Qualquer decisão tomada por uma empresa ou pelo governo depende dos interesses que eles defendem, que muitas vezes não são os mesmos da sociedade. A partir disso, surgiu a prática do advocacy, que busca defender causas sociais, influenciando o poder público, com objetivo de fomentar a representatividade democrática. Aprenda mais sobre esse conceito!
O que é advocacy?
Popularmente conhecido como o “lobby do bem”, o advocacy é uma prática de defesa de interesses políticos, que tem como objetivo influenciar o uso de recursos públicos e a formulação de políticas. O termo não tem tradução para o português e a palavra deriva do latim “advocare”, que significa chamar para si a responsabilidade de algo.
Empresas do terceiro setor costumam ligar o advocacy ao ato de praticar cidadania, uma vez que quem pratica costuma defender causas e direitos específicos. Muitas organizações não governamentais (ONGs), como a ChildFund Brasil e a ACT Promoção da Saúde, participam desse processo para defender causas sociais com grande impacto, além de organizações da sociedade civil.
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Por que o foco são políticas públicas?
As políticas públicas são ferramentas poderosas na resolução de problemas da sociedade. O Advocacy atua expondo as questões urgentes, mostrando a importância de se tratar do assunto, sugerindo soluções e pressionando autoridades para tomar as medidas necessárias.
Em artigo sobre o assunto, o site Politize defende que “o advocacy modifica a própria democracia. Ao ampliar a participação e representatividade de grupos muitas vezes excluídos dos processos políticos decisórios e assegurar que os direitos desses indivíduos sejam garantidos, o advocacy fortalece a democratização da própria sociedade”.
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Como praticar advocacy?
Diferente de lobby, que realiza uma abordagem direta aos políticos para defender uma causa, o advocacy inclui várias práticas de mobilização social que usam uma abordagem indireta para influenciar a opinião pública. Entre elas, campanhas de comunicação, eventos públicos, comissionamento, realização e publicação de estudos que trabalhem a favor da causa defendida, reuniões em conselhos e comitês, manifestações, passeatas, abaixo-assinados, protestos, conscientização social, entre outros.
A ganhadora do Nobel da Paz Malala Yousafzay se encaixa como uma participante do advocacy. Por meio de suas palestras, entrevistas, livros e seu fundo, ela influencia grandes atores políticos a enxergarem a importância de mulheres terem direito à educação e de que isso seja garantido legalmente mesmo em culturas patriarcais.