Por Monyse Almeida
Hoje você pode assistir a aulas com os papas de todas e quaisquer áreas do conhecimento. Basta ter tempo, força de vontade, disciplina e uma conexão WiFi… E viva o Google!
Hoje você pode assistir a qualquer evento, show, palestra, TED incrível e em tempo real por streaming, live, IGTV, youtube… E viva o seu sofá!
Inegável…Tudo isso é bom demais.
Mas e os eventos presenciais? Seria o fim? Estariam eles condenados à extinção?
Não vá para nenhum desses lugares só para ouvir o que as ditas autoridades do assunto têm a falar.
Não só por isso, mas vá também por isso.
E também…
Vá pelo fato de ter a chance de encontrar potenciais pessoas interessadas pelas mesmas coisas que você. Lembre-se dentre as infinidades de coisas interessantes que existe neste mundão, vocês já tem algo em comum: estão no mesmo tempo e lugar. Grande sintonia!
Vá porque às vezes vai valer mais a pena por tão somente isso.
Muitas vezes o artista (lato sensu – “em sentido amplo”) já entrou em piloto automático, robotizou as falas, os aprendizados, as piadinhas e (acredite!) robotizou até as emoções…e isso pouco acrescentaria a você. Até porque, às vezes, o livro, a playlist do spotify ou o review é melhor sintetizado e poupa menos o seu tempo/esforço/dinheiro. Verdade seja dita.
Vá de cabeça aberta e com real intenção de ter bons encontros. Em construir com intenção a sua rede de pessoas legais por perto. Há quem chame de networking (ô palavra feinha! Ao menos me remete a uma dose de interesse econômico. Mas, por que também não?). As melhores coisas da vida não acontecem do dia pra noite. E por que seria diferente com a sua rede profissional e até pessoal?
5 equívocos sobre networking (que estão te impedindo de se dar bem com a prática)
Networking e capital social
Tem uma determinada fase da vida profissional que fica tão latente, óbvio e cristalino que a vantagem competitiva e parcela significativa do seu mérito é, inegavelmente, fruto do seu capital social. Esse ativo que anda valendo mais que ouro na Dow Jones!
Paradoxalmente, é possível fazer um zilhão de ressalvas e apontar injustiças quanto a este “modus operandi” e estes privilégios de “amigos do rei”. Enfim, estamos juntos no olhar histórico, sociológico e antropológico. Sem ingenuidades aqui, ok?
Mas parece que a vida flui melhor quando a gente diminui as críticas, olha friamente para a realidade, a entende e a compreende, cede com ressalvas, a alinha com os nossos valores inegociáveis e repactua os nossos comportamentos e os nossos limites com nós mesmo.
Há quem chame isso de maturidade! Ainda não sei, mas também não encontrei palavra melhor.
Como diria o poetinha Vinícius de Moraes, “a vida é feita de encontros, embora haja tantos desencontros pela vida”.