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Carreira de Excelência reúne 500 participantes pelo Brasil com preparação prática para o mercado

A etapa presencial do Curso Carreira de Excelência, do Na Prática, reuniu mais de 500 jovens profissionais em 11 cidades pelo Brasil neste sábado (13 de setembro). O curso, que é gratuito para participantes selecionados, desenvolve competências que preparam para o mercado de trabalho, com uma metodologia que equilibra teoria das melhores escolas e atividades práticas.

Neste sábado, as sessões presenciais aconteceram em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (BH), Londrina (PR), Goiânia (GO), Lavras (MG), Uberlândia (MG), Recife (PE), Itajubá (MG), Salvador (BA) e Brasília (DF).

Dia de encontrar ferramentas e conexão

Com as ferramentas aprendidas em sala de aula, os participantes vão desenvolver um projeto ou iniciativa individual de acordo com seu objetivo de carreira - o chamado salto. Os melhores projetos são avaliados e premiados por profissionais de grandes empresas brasileiras.

Encontro do Carreira de Excelência em BH

A proposta do curso é acelerar a carreira de participantes, e fazer com que se destaquem em oportunidades profissionais. "Essas pessoas, hoje, trabalharam ferramentas de alto conhecimento e tiveram a oportunidade de se conectar com outras pessoas e explorar possibilidades profissionais e objetivos de carreira. Elas saem daqui com muito mais clareza de onde atuar no mercado", ressalta Lorena Santos, Head de Educação do Na Prática e responsável pela curadoria de conteúdo do curso.

O dia começou com um café da manhã para os participantes - e o networking começou ali. Na primeira parte do curso, os participantes discutiram ambição, e acessaram histórias inspiradoras, como a de Gilvan Bueno, especialista em finanças e comentarista da CNN Brasil que começou a carreira como garçom e vendedor de picolé.

Foto mostra alunos sentados em sala de aula diante de facilitadora. Parte deles tem os braços levantados.
Alunos do curso em São Paulo

Ele conta, em vídeo, como encontrou motivação para crescer na carreira e mudar de vida - Gilvan morava na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, quando entrou no mercado financeiro. Hoje, ele é também professor em uma masterclass gratuita do Na Prática.

Depois, foi hora de falar dos objetivos de carreira, aprender a chegar até eles com mais clareza e pensar como atingi-los de forma estratégica. Nessa etapa, aprenderam como usar ferramentas como Ikigai e Conceito do Porco Espinho para chegar a suas aspirações profissionais.

À tarde, foi a hora de aprofundar conceitos como protagonismo e garra. Os participantes discutiram como  assumir a responsabilidade sem terceirizar a culpa, focar em soluções e direcionar suas ações para conquistar e cumprir objetivos com o próprio esforço.

O final do dia é voltado para atividades práticas, que reforçam as competências discutidas ao longo da formação, estimulam os participantes a criarem protótipos e a definirem seus projetos para salto alinhados a seus próprios objetivos.

Clareza sobre próximos passos

"Achei a experiência muito legal. Já tive uma ideia do que viria no esquenta, mas aqui é muito melhor. Dá para ver referências de outras pessoas, com desafios até parecidos com os meus. Os facilitadores ajudaram muito com minha linha de raciocínio. Porque eu tenho um plano muito bem definido, só que eu fui preenchendo as pequenas metas no caminho. Para mim, essa foi a parte mais importante do dia", contou João Pedro Freitas, estudante de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

"O Carreira de Excelência é um curso muito especial, porque a gente encontra pessoas que sentem dificuldade de tornar tangíveis objetivos, sonhos, o próximo passo que querem dar na carreira. Para mim, como facilitador, é muito gratificante poder ajudar elas nesse processo, e ver que mesmo em pouco tempo, a gente consegue ajudar e guiar elas em uma jornada pessoal de onde se pode chegar", destaca Gabriel Gomes, consultor e um dos facilitadores da edição do Rio de Janeiro.

Alunos do Carreira de Excelência participam de atividade prática no Rio de Janeiro

Como se sair bem na entrevista de emprego online

As seleções online ganharam espaço nos últimos anos, e em 2025 já se consolidaram como parte essencial dos processos seletivos. Por causa das particularidades do digital, existem técnicas específicas que te ajudar a se sair bem na entrevista de emprego online. E que são diferentes, em alguma medida, das recomendações para entrevistas de emprego presenciais.

Neste guia, você encontrará dicas para entrevista online, orientações práticas e um roteiro completo para se destacar nos processos seletivos virtuais.

Entrevista de emprego online: importância e diferenças para o modelo presencial

As entrevistas online revolucionaram a forma como empresas selecionam talentos, oferecendo velocidade, acessibilidade e redução de custos tanto para os recrutadores quanto para os candidatos.

Mas essa modalidade também apresenta limitações: a dificuldade em criar conexão pessoal, os riscos de falhas técnicas e a necessidade de maior disciplina do entrevistado. Entender essas diferenças é essencial para se adaptar e transformar os desafios em oportunidades.

Vantagens e limitações das entrevistas virtuais

As entrevistas por vídeo permitem que empresas encontrem talentos em qualquer lugar do mundo, aceleram processos e reduzem custos. Por outro lado, podem gerar dificuldades técnicas, falta de proximidade interpessoal e mais distrações.

