Como encontrar a universidade ideal para estudar no exterior

universidade ideal para estudar no exterior

Encontrar a universidade ideal no exterior não é tarefa simples. Afinal, são fatores numerosos que entram em jogo, da localização do campus ao tipo de formação oferecida. Uma saída é apostar em planejamento e estabelecer critérios para determinar o destino certo, seja na graduação ou na pós.

No caso das faculdades americanas, um dos fatores a ser considerado é o de não precisar, necessariamente, escolher uma major logo de cara. Ou seja, em vez de fazer um vestibular para uma carreira estabelecida, como acontece no Brasil, os estudantes tomam essa decisão mais tarde. Entretanto, isso não significa que o aluno deva deixar de lado uma pesquisa sobre suas áreas de interesse. Se os campos da engenharia chamam mais a atenção, por exemplo, vale buscar informações sobre o setor na universidade.

Já na pós-graduação, a pesquisa não deve se limitar a uma área geral de interesse ou às informações mais gerais do curso. É necessário se atentar à linha de pesquisa dos professores e pesquisadores vinculados à instituição, por exemplo.

Leia também: Quais são os efeitos de uma pós-graduação no exterior na carreira?

Conheça dicas práticas para encontrar a universidade ideal

#1 Aposte em autoconhecimento

Esse é o ponto de partida recomendado por Juliana Kagami, coordenadora do Prep Estudar Fora, programa preparatório da Fundação Estudar para graduação no exterior. Como ela explica, é necessário fazer um exercício de reflexão para entender as próprias preferências.

Isso porque não se trata de encontrar uma única instituição perfeita para todos, mas a universidade ideal para o aluno. Essa busca pelo destino certo deve incluir, ainda, uma reflexão sobre a vida no campus em si. Como explica a coordenadora do Prep Estudar Fora, boa parte dos alunos em países como Estados Unidos vivem no campus – e, portanto, tal fato deve ser levado em conta.

“Algumas frentes interessantes para considerar são o tamanho da cidade em que a universidade está, se é uma área rural ou urbana, como é o clima local”, enumera Juliana. Mas como estabelecer tais critérios sem nunca ter pisado no campus da instituição? Um dos caminhos é pensar na experiência em sua escola de origem, no Brasil. “O aluno pode analisar do que gosta ou não por lá”.

#2 Faça uma auto-análise acadêmica

Um segundo passo, que serve na hora de estabelecer o destino, é uma auto-análise acadêmica. Ou seja, entender quais suas chances de “passar” em uma universidade determinada, levando em conta os itens exigidos na application. Por exemplo, as notas obtidas no SAT, nos exames de proficiência e o histórico escolar no Brasil.

A partir daí, também é possível traçar um plano de ação. Afinal, o crivo das instituições pode ser bastante rigoroso, como é o caso nas escolas da Ivy League. Harvard, por exemplo, apresenta taxas de aceite que giram em torno de 5%. Com isso em mente, o jovem pode agir para melhorar sua application. Se as notas em um teste específico foram ruins, pode fazê-lo novamente. Se seu histórico não demonstra tantos traços de liderança, uma opção é se envolver em projetos durante um gap year.

#3 Conheça a fundo cada opção de universidade

Com um curso em vista, ou pelo menos uma área de interesse, a lista de instituições de ensino já começa a afunilar. Uma boa fonte de informações para entender se a universidade, de fato, se destaca em uma área está nos rankings universitários. Não só nas listagens gerais, mas também em classificações temáticas.

Mas, mais do que conhecer a posição no ranking, o aluno deve entender o perfil da universidade. Algumas são conhecidas pelo estímulo ao empreendedorismo, como Stanford. Outras destacam-se por uma formação holística, como Columbia e seu “core curriculum”.

Em matéria de pós-graduação, não é diferente. Há instituições que apostem, por exemplo, em uma formação teórica forte. Outras são reconhecidas pelos projetos que colocam os assuntos “em prática”, por meio de estágios ou projetos para cada disciplina. Um exame detalhado dos centros de pesquisa disponíveis, bem como dos professores vinculados aos departamentos pode ajudar.

De modo geral, um passo inicial comum a graduação e pós é explorar o site da universidade. Não só as abas sobre a história da instituição e fatos resumidos, mas também seções sobre recursos disponíveis ao estudante e infraestrutura. Por exemplo, existência de centros de carreiras, aconselhamento e mentoria.

Leia também: Como ser o melhor aluno de uma das melhores universidades do mundo

#4 Use caminhos alternativos

Não é só o site da instituição que demonstra um pouco da cultura da universidade. Um estudante interessado pode, também, contatar alunos e ex-alunos que passaram por lá. Com uma conversa aberta, é possível sanar dúvidas que vão de aulas interessantes a como funcionam as acomodações universitárias.

Outros caminhos incluem visitas guiadas aos campi universitários, que são comumente organizados pelas escolas. Nesse caso, é importante checar as datas em que cada evento acontece. Há, ainda, feiras organizadas no Brasil que reúnem diversas universidades estrangeiras. “Vale também estudar as universidades antes de ir ao evento, e levar todas suas perguntas para seus representantes, que estão sempre dispostos a responder”, sugere Juliana.

#5 Analise como a universidade vai ajudar no seu desenvolvimento

Esse passo serve, em especial, para a pós-graduação. Quem busca um mestrado no exterior, por exemplo, geralmente foca em desenvolver algum aspecto de sua carreira. Pode ser a chance de se especializar em um campo do Direito, se for um LL.M. Ou mesmo a oportunidade de migrar para o setor de finanças, no caso de um MBA.

“Há universidades com um interesse maior em determinado tipo de trabalho, como setor de pesquisa, setor público ou privado”, explica Juliana Kagami. Para averiguar esse tipo de inclinação, vale recorrer a dados da própria universidade sobre os egressos do curso. Normalmente, os sites disponibilizam a lista de carreiras em que os ex-alunos atuam depois de formados.

 

 

Esta matéria foi originalmente publicada no portal Estudar Fora

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