“O profissional do futuro precisa ser uma ótima pessoa em desaprender. Isso significa que, já hoje, mas no futuro ainda mais, precisa ser capaz de romper com suas verdades, para aprender o que for necessário de acordo com cada momento.” A definição é de Dali Alonso, head de Pessoas da Vereda Educação.
A escola-modelo é focada na formação de cidadãos globais “do futuro” e, para tanto, tem um currículo que foca em competências, e não só em conhecimentos necessários para entrar na universidade. Se, para a instituição de ensino, o tema não é novo, no contexto atual, menos ainda: “a transição [para a valorização do perfil do profissional do futuro] já ocorre e a tendência é que seja cada vez mais veloz”, destaca Dali. “O ponto de virada dependerá do quanto cada empresa e mercado olham para automação e para novas tendências”, conclui.
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5 principais tendências comportamentais do profissional do futuro
Perguntamos para Dali Alonso quais tendências comportamentais marcarão o perfil procurado de profissionais no futuro, de forma geral. A líder destaca as seguintes competências:
- aprender rapidamente;
- comunicar-se com transparência;
- ser vulnerável;
- avaliar cenários;
- fazer boas perguntas (“ao invés de ter muitas respostas”).
Focadas no comportamento humano, tais tendências permearão diferentes áreas de atuação e mercados, segundo ela.
E por que serão “tendências”? “Estamos inseridos em ambientes cada vez mais complexos e ambíguos. Nesse cenário de incertezas e alta velocidade, a adaptabilidade das pessoas precisa ser grande”, explica. Nesse sentido, a automação tem impacto relevante, já que fomentará a substituição das funções mais operacionais por soluções tecnológicas.
Desenvolvendo as principais competências
Inserido ou não no mercado, vale a pena tentar inserir, em sua rotina, momentos ou oportunidades de desenvolvimento em relação às competências que se tornam cada vez mais valiosas. A primeira dica da head da Vereda é buscar feedbacks baseados em evidências que abordem esses comportamentos e pensar em um plano para desenvolvê-los a partir dos insumos resultantes.
“Sugiro focar em experiências que promovam a aprendizagem (on the job learning [aprendizado na sua função]), seguido pela troca com outras pessoas que possam ser referência nessas práticas e, por fim, estudos formais, de acordo com a forma que cada um melhor aprenda – treinamentos, cursos, livros, podcasts, vídeos, filmes, artigos e outros.”