As Ligas Universitárias têm como objetivo reunir estudantes interessados em desenvolver conhecimentos e atividades práticas focadas em um tema específico. Entre as temáticas mais comuns das ligas brasileiras estão, por exemplo, empreendedorismo e mercado financeiro. Na primeira edição do Programa de Incubação de Ligas Universitárias, realizado pela Fundação Estudar em 2013, 110 ligas iniciaram suas atividades, atingindo 65 universidades, em 19 estados diferentes.
O analista de Marketing e Redes da Fundação Estudar Fabiano Salgado acredita que o modelo baseado nos clubes de empreendedorismo dos EUA veio para ficar. “As Ligas são uma importante forma de os jovens universitários conseguirem juntar a teoria da sala de aula com o mercado de trabalho. Prevejo uma grande expansão do movimento e uma consolidação das ações, assim como já acontece em outras organizações estudantis, como Movimento Empresa Júnior e AIESEC”, comenta.
E é exatamente para auxiliar esse crescimento, por meio de suporte, acompanhamento e apoio, que a segunda edição do Programa de Incubação de Ligas acaba de ser lançado. “Queremos promover o conceito de Ligas Universitárias por todo o Brasil, apoiá-las em sua criação e desenvolvimento, e conectá-las com profissionais e organizações de suas áreas de atuação. Em 2015, pretendemos apoiar até 250 ligas, ajudando-as com treinamentos e materiais que auxiliem na estruturação e formação do grupo fundador e demais atividades que vai realizar”, conta.
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Oportunidade única
O estudante de Administração de Empresas da Universidade de São Paulo (USP) Silvio Doria é chefe da diretoria da Liga de Mercado Financeiro da FEA/USP, que atualmente conta com 20 membros ativos e tem como principal objetivo aproximar esse assunto do aluno da graduação. Para ele, a experiência em uma Liga é uma ótima oportunidade para desenvolver habilidades interpessoais e o conhecimento técnico abordado. “As Ligas complementam o aprendizado das faculdades. É o lugar ideal para você aprofundar seus conhecimentos, conhecer gente nova que compartilha dos mesmos interesses que você e ganhar experiência ainda nos primeiros anos de faculdade”, diz.
Além de tudo o que aprendeu sobre o mercado financeiro, por meio dos cursos e palestras da Liga, Silvio também destaca o grande contato que teve com profissionais que atuam no mercado e o desenvolvimento de outras habilidades: “Networking é fundamental nessa área. Desenvolvi também minha comunicação efetiva, em virtude das reuniões que fazemos e da exposição de trabalhos para analistas do mercado.”
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Conexão com a carreira
Segundo Silvio, os aprendizados sobre o mercado financeiro e as experiências práticas que tem vivenciado dentro da Liga estão diretamente conectados com o seu futuro profissional: ”Tive a oportunidade de conhecer como funciona o mercado financeiro em suas diversas áreas. Já fui a diversos bancos e instituições financeiras, e até entrevistei o presidente de um banco de investimento. A Liga me deu uma oportunidade incrível para treinar minhas habilidades interpessoais, ganhar conhecimento e, o mais importante, compartilhar o aprendizado adquirido”, diz.
A experiência que o universitário tem dentro de uma Liga Universitária é bem diferente da que costuma encontrar em outras organizações estudantis e, para Fabiano, da Fundação Estudar, é justamente por isso que ela se torna um grande diferencial na carreira. “Na Liga o jovem tem a oportunidade de desenvolver soluções, projetos e ações ligadas a uma trilha de carreira específica. Isso o faz entender na prática como funciona o mercado e acaba se aproximando de uma decisão mais assertiva de carreira”, finaliza.
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Esta reportagem faz parte de uma série que o Na Prática organizou para ajudá-lo a conhecer diversas formas de aproveitar o período da faculdade ao máximo. Para conferir o especial completo, baixe o PDF abaixo: