado das empresas) era de 61 anos. Em 1980, a média era de 25 anos. Atualmente, a média é de 7 anos. Em 2027? 75% das empresas atualmente listadas não estarão mais lá.
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Vivemos dizendo que o tempo passa cada vez mais rápido. Então ele nunca vai passar mais devagar do que hoje. O que isso quer dizer? Que todos nós, independente da posição que ocupamos, temos que nos “mexer”. Temos de nos abrir para o novo, encarar o erro como aprendizado, aceitar novos horizontes. Afinal de contas, a única certeza que temos é a de que o mundo não irá parar de mudar. Cabe a nós trabalharmos, individual e coletivamente, para sermos uma versão melhor de nós mesmos a cada dia.
Sofia Esteves é fundadora do grupo DMRH e Cia de Talentos
Este artigo foi originalmente publicado em EXAME.com