Como preparar o ambiente e a tecnologia

Antes da conversa, ajuste a iluminação, escolha um local silencioso e garanta que fundo e enquadramento transmitam profissionalismo. Teste câmera, microfone e conexão para evitar imprevistos.

Leia mais: Como treinar para uma entrevista de emprego usando a IA

Como se preparar para uma entrevista de emprego online

A preparação vai além de revisar a descrição da vaga ou pensar em respostas para perguntas comuns. É fundamental garantir que a parte técnica esteja funcionando bem, organizar um roteiro estratégico de respostas e alinhar cada detalhe ao perfil da empresa.

Essa soma de fatores aumenta a confiança e demonstra ao recrutador que você leva a oportunidade a sério e está pronto para entregar o melhor desempenho.

Teste da tecnologia e aplicativos usados

  • Instale o software indicado pela empresa (Zoom, Google Meet, Microsoft Teams etc.).

  • Faça um teste com antecedência para checar áudio, vídeo e compartilhamento de tela.

Pesquisa sobre a empresa e descrição da vaga

Pesquise sobre cultura, valores e projetos da organização. Isso mostra preparo e permite elaborar respostas alinhadas às expectativas.

Organização do roteiro de respostas e ensaios

Monte um roteiro para entrevista online, com exemplos práticos de suas experiências. Ensaiar em voz alta ajuda a ajustar tempo e clareza.

Cuidados com o que você veste e sua postura

A roupa que você usa na entrevista online deve ser condizente com o ambiente corporativo, mesmo que você esteja em casa. Opte por roupas neutras e postura ereta para transmitir confiança.

Dicas comportamentais para arrasar na entrevista virtual

A forma como você se comporta em frente à câmera é decisiva para transmitir credibilidade e engajamento. Além de cuidar da comunicação verbal, é necessário prestar atenção à linguagem corporal, ao contato visual e até mesmo ao ritmo da fala.

Um candidato que consegue equilibrar clareza, objetividade e simpatia se destaca naturalmente, mesmo em um ambiente digital que costuma criar certa barreira entre as partes.

A importância do contato visual pela câmera

Olhe para a lente da câmera — e não apenas para a tela — para simular contato visual com o recrutador. Você pode também gesticular e usar as mãos, desde que não soe exagerado. Muitas vezes esse movimento te ajuda a concatenar ideias mais que para ser visto.

Comunicação clara, objetiva e pausas estratégicas

Fale de forma pausada, evitando atropelos e correria. Use exemplos concretos e faça checagens para garantir que a outra pessoa entendeu sua mensagem (como "ficou claro?").

Técnicas de controle emocional e respiração

Para quem quer controlar o nervosismo na entrevista, técnicas simples de respiração profunda ajudam a manter calma e foco.

Gestão do tempo e linguagem corporal

Controle o tempo de cada resposta e utilize gestos sutis, sem exageros, para reforçar a mensagem.

Saiba mais: Entrevista de emprego: 15 dicas para mandar bem e conseguir a vaga

Equipamentos e ambiente ideais para entrevista online

O ambiente virtual em que a entrevista ocorre comunica tanto quanto suas respostas. Escolher um espaço bem iluminado, silencioso e organizado passa profissionalismo e evita distrações que podem atrapalhar a percepção do recrutador. Além disso, contar com equipamentos de qualidade e uma internet estável garante que sua comunicação flua sem cortes ou ruídos, aumentando sua credibilidade durante a conversa.

Escolha do local, iluminação e fundo

Prefira ambientes neutros, com boa iluminação natural ou artificial posicionada de frente. Evite fundos bagunçados.

Qualidade do áudio e vídeo

Invista em fones com microfone e câmeras em boa resolução. O áudio limpo transmite profissionalismo.

Conexão de internet estável

Use, se possível, internet cabeada. Em caso de Wi-Fi, fique próximo ao roteador para evitar instabilidades.

Preparações técnicas e backup de planos

Tenha um segundo dispositivo disponível e avise o recrutador previamente em caso de imprevistos técnicos.

Erros comuns na entrevista de emprego online (e como evitar)

Mesmo os candidatos mais experientes podem cometer deslizes simples que prejudicam seu desempenho em entrevistas virtuais.

Problemas como distrações, vestimenta inadequada e respostas superficiais transmitem despreparo e podem reduzir suas chances de avançar no processo. Reconhecer esses erros e se antecipar a eles é uma forma prática de se destacar positivamente e se diferenciar da concorrência.

Interrupções e distrações

Atenção a barulhos externos, notificações e possíveis interrupções. Avise familiares e desligue celulares.

Falta de preparação técnica

Não deixe para instalar aplicativos ou configurar equipamentos minutos antes da entrevista.

Vestimenta inadequada

Evite roupas informais, estampas chamativas ou cores que confundam na câmera.

Respostas vagas ou desconexas

Estude as perguntas mais frequentes e prepare exemplos concretos para não soar despreparado.

O que falar na entrevista de emprego online: perguntas e respostas

Além de dominar a parte técnica, o candidato precisa estar pronto para responder perguntas estratégicas que testam tanto habilidades comportamentais quanto conhecimentos técnicos.

