Formado em gestão de negócios, Amaury Takaki trocou a carreira em uma das maiores empresas globais de investimento para empreender no ramo do agronegócio. No início deste ano, ele co-fundou a Alta Agro, empreendimento de produção agrícola focado em grãos.
“Eu tinha vontade de conduzir um negócio próprio e foi uma maneira de entrar em um ramo com demanda mais do que provada. Também tinha um lado pessoal muito forte, pois era uma atividade na qual minha família estava vinculada, por meio de uma fazenda. Precisamos arrendá-la, por conta do falecimento dos meu pais, mas sempre quis reassumir o local”, explica.
O empreendedor afirma que o agronegócio, no Brasil, possui grandes vantagens sólidas que promovem segurança na hora de investir. “Por maior que sejam as dificuldades e o cenário de incertezas, o agro deve continuar crescendo, sendo competitivo e beneficiando seus investidores”, analisa.
Tecnologia e análise de dados como guia
Ele ainda afirma que o desenvolvimento tecnológico vai comandar a revolução pela qual o país passa hoje. “Os líderes de mercado estão investindo em frentes alternativas de negócio, que vão desde a criação de proteínas sintéticas, até programas de monitoramento de lavoura e leitura de dados de uma safra”, exemplifica.
A grande quantidade de dados que gira em torno de uma safra é gigante e o grande desafio do setor é aprender a utilizar bem essas informações, opina Amaury. “Então há muito investimento em big data e em transformar os dados em melhorias práticas. A tecnologia vai ser determinante para o futuro do setor”, garante.
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O futuro do agro depende de:
#1 Cientista de dados
#2 Engenheiro de dados
#3 Especialistas em logística
#4 Analista de Infraestrutura
#5 Engenheiro agrônomo
#6 Gestores
Ele completa que existem ainda muito espaço para profissionais especializados em manutenção e mecânica. “Mas é um setor que ainda se vende mal para o público. A imagem que se tem do produtor ainda é negativa, e uma comunicação maior poderia contribuir bastante para o desenvolvimento do negócio”, pondera.
Carreira no agronegócio: Brasil tem vantagens competitivas
#1 Maior nível de insolação
#2 Alto nível de tecnologia
#3 Clima favorável
#4 Posição geográfica
Amaury afirma que os pontos acima favorecem o mercado brasileiro, que tem a capacidade de desenvolver uma unidade de produção em área mais rentável do que os Estados Unidos, por exemplo. “Estamos nos aproximando deles e podemos ultrapassá-los. Ainda temos problemas de infraestrutura, mas mesmo com as dificuldades nosso produto chega competitivo e com um preço atrativo para o importador. Ainda temos muitas oportunidades para alcançar”, garante.