Vez ou outra, os jargões de uma indústria soam impossivelmente exóticos – mas isso não passa de impressão inicial.
Para cada termo do mercado financeiro, há um conceito fundamental por trás que ajuda os profissionais da área a se entenderem dentro e fora do país.
Tomando emprestado os dicionários de finanças da BM&FBovespa e do Banco do Brasil, o NaPrática.org separou alguns dos termos básicos da indústria para você.
Os principais termos do mercado financeiro
Ações: títulos nominativos negociáveis que representam uma fração do capital social de uma empresa. Podem ser do tipo ordinárias (que conferem poder de voto em assembleias deliberativas) ou preferenciais (que oferecem preferência na distribuição de resultados ou no reembolso do capital, mas não concede ou restringe o direito de voto)
Ações “blue chips” ou de 1ª linha: ações de grande liquidez (grande quantidade de negócios) e procura no mercado; em geral são de empresas tradicionais, de grande porte/âmbito nacional e excelente reputação
Ações de 2ª linha: ações um pouco menos líquidas, de empresas de boa qualidade, em geral de grande e médio portes
Ações de 3ª linha: ações com pouca liquidez, em geral de companhias de médio e pequeno portes
Alavancagem: nível de utilização de recursos de terceiros para aumentar as possibilidades de lucro de uma empresa ou investidor
Ativos: bens, direitos e valores de uma empresa ou pessoa
Assets: ativos, em inglês
BDI (Boletim Diário de Informações): permite acompanhar o comportamento de operações e índices da BOVESPA
Bear Market: mercado em baixa ou onde os participantes esperam queda dos preços; contrário de bull market
Benchmark: índice de referência utilizado pelos fundos de investimentos para comparar rentabilidades com algum índice de mercado
Bonificações: correspondem à distribuição de novas ações para os atuais acionistas
Bônus de subscrição: títulos nominativos negociáveis que conferem ao seu proprietário o direito de subscrever ações do capital social da companhia emissora, nas condições previamente definidas
Break-even: no mundo das finanças, um investimento que não gera nem lucro nem prejuízo
Bull Market: mercado em alta ou onde os participantes esperam alta dos preços; contrário de bear market
CVM (Comissão de Valores Mobiliários): órgão fiscalizador do mercado de capitais brasileiro
Companhia aberta: empresa que promove a colocação de valores mobiliários – ou seja, ações, bônus de subscrição, debêntures, partes beneficiárias e notas promissórias para distribuição pública – em bolsas de valores ou no mercado de balcão
Baixe o ebook: O Guia Definitivo Para Iniciar Sua Carreira No Mercado Financeiro
Commodities: designa um tipo de mercadoria em estado bruto ou com um grau muito pequeno de industrialização; principais commodities são produtos agrícolas (café, soja) e minérios (cobre, aço)
Corretoras de Valores: instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e habilitadas a executar operações de compra e venda de ações ou de derivativos
Day Trade: operação em que o mesmo investidor compra e vende, no mesmo dia, a mesma quantidade de ativos de uma mesma empresa
Debêntures: títulos nominativos negociáveis representativos de dívida de médio/longo prazos contraída pela companhia perante o credor, neste caso chamado debenturista
Default: declaração de insolvência decretada pelos credores quando o devedor não paga as dívidas no prazo estabelecido
Derivativos: instrumentos financeiros sofisticados cujos valores são associados a outros bens, ativos ou títulos; propiciam a montagem de estratégias de proteção (“hedge”) ou, ao contrário, de alavancagem
Disclosure: divulgação de informação por parte de uma empresa
Dividendos: parcela dos lucros de uma companhia direcionada aos acionistas
Dumping: venda de produtos a preços mais baixos que os custos para eliminar os concorrentes e conquistar maiores fatias de mercado
Gap: se forma quando uma ação abre acima da máxima ou abaixo da mínima do dia anterior
Hedge: operações que, por ao reduzir risco de seus ativos e de suas obrigações, protegem o investidor
Holding: empresa com controle acionário de outra empresa ou de um grupo de subsidiárias
Home Broker: um sistema oferecido por diversas corretoras para conectar seus usuários ao pregão eletrônico no mercado de capitais pela internet
Informação privilegiada: informação fornecida de forma restrita a certos agentes, possibilitando ganhos aos favorecidos. A regra básica vigente é que toda a comunidade dos investidores receba as mesmas informações ao mesmo tempo, cabendo punições para os infratores.
Investidores: indivíduos ou instituições que aplicam recursos em busca de ganhos a médio e longo prazo, que operam nas Bolsas por meio de Corretoras e distribuidoras de valores
IAN: documento legal que apresenta diversas informações societárias, contábeis, mercadológicas e financeiras, mais o histórico da companhia
IPO (Initial Public Offering): termo em inglês que se traduz em oferta pública de ações de um empresa pela primeira vez; as ações são emitidas no Mercado Primário
ITR: documento legal no qual são divulgados os dados contábeis trimestrais, acompanhados de explicações sintéticas sobre a conjuntura da empresa.
Inscreva-se no curso por e-mail: As Melhores TED Talks Sobre Como Trabalhar Bem
Joint venture: quando empresas ou países se associam para trabalhar juntos em projetos ou outras companhias
Mercado à Vista: compradores e vendedores estabelecem um preço para um lote de ações a ser entregue e pago no prazo determinado
Mercado a Termo: as partes fixam um preço para a liquidação da ação em prazo futuro determinado
Mercado de Balcão: mercado de títulos sem lugar físico determinado; as transações acontecem poe telefone entre as instituições financeiras e as ações negociadas não estão registradas em bolsas de valores
Mercado de Opções: as partes negociam o direito de comprar/vender a ação a preço e prazo futuro determinados
Mercado Futuro: ocorre a compra ou venda de ação a um preço acordado entre as partes para liquidação em data futura específica
Mercado Primário: compreende o lançamento de novas ações no mercado, com aporte de recursos à companhia
Mercado Secundário: uma vez que o lançamento inicial ao mercado tenha ocorrido e os títulos adquiridos, as ações passam a ser negociadas no mercado secundário, ou seja, em bolsas de valores e nos mercados de balcão
Nota promissória: título emitido pelo devedor em que ele assume a obrigação de pagar seu credor até determinada data
Passivos: recursos próprios e de terceiros que uma empresa capta para financiar seus ativos
Securitização: operação que faz a conversão de um empréstimo (dívida) e outros ativos, em títulos negociáveis (securities); securitização é o ato de transformar dívidas em títulos negociáveis e vender estes títulos a investidores
Split: elevação do número de ações representantes do capital de uma empresa através do desdobramento (ou split, em inglês), com a correspondente redução de seu valor nominal
Spread: margem adicionada à taxa aplicável a um crédito, título ou moeda
Swap: derivativo que promove a troca (simultaneamente) de ativos financeiros entre os agentes envolvidos
Títulos públicos: papeis lançados pelo governo; podem ser do Banco Central ou do Tesouro Nacional (para financiamento da dívida pública)
VAR (Value at Risk): permite medir a probabilidade de perda de determinada aplicação em diversos cenários econômicos
VUA (Valor Unitário da Ação): quociente entre o valor do capital social realizado de uma empresa e o número de ações emitidas