Ter clareza sobre sua trajetória profissional, conquistas e pontos fortes é determinante para responder de forma confiante. Uma boa preparação permite que suas respostas transmitam objetividade, relevância e alinhamento com a cultura da empresa.

Perguntas comportamentais frequentes

Questões como “Fale sobre um desafio que você superou”, “Como lida com pressão?”, "Quais são seus defeitos" e "Onde você se enxerga em cinco anos" são comuns. Prepare histórias reais que evidenciem suas competências.

Perguntas técnicas típicas

Normalmente, recrutadores pedem que você detalhe como resolveria um desafio específico da sua área. Seja objetivo ao detalhar habilidades e experiências. Demonstre conhecimento prático relacionado à vaga.

Estrutura para respostas eficazes

Use a técnica STAR (Situação, Tarefa, Ação, Resultado) para organizar respostas claras e impactantes.

Na técnica STAR, primeiro, o candidato descreve a Situação específica ou o evento relevante que enfrentou, fornecendo detalhes para que o entrevistador compreenda o contexto.

Em seguida, detalha a Tarefa ou seu papel exato nessa situação, explicando qual era sua função e como a viu como uma oportunidade.

A terceira etapa são as Ações, onde se descrevem os passos tomados para resolver o desafio, o raciocínio por trás das decisões e como os obstáculos foram superados, mantendo o foco nas contribuições individuais.

Finalmente, os Resultados são apresentados, resumindo os desfechos concretos do trabalho, idealmente com métricas, porcentagens ou feedback que comprovem o impacto gerado.

Essa metodologia ajudar o entrevistador a entender como o candidato pensa, se tem experiência relevante e como aplica suas habilidades, facilitando a comparação entre os candidatos.

Leia mais: Saiba como funciona a técnica STAR

Conquiste confiança e controle o nervosismo na entrevista virtual

A ansiedade é um dos maiores obstáculos enfrentados pelos candidatos em entrevistas online. O ambiente digital pode intensificar o nervosismo, mas com técnicas adequadas é possível transformá-lo em energia positiva.

Práticas como exercícios de respiração, ensaios prévios e atenção à postura corporal ajudam a transmitir autoconfiança e serenidade, garantindo que seu desempenho seja consistente do início ao fim da conversa.

Técnicas práticas de respiração e mindfulness

Respire fundo antes de começar a conversa online. Práticas rápidas de mindfulness ajudam a manter o foco.

Ensaios e simulações com feedback

Treine com amigos ou mentores em chamadas de vídeo. O feedback externo ajuda a corrigir falhas.

Postura corporal e linguagem não verbal

Tente se sentar com firmeza, arrumando um local adequado na sua casa ou no local em que for fazer a conversa. Mantenha ombros retos e sorria naturalmente. Pequenos gestos aumentam a credibilidade.

A entrevista de emprego online exige preparação em múltiplas frentes: técnica, comportamental e estratégica. Ao dominar a tecnologia, ajustar o ambiente, cuidar da comunicação e evitar erros comuns, você aumenta consideravelmente suas chances de conquistar a vaga.

Mais do que decorar respostas, você precisa transmitir autenticidade e confiança. Com prática, planejamento e disciplina, você vai estar pronto para arrasar na entrevista virtual em 2025.

FAQ – Perguntas Frequentes sobre Entrevista de Emprego Online

1. Como se preparar para entrevista online de última hora?
Revise rapidamente a descrição da vaga, teste seus equipamentos e escolha um local silencioso.

2. Qual roupa usar em entrevista por vídeo?
Opte por peças neutras e discretas, evitando roupas informais ou com estampas chamativas.

3. O que não fazer em uma entrevista virtual?
Evite responder de improviso sem clareza, usar roupas inadequadas, deixar ruídos no ambiente ou ignorar problemas técnicos.

4. Como controlar o nervosismo na entrevista online?
Pratique respiração profunda, mantenha contato visual com a câmera e ensaie previamente suas respostas.

5. A entrevista online vale tanto quanto a presencial?
Sim. Para muitas empresas, ela é decisiva e pode ser a única forma de avaliação antes da contratação. Então, capriche!

Amanda Campos: ‘Já senti na pele o choque entre expectativa do recém-formado e a realidade’

Aos 33 anos, Amanda Nunes Campos dos Santos já percorreu uma trajetória marcada por curiosidade, inquietação e múltiplas experiências.

Nascida, criada em São Paulo e formada em Engenharia Ambiental na Universidade Federal de Itajubá, ela se define como alguém que "gosta de fazer muitas coisas" — característica que a acompanhou desde a universidade, quando se envolveu em centro acadêmico, bateria da Atlética, pesquisa e outras atividades que a fizeram transitar por diferentes áreas. Essa pluralidade, longe de ser um obstáculo, se transformou em combustível para sua carreira.

Hoje, Amanda atua no escritório de projetos corporativos de um grande hospital em São Paulo e soma ao seu currículo experiências em logística, programas de trainee e projetos estratégicos no setor do agronegócio.

