Muitos editais de bolsas de estudos e descrições de vagas internacionais destacam formatos específicos de currículo. Um deles é o Europass, o currículo europeu, que busca deixar visíveis as habilidades e competências dos candidatos em qualquer país do continente.
O formato popularizou-se desde sua criação, em 2005, por uma decisão do Parlamento e do Conselho Europeus. Por trás dele, estava a necessidade de estabelecer documentos padronizados que favorecessem a transparência na mobilidade de cidadãos pela União Europeia.
Na mesma época, surgiram documentos como o Passaporte de Línguas, em que cada sujeito autoavalia sua proficiência em idiomas usando como base o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas.
Mas o que há de diferente no currículo europeu?
Para começar, o Europass está disponível em 31 idiomas, incluindo línguas que vão do português e do inglês ao russo. Em outras palavras, é mais fácil seguir o mesmo modelo e preencher o documento para candidaturas em países diferentes, já que os espaços disponíveis são padronizados.
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O modelo do currículo europeu condensa aspectos como qualificação acadêmica, experiência profissional e também uma tabela padronizada com o nível de proficiência em idiomas.
Para elaborar um documento nesses moldes, basta acessar o site oficial do Europass e escolher o idioma. Pelo mesmo sistema, é possível criar uma carta de apresentação e anexar anexos, que auxiliam nos processos de candidatura.
Aproveite e confira indicações sobre como fazer um currículo europeu nos moldes do Europass:
1) Sintetize as informações antes de colocá-las no Europass
Assim como qualquer outro documento do tipo, o currículo europeu exige que o candidato resuma bem suas experiências. Na prática, isso significa descrever funções e conquistas de forma direta, apresentando resultados e condensando informações.
Em vez de uma longa descrição sobre como entrou na empresa e assumiu um cargo de gestão, com detalhes sobre tarefas do dia a dia, opte por frases simples e separadas em bullets que deem noção do todo.
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2) Várias experiências contam
Não é apenas uma questão de listar cargos em grandes empresas. No currículo europeu, vale incluir, por exemplo, experiências de voluntariado e projetos sociais, bem como detalhar as conquistas acadêmicas. Presença em congressos, apresentação de artigos e participação em grupos de pesquisa são alguns dos itens possíveis.
No espaço para “educação e formação”, também se pode adicionar competências gerais e técnicas obtidas em cada item. Em um curso de jornalismo, por exemplo, podem ser citadas as bases teóricas e disciplinas, além do conhecimento em ferramentas de edição de vídeo e áudio.
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3) Não superestime suas competências pessoais
O currículo europeu exige que o candidato liste sua língua matéria e o nível de proficiência em cada idioma no qual tem experiência. Na hora de preencher a tabela padronizada, nessa etapa, nada de superestimar as próprias habilidades.
Para isso, o caminho certeiro é entender, por meio do Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas, qual o nível do candidato em termos de compreensão oral, escrita, leitura e interação oral. Lembre-se de que, comumente, tais habilidades podem ser testadas em outros momentos do processo de seleção, como uma entrevista presencial ou online.
Artigo originalmente publicado no portal EstudarFora.org