Na mesma semana, recebi duas mensagens que, juntas, me provocaram bastante. A primeira era de um estudante de escola pública da periferia de São Paulo, que pedia ajuda para que o grêmio estudantil que ele participa pudesse repensar e “reconstruir o método da escola”.
A outra mensagem veio da Índia, e era de uma amiga que estava contando sobre uma conhecida que morava no Centro-oeste brasileiro e saiu de um trainee de alta performance com chances de crescimento corporativo para trabalhar no que ela realmente acredita: educação.
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O que nós, como sociedade, ainda não compreendemos para começarmos a fazer diferente? Jovens que buscam novos modelos para a educação que eles mesmos estão vivendo e pessoas que questionam os modelos de trabalho em busca de propósito são cada vez mais frequentes.
Estudar em um colégio que prioriza o conteúdo cobrado no vestibular é sim uma opção, trabalhar 15 horas por dia em uma empresa que paga altos salários também é possibilidade para algumas pessoas. No entanto, acredito que devemos saber sobre a diversidade de caminhos que existem para escolhermos o nosso próprio de maneira clara.
E para escolher o caminho com o qual mais nos conectamos, precisamos fazer algumas perguntas para nós mesmos:
1. O que me faz vivo?
2. O que está no meu piloto automático?
3. O que levo nos meus bolsos?
4. Quem admiro e ainda não conheço pessoalmente?
5. Quem sou eu, sem falar de trabalho em nenhuma parte da resposta?
(Essa pergunta vai ser bastante difícil para alguns)
6. Finalmente: qual o meu propósito?
Quadrinho do cartunista Laerte Coutinho,
publicado na Folha de São Paulo
A mágica acontece fora da zona de conforto Não tive a oportunidade de ser como o estudante incomodado com a educação que me procurou no começo da semana. Tive uma experiência educacional tradicional, mas que gostei bastante. Mas me identifico muito com a menina que saiu de u
ma grande corporação em busca de propósito.
Com o Caindo no Brasil, saí de grandes empresas para uma viagem de cinco meses de ônibus pelo Brasil para conhecer as realidades e iniciativas que fazem a diferença na educação do nosso país. Você pode assistir mais sobre a história no vídeo abaixo ou ler um trecho do livro Caindo no Brasil: uma viagem pela diversidade da educação para conhecer mais sobre as iniciativas educacionais que visitei.
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Caio Dib, colunista do Na Prática, é fundador do Caindo no Brasil. Formado em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, já integrou equipes de instituições como Abril Educação, Colégio Bandeirantes e Instituto Natura. É autor de Caindo no Brasil: uma viagem pela diversidade da educação e Educação Reinventada: a tecnologia como catalisadora de uma nova escola.Também é educador no Transform+ação, um curso extracurricular que empodera jovens com idades entre 10 e 14 anos para criarem projetos que melhoram o bairro que vivem e estudam.