Mas foi em 2019 que ela iniciou um papel que considera transformador: o de facilitadora do Na Prática, onde já ministrou cursos sobre comunicação assertiva, gestão de tempo, processos seletivos e liderança.

Na série Na Prática, quem ensina?, ela conta como se tornou facilitadora da organização e revela os bastidores desse trabalho. Para Amanda, estar diante de turmas de jovens profissionais não é apenas compartilhar conhecimento: é uma troca genuína, capaz de renovar olhares sobre o mercado, sobre as relações e até sobre si mesma.

Conheça Amanda Campos

Na prática, como é facilitar cursos para essa geração de jovens?

É uma troca maravilhosa. O jovem atual está numa posição em que há muita informação disponível, muito conteúdo à disposição, mas é difícil selecionar o que faz sentido pra ele.

Os conteúdos do Na Prática têm justamente esse propósito: de ser um atalho e uma curadoria no meio de tanta coisa por aí.

Leia mais: O que é (e como age) um “líder facilitador”?

O que te motiva a facilitar?

Eu já fui a jovem que estava saindo da faculdade cheia de expectativas. Encontrei um mercado em que eu achava não me encaixar e foram justamente as pessoas do Na Prática que me mostraram que há espaço para todo mundo, eu só precisava de alguém que me mostrasse como as coisas funcionavam. E que me desse ferramentas para entender onde eu poderia e gostaria de me encaixar.

É por isso que eu facilito: já senti na pele o que é o choque entre expectativa do recém-formado e a realidade (e o balde de água fria) que pode ser o mundo corporativo.

Conta sobre sua trajetória profissional?

Eu sempre gostei de fazer muitas coisas, como por exemplo, ter muitos hobbies. Na universidade foi assim, eu era do centro acadêmico, da bateria e fazia pesquisa.

Por gostar de muitas coisas, quando formei não sabia qual direção seguir; eu comecei minha vida profissional dando aulas de inglês, fiz estágio em logística, fui trainee de uma grande empresa de saúde.

Eu fiz MBA em gestão de projetos, já trabalhei com projetos estratégicos no agro e atualmente atuo no escritório de projetos corporativos de um grande hospital aqui em São Paulo.

Essas experiências me fizeram entender que eu gosto de resolver problemas, de conectar pessoas e fazer as coisas acontecerem e foi assim que eu segui buscando conhecimento e experiência em projetos. Entendi que eu sou boa em documentar, comunicar e criar sinergia para atingir objetivos e sanar dores comuns entre áreas.

Quais foram os 3 principais aprendizados profissionais que você repassaria adiante?

Acho que o primeiro é: saiba ouvir, mas ouvir genuinamente e com interesse. O segundo seria: registre, tome nota - mesmo que não seja sua obrigação. Sua memória pode falhar quando você mais precisar.

O terceiro: tenha aliados, faça parceiros. Procure pessoas com quem você possa contar no ambiente profissional. Aquela pessoa que vai falar seu nome numa sala cheia de oportunidades, sabe ?

Como começou sua relação com o Na Prática?

Uma jovem recém-formada, que não sabia onde se encaixar no mundo profissional.

Acabei compartilhando essa angústia com alguns amigos que comentaram muito bem dos cursos do Na Prática e eu resolvi fazer um desses cursos; sem muita expectativa.

Saí fascinada com o tanto de coisas que aprendi e mais fascinada ainda com a organização (e veio também a vontade de fazer parte). No semestre seguinte eu me candidatei para ser voluntária, fiz as formações para facilitar e estou aqui, há 6 anos.

O que você já aprendeu em contato com essas turmas de jovens?

Já aprendi a assoviar, a enrolar cabo, a usar o Chatgpt… temos um momento em um dos cursos que somos desafiados a ensinar algo que sabemos, cada um de nós compartilhando algo que se sente a vontade para compartilhar e daí sai de tudo um pouco.

Mas a cada contato com esses jovens eu mudo minha visão sobre o mundo, eu reaprendo a ouvir, eu aprendo a acolher e ser acolhida, aprendo a ser vulnerável e a respeitar a vulnerabilidade do outro. As trocas com eles são muito genuínas e nesses momentos aprendemos também sobre sermos vulneráveis.

O que você aplica no seu dia a dia como profissional a partir do conteúdo das formações que facilita?

O que eu mais aplico é sobre olhar para o outro, ouvir e entender o lado do outro pra então dar a minha contribuição.

Qual é sua grande ambição como profissional?

Essa é uma pergunta difícil porque eu acho que as ambições mudam conforme a gente vai amadurecendo e vivendo experiências pessoais e profissionais. 

Mas eu busco ser uma profissional que promova um ambiente de trabalho leve, que apoie os colegas de trabalho a serem melhores profissionais, que esteja num time em que as pessoas sintam orgulho em estar lá. E quero também ser a pessoa que seja o apoio, a referência em entregar, resolver problemas e apoiar em tarefas difíceis.

Saiba também: Como transformar ambição em ações concretas e ser reconhecido por isso no início da carreira

Qual é, na sua visão, o papel das formações que você facilita na vida dos jovens?

Para mim, as formações são principalmente momentos de troca e conexão; por muitas vezes o jovem tem angústias que ele acredita que são só dele e nas formações ele acaba percebendo que nenhuma experiência é exclusiva e solitária. 

