Durante os últimos cinco anos, Vinicius Kitahara trabalhou como headhunter em uma das mais respeitadas consultorias de recrutamento executivo do Brasil. Seu trabalho envolvia ligações diárias para altos executivos brasileiros, em busca das melhores pessoas para ocupar vagas nos clientes da empresa.
Essas ligações resultavam em longas conversas sobre suas trajetórias profissionais, os desafios que enfrentaram e como fizeram para superá-los. Ao todo, entrevistou mais de 1500 diretores, presidentes, empreendedores e empresários. “Todo dia era um aprendizado gigantesco”, conta.
Todo esse conhecimento reunido sobre liderança serviu de base para que Vinícius iniciasse sua atuação como coach. Hoje, está entre os coachs dos bolsistas da Fundação Estudar, criou sua própria consultoria de life coaching – a Vinning – e participará da Conferência Na Prática, antes conhecida como Conferência Ene. Lá, estará a disposição para conversar com os participantes do evento e tirar dúvidas sobre carreira e realização profissional. Vale lembrar que a participação na conferência de carreiras Ene é gratuita. As inscrições estão abertas até o dia 28 de junho e podem ser realizada por aqui.
“Comecei a identificar padrões nesses líderes que eu conversava, vi as habilidades que tinham em comum, e percebi que muitas delas eram soft skills que não aprendemos durante a graduação”, explica. Para ele, muitas faculdades formam pessoas muito competentes, mas completamente perdidas – e esse é um dos momentos em que o coaching pode fazer toda a diferença!
Hoje, sua linha de coaching está baseada em dois pilares: felicidade e sucesso. “Eu via muitas pessoas extremamente bem sucedidas, mas que eram infelizes, mas também gente que queria ser feliz só que vivia muito no curto prazo, largava tudo para fazer um mochilão e depois voltava perdido. Isso não é sustentável”, explica Vinícius. Para ele, sucesso é fazer o que você ama e, ao mesmo tempo, sempre crescer e se desenvolver. Nesse assunto, ele é bastante pragmático: “Você precisa querer almejar os dois”.
Vinicius Kitahara [acervo pessoal]
Ele lembra que o coaching é uma ferramenta de autoconhecimento e tomada de decisão útil tanto para as pessoas que não sabem seus objetivos e estão meio perdidas; quanto para aquelas que já têm um sonho claro, mas precisam definir qual a melhor estratégica para alcançá-lo. “No primeiro caso, a pessoa precisa se autoconhecer, tomar um tempo para entender melhor suas vontades e definir um sonho”, explica. “Já no segundo caso, são novas habilidades que a pessoa precisa desenvolver para atingir seu sonho. São competências que eu posso ajudar a despertar.”
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Uma das clientes de Vinícius, por exemplo, buscou o coach já sabendo o que queria: ser aprovada no programa trainee da Ambev, um dos mais concorridos do país. O trabalho de Vinícius começou com uma confirmação desse objetivo – É isso mesmo que você quer? Quais são as motivações por trás disso? – e partiu para o desenvolvimento de habilidades de liderança junto à candidata a trainee.
Ao final do processo, ela não só foi aprovada como foi a primeira a ser promovida a gerente. Hoje, foi transferida para assumir uma gerência em São Paulo (antes, trabalhava na região Nordeste do país) e, aos 24 anos, é responsável pela gestão de mais de 300 pessoas. “O coaching consegue maximizar o potencial das pessoas. As principais competências que trabalhamos nesse caso são importantes para a carreira de qualquer pessoa: autoconfiança, autoconhecimento, clareza de objetivos e relacionamento com as pessoas. É necessário desenvolver isso constantemente”, conta Vinícius.
Para ele, não é por coincidência que, no inglês, o termo que denomina a função é o mesmo utilizado para se referir aos treinadores de atletas de alta performance. A tradução literal de coach, de fato, é essa: treinador. “O Eric Schmidt, presidente do Google, diz que todo mundo deveria ter um coach. É uma pessoa que vai trazer mais do seu potencial, colocá-lo em ação. É o cara que vai exigir o máximo de você”, resume Vinícius.
“Todos processo de coaching tem uma meta”, ele ressalta. Algumas das perguntas que serão levantadas durante as sessões são: Como eu faço para traçar essa meta? Como posso chegar nessa meta mais rápido?
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“Embora o coaching seja uma pausa para reflexão, também tem seu lado prático e envolve um plano de ação”, comenta Stephanie Crispino, da Fundação Estudar. Ela lembra que a conferência de carreiras Ene é uma excelente oportunidade para o jovem entender como a experiência do coaching funciona.
“Além de receber conselhos desses especialistas e fazer perguntas, o jovem também poderá entender melhor como funciona esse processo e decidir se é o tipo de auxílio que ele precisa no início da carreira”, ela explica, ressaltando que o coach não vai te dar respostas, mas apenas guiar o seu processo de raciocínio. Dentro do propósito da conferência – conectar o jovem ao seu emprego dos sonhos – ela considera que o autoconhecimento desempenha um papel de grande importância. “As atividades para ajudar o jovem a se conhecer melhor começam semanas antes do próprio evento, com alguns testes que vão ajudá-lo a ter uma visão mais clara de sua personalidade e do seu perfil de trabalho. O resultado é entregue para a pessoa e funciona como uma espécie de guia para aproveitar melhor a conferência”, explica.
Quem for conversar com Vinícius Kitahara ou um dos demais coaches que estarão presentes na Conferência Na Prática, poderá levar desde questionamentos sobre decisão de carreira e autoconhecimento até pontos mais objetivos, sobre como abordar determinada empresa ou como aproveitar melhor a conferência como um todo. O espaço, naquele momento, é de abertura total com o coach.