De trainee da empresa júnior de Engenharia de Produção (EJEP) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) a presidente da Brasil Júnior, órgão que representa as empresas juniores em nível nacional, Ana Paula Pereira construiu uma carreira de cinco anos e muitas conquistas no Movimento Empresa Júnior. “Na EJEP, fui gerente, diretora de RH e presidente. Durante a minha gestão como presidente da empresa júnior, fui conselheira da Federação Estadual de Empresas Juniores de Santa Catarina (FEJESC). Já na Brasil Júnior, trabalhei como embaixadora na França, assessora da coordenadoria de informação e presidente”, conta.
Graduada em Engenharia de Produção Mecânica, atualmente ela trabalha como consultora associada na Bain & Company, uma empresa global de consultoria estratégica. “Se não fosse o MEJ, talvez ainda nem conhecesse a Bain, pois o primeiro contato que tive com ela foi no Encontro Nacional de Empresas Juniores de que participei. Além disso, enquanto presidente da Brasil Júnior fui responsável pelo gerenciamento da parceria que tínhamos e pude conhecer muito melhor a dinâmica do trabalho de consultoria, pela qual me encantei”, diz.
Antes mesmo de começar as aulas na UFSC, Ana Paula já tinha ouvido falar que a empresa júnior era uma boa oportunidade de desenvolvimento. Mas foi vendo o entusiasmo dos membros do Movimento que ela decidiu fazer o processo seletivo. “Queria ver o que tinha de tão interessante, e foi uma das decisões mais importantes da minha vida”, destaca.
Foi em 2012, quando presidiu a Brasil Júnior, que Ana Paula alcançou o ápice da sua carreira no MEJ. Durante o ano, ela liderou mais de 7000 estudantes universitários de 70 instituições de ensino de todo o Brasil. Além disso, a equipe direta da Brasil Júnior contava com aproximadamente 60 pessoas, entre diretores, coordenadores e assessores. “Conheci mais sobre gestão, estratégia e engenharia de produção. Desenvolvi competências de comunicação e relacionamento interpessoal, e aprendi muito sobre mim mesma, minhas capacidades e interesses, o que tem ajudado muito no caminho que tenho percorrido desde então”, diz.
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Conexão com a carreira
Além de ter conhecido e se aproximado da empresa que trabalha atualmente durante o tempo em que passou no MEJ, Ana Paula acredita que as experiências que teve no Movimento estão muito conectadas com o rumo que a sua carreira profissional tomou. “Elas me permitiram não somente me preparar para os desafios atuais do trabalho, como conhecer as diversas oportunidades existentes. Com isso, consegui direcionar a minha carreira para o que gostaria de construir profissionalmente. O MEJ foi o principal responsável pela minha formação e pelo que estou construindo”, explica.
Segundo ela, o Movimento proporciona aos estudantes uma vivência prática da vida profissional, o que os prepara para encarar os desafios da carreira e se torna um diferencial na visão dos recrutadores. Mas, para que os jovens aproveitem a oportunidade por inteiro, é preciso proatividade e comprometimento, porque o desenvolvimento não acontece de forma passiva. “É a dedicação e o envolvimento de cada um que faz com que se desenvolvam em maior ou menor grau.”
Agora no mercado de trabalho, ela diz que enxerga nos empresários juniores uma grande fonte de profissionais competentes. “Quero continuar próxima deles para atrair mais e melhores talentos para nos ajudar na desafiadora missão de criar alto valor para nossos clientes na Bain”, diz. “Pode parecer um sacrifício trocar algumas horas a mais de sono ou descanso por atividades extracurriculares durante a faculdade, mas o resultado é recompensador e se refletirá em todas as próximas fases de sua carreira”, conclui.
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