Eu gosto de ver as formações como uma caixa de ferramentas, nós apresentamos as ferramentas e damos sugestões de uso, quem está por lá vê o que serve e o que não serve e se vai utilizar ou não - eu posso te afirmar que pelo menos uma ferramenta vai chamar a atenção do jovem que está por lá.

De 2019 pra cá, houve mudanças na forma de aprendizado e atenção do jovem. Como você tem enxergado e acompanhado essa mudança como facilitadora?

Eu acho que de 2019 pra cá, o conhecimento ficou mais acessível com os conteúdos online mais disseminados. Então a galera tem a possibilidade de estar mais informada e preparada para os desafios do mercado de trabalho. 

Outro ponto é a relação entre trabalho e vida pessoal. Os jovens têm dado cada vez mais importância a ele, certo?

Como facilitadora minha maior fonte de informação vem dos jovens que consomem nossos conteúdos: eles são o termômetro do que está acontecendo. Mas eu também entendo que, como facilitadora, meu papel é ouvi-los para entender o que está em alta e também me informar, para conseguir me preparar para possíveis pautas que podem surgir a partir desses assuntos.

Apesar de muita informação disponível, o nível de informações falsas ou incompletas é grande, e meu papel é justamente ir atrás e buscar fontes confiáveis e informações relevantes.

Salários maiores, acesso limitado e cursos longos: a realidade sobre o diploma universitário no Brasil relevada pela OCDE

O ganho salarial para quem conclui o ensino superior é em média 140% maior que para quem tem apenas o ensino médio. O dado aparece no relatório Education at a Glance 2025, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e mostra que o Brasil está entre os países em que o diploma universitário mais altera a trajetória de renda.

Retorno econômico muito acima da média

Segundo a OCDE, a diferença salarial média entre trabalhadores com diploma universitário e aqueles com apenas ensino médio é de 54% nos países da organização. No Brasil, essa vantagem chega a mais de 140%, superando inclusive países latino-americanos vizinhos como Chile e Colômbia, onde o diferencial é de pouco mais de 100%.

No outro extremo, países como Dinamarca, Noruega e Suécia registram prêmios salariais inferiores a 25%, reflexo de mercados de trabalho mais igualitários.

Cursos mais longos, conclusão mais difícil

O relatório também chama atenção para a duração dos cursos no Brasil. Enquanto a maioria dos países da OCDE organiza seus bacharelados em 3 a 4 anos, no Brasil muitos programas se estendem por 5 a 6 anos.

Essa característica aproxima o país de vizinhos como Chile e Colômbia, que também oferecem graduações prolongadas, e contrasta com a tendência europeia e norte-americana de cursos mais curtos.

Segundo a OCDE, programas longos estão associados a maiores taxas de evasão e atrasos na conclusão.

Acesso restrito e seletivo

O ingresso nas universidades brasileiras também é apontado como altamente competitivo. O país adota um sistema seletivo centralizado para o acesso ao ensino superior, diferente de nações da OCDE que têm modelos de acesso aberto, como França e Itália, que só limitam vagas em áreas específicas (medicina, odontologia e arquitetura).

  • Esse filtro reforça o caráter de privilégio do diploma no Brasil, em contraste com países que ampliam o acesso com sistemas mais flexíveis

Políticas de permanência enfraquecidas

O relatório ainda observa que o Brasil já contou com financiamento direcionado às universidades para apoiar estudantes de baixa renda e reduzir atrasos na conclusão. Mas esses recursos diminuíram nos últimos anos, principalmente após a pandemia de COVID-19.

Por outro lado, países como Estônia e Dinamarca atrelaram parte do financiamento das universidades às taxas de conclusão, incentivando as instituições a apoiar seus estudantes até a diplomação.

O paradoxo brasileiro

Os números da OCDE revelam um paradoxo no país:

  • O diploma é altamente valorizado no mercado de trabalho, com retorno salarial muito superior à média da OCDE.

  • Mas o caminho até a formatura é mais longo, mais restritivo e com menos apoio financeiro do que em grande parte dos países analisados.

Esse cenário reforça que, no Brasil, o diploma universitário continua sendo um passaporte de ascensão social, mas acessível apenas a uma parcela pequena e privilegiada da população.

Afinal, o que é a OCDE?

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é uma organização internacional com 60 anos de atuação que trabalha para gerar insights com potencial de moldar políticas públicas e promover oportunidades e reduzir a desigualdade nos países. 

 "A OCDE é um fórum e centro de conhecimento único para dados, análises e melhores práticas em políticas públicas. Nosso principal objetivo é estabelecer padrões internacionais e apoiar sua implementação – e ajudar os países a trilhar um caminho rumo a sociedades mais fortes, justas e limpas", afirma a instituição

O teste que todo líder deveria fazer antes de executar qualquer tarefa

Delegar tarefas é um dos maiores desafios no ambiente profissional, especialmente para líderes e gestores. Mesmo profissionais experientes enfrentam dificuldades para delegar de forma eficaz, muitas vezes por motivos emocionais, necessidade de controle ou falta de confiança no time. Mas aprender a delegar não é pedir favores: é quase uma condição para o crescimento da liderança, produtividade e motivação da equipe.

