Quem já passou por processos seletivos conhece – e, muitas vezes, teme – os testes de lógica. Como diz o nome, eles são utilizados para avaliar a capacidade do candidato de raciocinar de maneira lógica – por meio de questões abertas ou fechadas. Mas essa não é sua única funcionalidade.
As avaliações quando bem desenhadas conseguem, ao mesmo tempo, entender a capacidade cognitiva do candidato e também o quanto ele tem de habilidades que são valiosas para o mercado, afirma Juan Enrique, especialista em seleção da Fundação Estudar. Entre elas, por exemplo, as de resolver problemas complexos, de criar soluções criativas, de fazer conexões, seu nível de atenção à detalhe, de noção espacial, etc.
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O que os testes de lógica medem, afinal?
“Espera-se que o candidato que alcance boa nota no teste de resoluções de problema tenda a ter mais facilidade em resolver problemas reais”, exemplifica o especialista.
Tal paralelo pode ser feito porque, embora as questões das provas de lógica não sejam frequentemente encontradas no cotidiano da maior parte das funções, seu nível de complexidade se equipara ao de outros desafios que o profissional pode ter que enfrentar, como o de construir muitos relacionamentos, planejar orçamentos ou liderar projetos.
Além disso, a agilidade de quem realiza os testes também está à prova. “Todo mundo se depara com um tempo muito pequeno para resolver questões muito difíceis.” O quanto o candidato consegue ser rápido na tomada de decisões e na identificação de padrões, então, influencia fortemente nesse quesito.
A capacidade cognitiva – o pacote que os recrutadores buscam avaliar –, portanto, pode ser entendida como a capacidade de entender a complexidade e resolver problemas e de ser criativo nas soluções, somados à agilidade em raciocinar e tomar decisões.
Esta matéria foi originalmente publicada no Blog da Stone, empresa parceira do Na Prática.