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Como é trabalhar na gestão pública, segundo quatro jovens

estátua de gestão pública
[photoarts/BentoViana]

O mito de que a máquina pública está sempre emperrada é algo que iniciativas como o programa de trainees Vetor Brasil, que conecta jovens talentosos com postos em órgãos governamentais, estão constantemente desconstruindo. A verdade é que se seu sonho é ter um impacto social grande, ajuda se seu local de escolha tiver um alcance igualmente vasto. E não há nada maior no país, nesse caso, que o governo em si.

Um outro mito, e que se esconde dentro do primeiro, é que a gestão pública não tem gente talentosa ou com vontade de mudar as coisas. Elas não só existem como existem aos montes, e é uma das coisas que saltam aos olhos dos participantes do Vetor, que está com inscrições abertas até 9/4. Em apenas alguns meses de programa, que os espalha pelo país, os trainees já citam o profissionalismo e a motivação dos colegas como pontos positivos.

Rotina O economista João Moraes Abreu, que trabalha na SP Negócios, parte da administração indireta da Prefeitura de São Paulo, sabia que encontraria pessoas de alto calibre. “No entanto, mesmo minhas expectativas positivas foram superadas”, resume ele, que participa de reuniões quase diárias com diretores e presidente do órgão e às vezes até com o próprio prefeito.

Entre os pontos de destaque do ambiente, ele cita a equipe altamente qualificada, o número reduzido de integrantes (cerca de 30) e a preocupação com a satisfação profissional de cada um dos membros da equipe. Em conjunto, tais fatores facilitam a inovação constante e lhe dão espaço e exposição total aos projetos em curso. “São tantas as oportunidades de melhorar o que já existe e criar novas e melhores formas de gestão que mesmo um time reduzido pode fazer muita diferença”, diz.

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A economista Flavia Passos Cardillo, alocada na Secretaria de Educação do Ceará, ecoa a surpresa com o número de gente boa. “O maior aprendizado foi perceber que tem muita gente com vontade de fazer a mudança e que nosso papel é fundamental para dar um gás motivacional, tanto com a capacidade técnica que muitas vezes é necessária quanto com a garra e a vontade de fazer acontecer”, diz.

Vetor Brasil - Gestão pública
[FláviaCardillo/acervopessoal]

Ela passa os dias articulando seu projeto, que envolve implementar escolas em tempo integral na rede estadual e pode impactar milhares de jovens, além de realizar análises e estudos técnicos que embasarão estratégias de curto, médio e longo prazo – outra coisa que existe, sim, no setor público.

“Meu nível de exposição a figuras de liderança é alto porque este é um projeto prioritário do governo, que envolve diretamente grandes tomadores de decisão”, conta. Entre eles estão o Secretário de Educação do estado e o Chefe de Gabinete, além de coordenadores da própria secretaria e uma “possibilidade riquíssima” de articulação.

Currículos diversos Formada em Ciências Biológicas e hoje na Secretaria de Governo de São Paulo, Aline Feistler explica que sua experiência acadêmica tem se mostrado útil no trabalho. “As contribuições positivas incluem ouvir e valorizar a opinião das demais pessoas envolvidas nos projetos, trabalhar de forma estruturada e ter disponibilidade para correr atrás de soluções quando algo não está caminhando tão bem”, diz.

O interesse pela gestão pública surgiu quando ela era mestranda em sustentabilidade, na Suécia. Hoje acompanha projetos em áreas diversas, como meio ambiente, segurança no trânsito e racionalização de gastos. E pôs em prática seus conhecimentos científicos em iniciativas como o Programa Nascentes, que tem entre os objetivos a recuperação de matas ciliares do estado, “essenciais para o cuidado com os recursos hídricos”.

Leia também: O sonho de desenvolver novas lideranças públicas para transformar o país

Numa rotina que envolve a articulação entre secretarias com projetos estratégicos em comum e auxílio na hora de desenvolver e executar projetos internos, ela aprendeu a respeitar mais o tempo de outros e a diversidade de pensamento. “É um grande campo de aprendizado”, resume.

A história de Marcus Ganter, engenheiro por formação, é similar. “Aprendi a resolver problemas e a desenvolver um raciocínio lógico estruturado e pensamento analítico que são fundamentais para qualquer política pública”, diz sobre seus estudos no ITA.

Encarregado de analisar projetos e escrever os documentos que compõe licitações na Secretaria de Planejamento do Paraná, ele diz que a experiência tem complementado as competências adquiridas na graduação.

Além de entender melhor como funcionam as relações e negociações  dentro da esfera pública – conhecimento transferível para qualquer outra área, destaca –, expandiu sua visão de mundo. No setor público lidamos com todos os tipos de pessoas, várias entidades, variados negócios e oportunidades de investimento”, explica. “E lidamos com culturas diferentes, pois cada secretaria ou grupo técnico tem características próprias.”

Para quem gosta de desafios – e resultados –, experimentar a gestão pública acaba sendo uma ótima pedida. “Na Secretaria de Educação estou mais próxima do meu propósito, que é igualar o acesso e oportunidades para a maioria desses jovens hoje em escolas públicas”, finaliza Flavia. “Em pouco tempo, tive uma oportunidade gigante nas mãos de enxergar o impacto que posso ter.”

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