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Gestora de Investimentos: o que é e como trabalhar em uma?

Se você já ouviu falar sobre o mercado financeiro, provavelmente já se deparou com o termo gestora de investimentos. Mas o que exatamente isso significa, e como é o trabalho nessa área?

Segundo Sergio Castro, Head of Equities and Asset Allocation na UV Gestora, esse é um universo que vem mudando e que está longe de ser apenas baseado em dados.

“Apenas cerca de 20% da decisão sobre um investimento é feito a partir das análises quantitativas”, analisa ele. “Para o restante, é preciso avaliar com crítica o ambiente político e econômico no entorno.”

O que é, afinal, uma Gestora de Investimentos?

Uma gestora de investimentos, ou asset management, é uma empresa ou organização que tem como função administrar os recursos financeiros de seus clientes.

Esses recursos, via de regra, podem vir de:

  • pessoas físicas
  • empresas
  • fundos de pensão
  • governos.

O objetivo principal de uma gestora é fazer com que o capital investido cresça ao longo do tempo, de acordo com o perfil e as metas financeiras dos clientes.

Para isso, os gestores de investimentos tomam decisões estratégicas sobre onde aplicar o dinheiro em:

  • ações
  • títulos de dívida
  • imóveis
  • fundos de investimento
  • entre outros ativos.

“É preciso ter muita leitura para avaliar as notícias, mas também falamos muito com pessoas no dia a dia para entender a vida, o negócio e os anseios das pessoas”, explica Sergio.

No fim das contas, uma gestora pode atuar em diferentes nichos do mercado como:

  • renda fixa
  • renda variável
  • derivativos
  • fundos imobiliários
  • private equity.

Cada uma dessas áreas possui suas próprias características e níveis de risco, e a gestora precisa ajustar suas estratégias com base no perfil de risco do cliente.

Como é o trabalho em uma Gestora de Investimentos?

Trabalhar em uma gestora de investimentos exige habilidades analíticas, conhecimento profundo do mercado e uma constante busca por atualização.

“É preciso ser curioso. Ao ler uma notícia, é preciso questionar os motivos por trás dos fatos que nos são apresentados.”

O dia a dia de quem trabalha nessa área varia de acordo com a função, mas de maneira geral, envolve:

Análise de mercado

Os analistas de investimentos acompanham o comportamento do mercado financeiro, monitoram as tendências econômicas e políticas, e realizam projeções sobre os ativos em que a gestora planeja investir. Eles estudam desde indicadores macroeconômicos, como inflação e taxas de juros, até eventos globais que podem impactar o mercado, como mudanças regulatórias ou crises internacionais.

Gestão de portfólios

Os gestores de portfólio são responsáveis por decidir onde alocar o dinheiro dos clientes. Eles utilizam as análises fornecidas pelos analistas para tomar decisões estratégicas sobre os investimentos, balanceando os riscos e retornos potenciais. A ideia é maximizar os ganhos no longo prazo, mantendo os riscos dentro dos limites aceitáveis para cada cliente.

Relacionamento com clientes

Outra parte importante do trabalho é a interação com os clientes. A equipe de relacionamento precisa entender as metas financeiras, tolerância ao risco e horizonte de investimento de cada cliente para construir uma estratégia personalizada. Além disso, é fundamental manter os clientes informados sobre a performance dos seus investimentos e as estratégias adotadas.

Compliance e regulamentação

Como a indústria de investimentos é altamente regulamentada, as gestoras precisam garantir que todas as suas operações estejam em conformidade com as leis e normas do mercado financeiro. Por isso, a área de compliance tem um papel vital em uma gestora, assegurando que todas as operações e estratégias sigam os regulamentos e as melhores práticas do mercado.

Desafios e oportunidades

O mercado financeiro é dinâmico e desafiador, o que significa que trabalhar em uma gestora de investimentos requer flexibilidade e adaptação. As mudanças econômicas e políticas globais podem impactar os mercados, e os profissionais precisam ser capazes de reagir rapidamente a essas transformações.

Para Sergio, é preciso compreender o papel humano nesse meio, que será transformado pela Inteligência Artificial.

“Cada vez mais teremos que ver o que nós seres humanos podemos fazer e que a máquina não está fazendo”, explica. “A interpretação do mundo será mais importante num mundo em que as máquinas realizam operações matemáticas muito rápido.”

As oportunidades, no entanto, são muitas. O setor financeiro oferece uma ampla gama de caminhos de carreira, desde funções voltadas para a análise técnica até posições de liderança em gestão de portfólios.

Além disso, a possibilidade de contribuir diretamente para o crescimento financeiro dos clientes e para o desenvolvimento de grandes projetos econômicos torna essa área especialmente gratificante para quem gosta de desafios intelectuais e de estar sempre atualizado com o cenário global.

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