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O que os irmãos Wright (do avião!) podem ensinar sobre trabalho em equipe

irmãos Wright

Se para atingirmos metas pessoais, precisamos nos desenvolver, adaptar, mudar, evoluir – e até lutar contra tendências internas que podem desfavoráveis – trabalhar em equipe requer, por vezes, o dobro de esforço. Não é fácil e não existe receita pronta, já que cada um é cada um e cada combinação de pessoas gera resultados diferentes. Mas é possível se aproveitar dos choques de opinião para avanços ainda maiores – e para isso nem é preciso acabar com as divergências. Pelo contrário. E os irmãos Wright – sabe aqueles do avião? – foram a prova disso.

Intrigado pela dinâmica dos times (que deram certo e errado) na história, o jornalista e empreendedor Shane Snow coletou relatos e compilou-as no livro Dream Teams – Working Together Without Falling Apart, em que investiga por que algumas parcerias dão certo, e outras não. Um das histórias que Snow traz é a dos irmãos Wright, a qual narrou em entrevista à ex-vice-presidente da GE e atual escritora Beth Comstock.

Irmãos Wright: discussões acaloradas e resolução de problemas

Os irmãos Wright, ou Orville e Wilbur Wright foram dois americanos aos quais se atribui a primeira máquina voadora, que teve sua estreia bem-sucedida no dia 17 de dezembro de 1903. Desde a infância faziam experimentos e criavam invenções juntos. A começar por brinquedos, depois bicicletas até adotarem a mecânica aeronáutica como foco de estudo.

Irmãos Wright trabalhando juntos / Reprodução Wright Brothers Aeroplane Company

 

No entanto, para inovar, a proximidade e semelhança de ponto de vistas dos dois não era o ideal, já que a riqueza de ideias fomenta… riqueza de ideias. E, ao longo do tempo, os dois perceberam isso. “Duas cabeças só serão melhores que uma se pensarem diferente e se combinarem da forma certa”, afirma Snow. E era de acordo com essa premissa que os irmãos Wright trabalhavam.

Leia também: Como inspirar sua equipe para promover inovações realmente disruptivas?

Quando enfrentavam um desafio criativo e tinham que solucionar problemas, Orville e Wilbur discutiam seriamente. Nas discussões, que incluíam brigas e gritos, cada um defendia visões fortes sobre sua própria perspectiva. O assistente dos irmãos conta que por pouco os dois não se batiam. Apesar das discussões “acaloradas”, algo que nunca aconteceu.

Depois do almoço, com os ânimos mais calmos, os irmãos trocavam de lado. Basicamente: Wilbur defendia a opinião de Orville e vice-versa. Ou seja, a dupla forçava as fricções sabendo que (especificamente para eles) as melhores ideias sairiam daquele estado.

O método de brainstorming e problem solving dos irmãos tem benefícios importantes para o trabalho em grupo:

  • Ensinava-os a não se apegarem à vontade de estarem certos
  • Ajudava a tirar o ego das questões de trabalho.

A abordagem dos irmãos Wright pode ser extrema, mas é uma lição importante sobre o potencial do choque de opiniões. Se até os irmãos do avião tentavam aproveitá-lo, é algo a se pensar. “Não é pessoal, não é sobre ganhar de alguém, é sobre impulsionar o time à frente”, resume Snow.

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