O dia 8 de março é quando se comemora o Dia Internacional da Mulher. Aqui no Na Prática, aproveitamos a data para lembrar que, embora grandes avanços tenham sido conquistados nos últimos anos, as mulheres ainda sofrem com condições desiguais na maior parte dos contextos e âmbitos. Com o foco do portal no tema carreira e mercado, escolhemos destacar que
- A desigualdade de oportunidades para homens e mulheres só caiu 1,9% em 27 anos. (Organização Mundial do Trabalho/2018)
- A igualdade entre gêneros só será alcançada em 257 anos. (Fórum Econômico Mundial/2019)
Perguntamos para as seguidoras do Instagram da Fundação Estudar – organização da qual o Na Prática é uma das iniciativas – qual foi seu maior aprendizado de carreira, o que escolheriam passar para outras mulheres. As respostas selecionadas você confere abaixo (sem ordem específica).
7 conselhos de carreira de mulheres para mulheres
#1 “Como cientista e ativista vitalícia pela equidade de gênero em todas as áreas meu maior aprendizado foi: não compactuar com desigualdade, qualquer que seja. Procurar empresas que prezem pelos direitos iguais, que tenham mulheres em cargos de liderança, que tenham voz (e ações!) expressiva nessa causa. Denunciar assédios e sempre que possível incentivar outras mulheres. É muito importante falar sobre a presença e valorização da mulher em todos os campos, mas é preciso fazer e se posicionar para que mudanças de fato aconteçam.”
Isabela Chitolina, estagiária voluntária no Laboratório de Fotobiologia da UFSM, 22 anos
#2 “Meu maior aprendizado de carreira, que refletiu na vida, é que as pessoas são sempre o mais importante! É preciso valorizá-las e mais que isso, ouvi-las.”
Ana Luiza Gonçalves, estudante de Engenharia Química e estagiária de Food Safety na Danone, 22 anos
#3 “Aprendi que ser sensível não significa ser fraca. E que vulnerabilidade é uma benção. E, por último, aprendi que por trás de um homem ou uma outra mulher existe um outro alguém. Cheio de questões, anseios e individualidades. E isso já basta, e está tudo bem!”
Ana Thaise Santos, gerente de Revenue Growth Management na L’Oréal, 32 anos
#4 “Você merece tudo que conquistou! Não tenha Síndrome de Impostor nem se compare aos colegas de sexo masculino. Em vez disso, se inspire com a história de grandes mulheres em diversas áreas e encontre sua própria voz.”
Eduarda Araújo, analista de Operações Sênior, Planejamento e Controle de Manutenção, 23 anos
Leia mais sobre a Síndrome do Impostor
#5 “O meu maior aprendizado, sem dúvidas, foi o de me encorajar a assumir um cargo que antes era apenas ocupado por homens na história da empresa. E, além disso, de acreditar que possuía as mesmas competências ou até mais para assumir a liderança. Tive medo, pensei em não seguir com minha candidatura, mas hoje vejo o quão capaz eu sou e no quanto esse desafio me enriqueceu como pessoa e como profissional.”
Thais Riveiro, presidente da StartHub, Empresa Júnior de Engenharia de Produção e Engenharia Química da UEA, 22 anos
#6 “Trate todos com respeito, ouça mais e fale menos. Piadinhas e preconceitos falam somente sobre a pessoa que está atacando. Não leve para o lado pessoal e siga firme no caminho. Tudo bem não ser competitiva, tudo bem não ficar ate 22hrs trabalhando, tudo bem colocar a família, amigos ou qualquer outra coisa em primeiro lugar, tudo bem engordar/emagrecer, usar sapato baixo, tudo bem… respira fundo e segue em frente.”
Silvana Bulcão, engenheira civil, 35 anos
#7 As pessoas precisam saber quem tu é, a história que está construindo e as tuas habilidades! Eu sei que vivemos em uma sociedade em que autoconhecimento, autoconfiança e autorreconhecimento são características de um arrogante, mas isso tudo influencia o desenvolvimento de uma carreira brilhante. Ciente e imersos nestas três características, conseguimos saber o que podemos ou não, o que devemos ou não e o que queremos ou não fazer. Embora as pessoas não te compreendam, tu sabes que é disso que precisa para ser feliz e isso é o que importa. Em suma: autoconhecimento, autorreconhecimento e autoconfiança nos fazem galgar rumo a uma carreira mais sólida!”
Carolina Diniz, estudante de Direito e estagiária, 24 anos