No podcast da Harvard Business Review, Elsbeth Johnson, professora do MIT Sloan School of Management, explica que líderes enfrentam dois grandes desafios: não saber diferenciar o que manter e o que delegar, e superar quatro barreiras emocionais e organizacionais que dificultam a delegação. Neste artigo, exploramos essas barreiras, seus impactos e dicas para superá-las.

O que é delegar e por que é importante?

Delegar é o ato de transferir para outra pessoa a responsabilidade de executar determinada tarefa ou projeto, sem abrir mão do acompanhamento e da responsabilidade final. É um processo que envolve confiança, comunicação clara e definição de expectativas.

Benefícios da delegação para líderes e equipes

A delegação eficaz traz ganhos tanto para os líderes quanto para os colaboradores que recebem responsabilidades. Alguns deles são:

  • Aumento da produtividade: o líder pode focar em atividades estratégicas.
  • Desenvolvimento da equipe: os membros ganham novas experiências e aprendem a lidar com responsabilidades.
  • Melhoria da motivação: colaboradores se sentem mais valorizados e confiáveis.
  • Maior eficiência: tarefas são distribuídas de forma equilibrada, evitando sobrecarga em uma única pessoa.

Johnson lembra que não delegar também prejudica três partes importantes: a organização (que perde eficiência ao ter pessoas caras fazendo tarefas que poderiam ser delegadas), os colaboradores (que deixam de crescer) e o próprio líder (que deixa de atuar de forma estratégica).

Principais razões pelas quais delegar é tão difícil

Apesar dos benefícios, muitas pessoas ainda encontram dificuldades para delegar. Entre os principais motivos, estão:

  • Necessidade de controle: líderes que querem garantir que tudo saia exatamente do seu jeito têm dificuldade em abrir mão, e acabam tendo uma postura centralizadora.
  • Falta de confiança no time: preocupação que os colaboradores não tenham competência suficiente.
  • Perfeccionismo: acreditar que ninguém vai fazer tão bem quanto o próprio líder.
  • Insegurança pessoal: medo de perder relevância ou autoridade ao transferir responsabilidades.
  • Tempo insuficiente: muitos acreditam que é mais rápido fazer a tarefa do que explicar como delegar as responsabilidades.

Johnson complementa que líderes produtivos sentem prazer em “fazer” e não só em “gerir”. Esse vício na produtividade pessoal, segundo ela, está ligado até a fatores químicos, como a busca por dopamina ao concluir tarefas.

Consequências de não delegar de forma eficaz

Quando um líder não consegue delegar, toda a equipe acaba sendo impactada. Entre os principais problemas estão:

  • Sobrecarga do líder, que acumula atividades e corre risco de esgotamento.
  • Baixo desenvolvimento da equipe, já que os colaboradores não recebem desafios.
  • Queda de produtividade, porque o tempo do líder é consumido por tarefas operacionais.
  • Clima organizacional ruim, com equipes desmotivadas e líderes estressados.

A professora do MIT ressalta que líderes que não delegam acabam criando dependência em vez de capacitar sua equipe. O resultado é um ciclo de sobrecarga e estagnação.

Como superar a dificuldade de delegar

Superar a dificuldade de delegar exige prática, consciência e algum desapego também. Algumas estratégias eficientes incluem:

  1. Reconhecer o problema: admitir que a dificuldade existe é o primeiro passo.
  2. Construir confiança: investir no desenvolvimento e treinamento da equipe.
  3. Definir prioridades: identificar quais tarefas realmente precisam da atenção do líder e quais podem ser delegadas.
  4. Aceitar diferentes formas de execução: entender que nem sempre o resultado virá do mesmo jeito, mas pode ser igualmente eficaz.
  5. Criar rotinas e checklists: Johnson sugere criar rituais de gestão que reduzam a carga cognitiva e aumentem a qualidade da delegação.
  6. Praticar paciência: lembrar que delegar leva tempo e exige consistência.

Boas práticas para delegar com sucesso

Para transformar a delegação em uma ferramenta estratégica, algumas técnicas podem te ajudar:

  • Clareza na comunicação: explique a tarefa, os objetivos e os prazos.
  • Escolha adequada: delegue para a pessoa certa, considerando habilidades e interesses.
  • Estabeleça autonomia: permita que o colaborador tenha liberdade para decidir como realizar a tarefa.
  • Monitore sem microgerenciar: acompanhe o progresso, mas sem sufocar a criatividade.
  • Forneça feedback construtivo: reconheça os acertos e oriente sobre melhorias.

Johnson também sugere que líderes façam um “teste do melhor e mais barato”: pergunte-se se você é realmente a melhor e mais econômica pessoa para executar aquela tarefa. Se não, é hora de delegar.

Usando a Matriz de Einsenhower para delegar tarefas

A Matriz de Eisenhower, também conhecida como matriz urgente/importante, é uma ferramenta de priorização que pode ser essencial na delegação de tarefas em ambientes corporativos. A lógica é simples: as atividades são classificadas em quatro quadrantes com base em dois critérios — urgência e importância.

