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Porque essa jovem largou o emprego no Vale do Silício para empreender no Brasil

Deborah Alves

Deborah Alves tem uma trajetória profissional notável. Líder da Fundação Estudar, ainda jovem conseguiu se formar com bolsa em Ciências da Computação e Matemática em Harvard. Depois da faculdade, foi trabalhar no Vale do Silício, porém abandonou o emprego para vir empreender no Brasil.

Quando decidiu voltar para seu país, Deborah sabia que sua escolha seria controversa – que muitos não entenderiam ela sair do lugar mais cobiçado do mundo para trabalhar em tecnologia. E ela não se arrepende porque considera ter feito o melhor para a sua carreira, a longo prazo.

Mesmo na universidade, ela procurou nunca se afastar da cultura do seu país de origem. Por isso, se tornou presidente da HUBA (Harvard Undergraduate Brazilian Association) e organizou conferências temáticas.  “Fiquei cinco anos nos EUA, mas eu sempre me vi muito mais identificada, culturalmente, com o Brasil”, conta a bolsista.

 

Líderes Estudar, ou antigo Programa de Bolsas da Fundação Estudar, oferece mentoria, orientação de carreira, acesso a uma rede de mais de 600 líderes de diversas áreas de atuação, além da bolsa de estudo. As inscrições para a edição 2018 estão abertas até 26/03!

 

Trabalhar no Vale do Silício

Durante seu tempo em Harvard, Deborah fez alguns estágios – um deles no Quora, site de perguntas e respostas gerenciadas pelos usuários. Lá, trabalhou com o desenvolvimento do aplicativo para IOS (sistema operacional da Apple) e, posteriormente, com Javascript. “Eu tinha muita responsabilidade e liderava vários projetos, então aprendi demais”, diz ela.

A startup Quora, no Vale do Silício, foi, de todas as suas experiências, a sua favorita. Então, quando uma oportunidade de emprego fixo surgiu, ficou feliz em aceitar. “Adorava a empresa, estava crescendo bem e rápido lá, aprendendo muito e gostava das pessoas”, lembra ela.

Mas Deborah não tinha ido para o exterior sem a intenção de voltar. Seu plano inicial era ficar uns seis anos no Quora, porém o lado pessoal – falta de estar perto da família, dos amigos e da cultura do Brasil – pesou decisivamente. “Me agarrava aos amigos brasileiros que tinha”, conta.

Depois de um ano e meio como funcionária full time, deixou o emprego na startup para voltar. “Eu gostava muito do Quora mas não via como decadência de carreira sair do Vale do Silício para vir para São Paulo”, diz ela.

Desde o início da sua viagem, Deborah sabia que queria trabalhar no Brasil. Não só pelos motivos pessoais, mas por se sentir engajada com os problemas do país. Por isso, via que a carreira fora não estava alinhada com seus objetivos a longo prazo.

“Foi um processo de autoconhecimento porque eu percebi o que ia me fazer mais feliz e me deixar mais realizada”, diz ela. E, completa: “apesar de ser uma decisão polêmica para quem vê de fora, era de fato o que fazia sentido para mim”.

Leia mais: Porque essa engenheira de produção optou por trabalhar em finanças

Pensando em empreender, criou coragem para voltar

De volta ao Brasil, Deborah se envolveu em diversos projetos como empreendedora, a maioria dos quais ainda está em andamento. A afinidade com a área veio desde a faculdade, quando teve bastante contato com empreendedores, por conta dos eventos em que participava e da rede que formou sendo Líder da Fundação Estudar.

Ainda que considere que “nunca se está pronto para empreender”, reconhece que o tempo em que ficou nos Estados Unidos a ajudou a se sentir mais segura. Tanto pelo conhecimento que adquiriu, quanto pelo fato de que conseguiu guardar dinheiro para se manter, financeiramente, enquanto tentasse a nova carreira.

O retorno não foi sem dificuldades. Aqui, um de seus maiores desafios, até se juntar ao sócio com quem trabalha hoje, foi o de encontrar pessoas com formação técnica dispostas a empreender com ela.

Apesar de menor concorrência do que no Vale do Silício, Deborah percebeu que os profissionais brasileiros são menos abertos ao risco. “Senti as dores de empreender sozinha, principalmente de ter voltado dos Estados Unidos e não ter uma rede profissional tão grande”, diz ela.

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