Egberto Santana
Publicado em 12 de fevereiro de 2025 às 14:03h.
A Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou nesta semana a demissão de 5% de seus funcionários com menor desempenho — cerca de 3.600 colaboradores —, segundo comunicado interno divulgado por Mark Zuckerberg . O movimento não é isolado: reflete uma estratégia de “elevar o padrão” na gestão de desempenho, alinhada a investimentos em tecnologias como inteligência artificial (IA) e óculos inteligentes. Mas o que isso significa para os profissionais, especialmente jovens em início de carreira?
Zuckerberg justificou a decisão como parte de um ciclo de “renovação” para garantir que a Meta tenha “as melhores pessoas” em um ano que promete ser “intenso” . A empresa já havia cortado 21 mil vagas entre 2022 e 2023, período que o CEO chamou de “Ano da Eficiência” . Agora, o foco é acelerar a saída de profissionais que não atendem às expectativas, mesmo que isso signifique substituí-los por novos talentos em 2025 .
A prática de demissões baseadas em desempenho é comum em grandes empresas de tecnologia, como Microsoft e Amazon, que também anunciaram cortes recentes . Isso levanta uma reflexão: como equilibrar a busca por eficiência com a retenção de talentos em um mercado competitivo?
A Meta não está apenas cortando custos. Os demitidos serão substituídos por profissionais alinhados a projetos prioritários, como desenvolvimento de IA, metaverso e wearables (dispositivos vestíveis) . Zuckerberg destacou que a empresa investiu bilhões em infraestrutura de IA e planeja aumentar gastos nessa área.
Esse movimento reflete uma tendência global: 41% das empresas pretendem reduzir equipes nos próximos cinco anos devido à automação, segundo o Fórum Econômico Mundial. Para jovens profissionais, a mensagem é clara: dominar habilidades técnicas e comportamentais ligadas à inovação tornou-se essencial.
Além das demissões, a Meta implementou mudanças polêmicas, como o fim do programa de verificação de fatos nos EUA e a flexibilização de regras de moderação de conteúdo, permitindo discussões sobre temas sensíveis, como imigração e identidade de gênero . Críticos associam essas medidas a um alinhamento político com figuras como Donald Trump e Elon Musk .
Para quem está entrando no mercado, isso ilustra como as escolhas estratégicas das empresas podem impactar não apenas o ambiente de trabalho, mas também a sociedade. A decisão de priorizar “liberdade de expressão” sobre moderação rigorosa, por exemplo, exige que profissionais desenvolvam senso crítico para navegar em culturas organizacionais complexas.
Empresas estão usando métricas mais rígidas. Invista em feedbacks constantes e entenda como seu trabalho contribui para os objetivos da organização .
Cursos em machine learning, análise de dados e gestão de projetos digitais são diferenciais.
Esteja preparado para lidar com transformações abruptas, como reestruturações e novos modelos de gestão.
Conectar-se com profissionais de áreas prioritárias, como IA, pode abrir portas em um mercado volátil.
A decisão da Meta reflete um momento de virada no mundo corporativo, onde desempenho, tecnologia e adaptação cultural são pilares para a sobrevivência. Para jovens profissionais, a lição é clara: o futuro pertence a quem combina competência técnica com resiliência e capacidade de aprender continuamente. Enquanto empresas como a Meta repensam seus modelos, cabe a cada um de nós construir carreiras tão ágeis quanto às mudanças do mercado.