Tarefas importantes e urgentes devem ser executadas imediatamente, enquanto aquelas importantes mas não urgentes devem ser planejadas.

Já as tarefas urgentes, mas não importantes são candidatas ideais para delegação, porque exigem ação rápida, mas não dependem de decisões estratégicas. Assim, delegar essas atividades libera tempo para que líderes e gestores foquem em decisões críticas e de longo prazo.

O quarto quadrante, composto por tarefas nem urgentes nem importantes, deve ser minimizado ou eliminado. Ao usar a matriz como base, a delegação se torna mais estratégica: evita a sobrecarga de trabalho e melhora a produtividade da equipe.

Além disso, ao delegar com base nesse critério, você alinhar o nível de responsabilidade da tarefa ao perfil do colaborador, garantindo uma execução eficiente. A clareza da matriz ajuda também a justificar a delegação perante a equipe, tornando o processo mais transparente e eficaz.

Exemplos de situações em que a delegação falha e como corrigir

Cenários reais

  • Excesso de detalhamento: o líder explica minuciosamente cada passo, impedindo que o colaborador tenha autonomia (e isso acaba gerando frustração nos colaboradores).
  • Delegar sem suporte: atribuir uma tarefa sem oferecer recursos ou informações suficientes.
  • Transferência de tarefas indesejadas: usar a delegação apenas para se livrar do que é “chato”.

Soluções práticas

  • Substituir o controle versus delegação por um equilíbrio saudável: acompanhar sem sufocar.
  • Oferecer treinamento e materiais para que o colaborador se sinta preparado.
  • Delegar também atividades estratégicas, que agreguem valor ao desenvolvimento profissional.
  • Seguir a dica de Johnson: quando um colaborador pedir ajuda, em vez de dar a resposta, redefina o contexto e devolva a responsabilidade da decisão.

Delegação consciente

Delegar não é só uma habilidade de gestão, mas uma prática que qualquer líder deve dominar se quiser crescer e desenvolver sua equipe. Entender por que delegar é difícil ajuda a enxergar as próprias limitações e a buscar estratégias eficazes para superá-las.

Com o uso de técnicas para delegar tarefas, confiança no time e acompanhamento adequado, é possível transformar esse desafio em um diferencial competitivo.

Como destaca Elsbeth Johnson, a chave está em mudar a mentalidade: parar de ver a delegação como perda de controle e começar a enxergá-la como investimento no crescimento da equipe e na capacidade estratégica do líder.

Aprender como delegar é um processo contínuo, que exige autoconhecimento, paciência e disposição para abrir mão do controle excessivo.

Adotar a delegação consciente, líderes promovem mais produtividade, engajamento e um ambiente mais saudável para todo mundo.

Guia completo para escolher o melhor programa de pós-graduação

Já é um consenso que a formação acadêmica não termina com a graduação. Para muitos profissionais e estudantes, entrar em um programa de pós-graduação é um passo essencial para se destacar no mercado, aprofundar conhecimentos e abrir oportunidades. Mas, diante de tantos cursos disponíveis, como escolher pós-graduação de forma inteligente e alinhada aos objetivos de carreira?

Nesse guia, você vai aprender a escolher a pós que faz mais sentido na sua trajetória, entender as diferenças entre lato sensu e stricto sensu, e conhecer os principais tipos de programas e critérios práticos para tomar a melhor decisão.

O que é pós-graduação?

A pós-graduação é o conjunto de cursos oferecidos após a conclusão do ensino superior. Ela pode ter caráter profissionalizante ou acadêmico e tem como principal objetivo ampliar o conhecimento, desenvolver competências específicas e preparar o aluno para funções de maior complexidade no mercado ou na pesquisa científica.

Como a pós-graduação impacta a carreira

Ter um diploma de pós-graduação pode abrir portas para para várias oportunidades. Não é à toa que, de acordo com o Ministério da Educação, o Brasil tinha em 2021 122.295 estudantes de pós, dos quais 76.323 eram de mestrado acadêmico, 4.008 de mestrado profissional e 41.964 de doutorado.

Esses são alguns benefícios a médio prazo que terminar uma pós-graduação pode trazer:

  • Cargos de liderança e funções estratégicas.

  • Melhoria salarial, já que muitas empresas valorizam a titulação.

  • Diferenciação competitiva, destacando o currículo frente a outros candidatos.

  • Transição de carreira, oferecendo base para atuar em novas áreas.

  • Produção acadêmica, para quem deseja seguir no universo da pesquisa e do ensino superior.

Pós-graduação lato sensu: características e quem deve escolher

Você já deve ter ouvido falar em pós-graduação lato sensu e stricto sensu. A grande diferença entre elas é o objetivo e o perfil dos cursos: se voltados para a área acadêmica ou profissional.

Modalidades como especialização e MBA

O lato sensu corresponde a cursos de especialização, incluindo os famosos MBAs (Master in Business Administration). São voltados para a aplicação prática, com foco em desenvolver habilidades exigidas pelo mercado.

Duração, requisitos e foco prático

  • Duração: geralmente, os cursos latu sensu duram entre 12 e 24 meses.

  • Requisito: para se matricular em um curso, você precisa ter um diploma de graduação em qualquer área.

