Ao longo da vida é provável que em algum momento você se encontre fora do mercado de trabalho, seja por um momento econômico difícil, a chegada de filhos, doenças ou outras prioridades. O empresário Monclair Cammarota possui duas experiências nas quais precisou se reinserir no mercado de trabalho.
“A primeira foi quando tranquei minha universidade e sai do emprego para passar um ano e meio viajando. A segunda foi quando me tornei atleta profissional de esporte de aventura. Precisei retornar ao mercado de trabalho ao final de 6 anos de carreira”, relembra. Nas duas ocasiões, Monclair abriu mão de empregos como professor.
“Foram ciclos que iniciaram e se fecharam. Aconteceu naturalmente, assim como voltar ao mercado. Para mim, a maior dificuldade foi começar uma atividade nova, mas não tive problemas para encontrar novas posições, porque as experiências entre trabalho também colaboraram de alguma forma”, explica.
Atualmente, ele trabalha criando jogos para desenvolvimento de pessoas e eventos corporativos na Ekoá Jogos Empresariais. “Eu acredito que o mais importante é aprender sempre. Mesmo as pessoas que estão inseridas no mercado de trabalho não podem parar de aprender sob o risco de se tornar obsoleto”, aconselha.
Como se reinserir no mercado?
Nem todo mundo encontra a mesma facilidade que Monclair na hora de voltar a trabalhar. A professora de gestão de pessoas e projetos da Universidade São Judas Andrea Martins e a consultora especialista em gestão de recursos humanos Williani Carvalho indicam atitudes podem colaborar para esse reinserção.
#1 Alimente seu LinkedIn:
As pessoas às vezes focam em redes como Facebook e Instagram e esquecem do LinkedIn, a plataforma que é voltada para o mercado profissional. Andrea ressalta que várias empresas só contratam por lá e as que não o fazem costumam checar a página do profissional antes de chamar para entrevista ou fazer a contratação.
#2 Aumente seu networking:
Como fazer isso fora do mercado? Compareça a feiras do seu setor de atuação e converse com profissionais da área.
#3 Atualize-se:
Não adianta ficar triste deitado no sofá de casa. Faça cursos. Se você não estiver bem financeiramente, aproveite os gratuitos disponibilizados em diversas plataformas. Continua se especializando e invista em aplicativos, seja para aprender uma nova língua ou habilidade. Leia livros.
#4 Capriche no currículo:
Um recrutador gasta em média, de três a seis segundos para avaliar um currículo. Se você enviar um padrão, igual ao de todo mundo, provavelmente ele acabará no lixo. Deixe claro suas competências e habilidades, não só formação acadêmica e experiência profissional. Seja sucinto.
#5 Dedique seu tempo:
Andrea afirma que na maior parte do tempo tudo que as pessoas precisam para se reinserir no mercado é tempo e dedicação. Ela afirma que estar fora do mercado não é desculpa para não investir em si mesmo.
#6 Invista em habilidades comportamentais:
Cerca de 75% dos recrutadores aplicam questionários comportamentais nas fases finais de processos seletivos. É preciso desenvolver essas habilidades porque elas dirão quem é o candidato em uma entrevista e se ele é o tipo de profissional que a empresa quer.
#7 Seja assertivo:
Não adianta mandar seu currículo para empresas toda segunda-feira em uma lista de transmissão. Entenda qual posição você quer ocupar, quais habilidades suas contribuem para isso e quais empresas procuram esse tipo de profissional para então direcionar melhor seus esforços.