Logo depois de se formar em História, o americano Brandon Stanton não sabia que rumo profissional tomar. Um amigo que trabalhava no mercado financeiro lhe arranjou uma posição como bond trader em Chicago e, por dois anos, Stanton mergulhou no trabalho, obcecado com a ideia de ganhar dinheiro.
“A ideia era basicamente fazer dinheiro primeiro, ter segurança suficiente e mudar de direção para fazer algo que eu realmente queria fazer”, contou em uma conversa com Arianna Huffington, no podcast Thrive.
Em 2010, foi subitamente demitido – e não tinha dinheiro nenhum guardado. “O que eu mais temia era perder aquele emprego, toda minha energia estava ali. Quando o perdi, pude redirecionar todo aquele espaço mental e pensar: o que eu quero fazer?”
A resposta era fotografar, mais especificamente fotografar 10 mil pessoas anônimas em Nova York.
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Humans of New York, o projeto de Brandon Stanton
Nascia o Humans of New York, projeto que hoje tem 18,3 milhões de fãs no Facebook, outros 7,6 milhões no Instagram, já rendeu três bestsellers, uma série e centenas de milhares de dólares arrecadados para causas filantrópicas, além de encontros com o ex-presidente Barack Obama e viagens a outros países, como Ucrânia, Brasil, Paquistão e Irã.
Nada mal para alguém que passou um tempo considerável vivendo de seguro-desemprego e empréstimos de amigos e familiares. “Decidi passar minha próxima fase com dinheiro suficiente para viver”, lembra.
Stanton faz questão de destacar que não houve conto de fadas envolvido. “Não foi mágica. São milhares de quilômetros percorridos, milhares de pessoas abordadas, milhares de pessoas que me disseram ‘não’. Há muito trabalho e rejeição por trás desses momentos que parecem fáceis.”
O diferencial do Humans of New York, que são as entrevistas com os fotografados, que chegam a passar horas conversando com ele, surgiram de maneira orgânica e da experimentação.
[Após entrevistar um jovem que indicou sua professora como a heroína em sua vida, Brandon levou ambos à Casa Branca, introduziu a escola ao mundo e angariou milhares de dólares para seus projetos escolares]
Conforme o projeto foi ganhando força, passou a testar outras arenas, como impacto social. Ao compartilhar suas histórias e lhe dar plataformas, Stanton se envolveu ativamente em causas em prol de comunidades de baixa renda, refugiados, imigrantes e trabalhadores em situação de escravidão.
“Eu só fiz o que queria fazer todos os dias e houve centenas de evoluções que eventualmente me levaram a ser bem sucedido”, resume. “O mundo é um lugar tão grande que, se você acha uma pessoa que tem uma conexão com seu trabalho, há cem, mil, talvez dezenas de milhões de pessoas que vão compartilhar essa conexão.”
Escute a entrevista na íntegra aqui e inspire-se!
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