  • Foco: o foco das pós latu senso é mais prático e aplicado, com professores que, muitas vezes, são profissionais atuantes no mercado.

Exemplos de cursos lato sensu

  • MBA em Gestão de Pessoas.

  • Especialização em Direito Tributário.

  • Pós-graduação em Marketing Digital.

  • Especialização em Educação Infantil.

Lembra-se: esse formato é ideal para quem busca crescimento profissional rápido e aplicável.

Pós-graduação stricto sensu: características e público-alvo

Mestrado, doutorado e pós-doutorado

Já os cursos de pós-graduação stricto sensu englobam os programas de mestrado, doutorado e pós-doutorado, reconhecidos pelo MEC e fundamentais para quem deseja seguir carreira acadêmica ou se tornar pesquisador.

  • Mestrado acadêmico: forma pesquisadores e docentes.

  • Mestrado profissional: foca na aplicação prática, mas com rigor científico.

  • Doutorado: exige a produção de conhecimento original.

  • Pós-doutorado: não é titulação, mas etapa de pesquisa avançada.

Duração, exigências e foco acadêmico

  • Mestrado: duram ente 2 a 3 anos.

  • Doutorado: os cursos de doutorado duram, normalmente, entre 4 a 6 anos.

  • Requisitos: a matrícula depende normalmente da provação em um processo seletivo rigoroso (prova, análise de currículo, entrevista e projeto de pesquisa).

  • Foco: o foco é investigação científica, inovação e contribuição teórica.

Aplicações profissionais e acadêmicas

Além de abrir caminho para que seus graduados comecem a dar aula em universidades, o stricto sensu contribui para posições estratégicas em empresas que valorizam a pesquisa, a inovação e a análise crítica, como algumas consultorias e institutos de pesquisas.

Principais diferenças entre lato sensu e stricto sensu

Comparativo de objetivos, duração, titulação e perfil do estudante

Aspecto Lato Sensu Stricto Sensu
Objetivo Aplicação prática e atualização profissional Produção científica e formação acadêmica
Duração 1 a 2 anos 2 a 6 anos
Titulação Certificado de especialista Mestre ou doutor
Perfil do estudante Profissionais em busca de crescimento rápido Estudantes ou profissionais interessados em pesquisa e ensino

Vantagens e desvantagens de cada modalidade de pós-graduação

  • Lato sensu

    • Vantagens: Rapidez e aplicabilidade prática, além de boa aceitação no mercado.

    • Desvantagens: não habilita a dar aulas em universidades.

  • Stricto sensu

    • Vantagens: reconhecimento acadêmico nacional e internacional, além da possibilidade de dar aulas e começar uma carreira na área de pesquisas.

    • Desvantagens: maior investimento de tempo e dedicação (que, em alguns casos, precisa ser exclusiva).

Como escolher a pós-graduação ideal para você

Análise de objetivos profissionais e acadêmicos

Na hora de buscar seu curso, vale a pena se perguntar:

  • Quero aprofundar-me em pesquisa ou aplicar conhecimento no mercado?

  • Meu foco é carreira acadêmica ou empresarial?

Consideração do tempo disponível e rotina

O stricto sensu exige dedicação integral em muitos casos, enquanto o lato sensu pode ser conciliado com a rotina profissional.

Pesquisa sobre instituição e conteúdo dos cursos

Quando um curso te interessar, não deixe de pesquisar:

  • O credenciamento do curso no MEC.

  • O nível de qualificação do corpo docente.

  • A grade curricular do curso e o alinhamento dela com seus objetivos pessoais e profissionais.

Decisão entre ensino presencial, EAD ou híbrido

A escolha do formato deve levar em conta sua disponibilidade, estilo de aprendizagem e necessidade de networking. Você pode escolher cursos de pós-graduação à distância, no modelo online, ou presenciais.

Pós-graduação EAD e presencial: o que considerar?

Flexibilidade e qualidade

A pós-graduação EAD ganhou força por sua flexibilidade e custos mais acessíveis. Mas vale a pena avaliar se a instituição oferece plataformas de qualidade e suporte adequado.

Impacto no aprendizado e networking

Enquanto a modalidade presencial favorece o contato direto e o networking, o modelo EAD pode limitar a troca imediata, mas amplia a possibilidade de estudar de qualquer lugar. Já modelo híbrido é um meio-termo promissor, que oferece parte do conteúdo online e parte em encontros presenciais.

Dicas para planejar sua pós-graduação

Preparação financeira

  • Levante custos com matrícula, mensalidades, materiais e possíveis deslocamentos.

  • Considere retorno sobre investimento (ROI) da formação.

Processo seletivo e documentação

  • Cursos lato sensu costumam exigir só diploma de graduação e informações complementares.

  • Cursos stricto sensu exigem aprovação em seleções competitivas com análise de currículo e projeto.

Busca por bolsas e financiamentos

  • A CAPES e o CNPq oferecem bolsas para alguns programas stricto sensu, mas o número de bolsas costuma ser menor que o número de alunos desses programas.

  • Instituições privadas podem disponibilizar financiamentos e descontos para cursos lato sensu.

O passo final: alinhando a pós-graduação aos seus objetivos

Escolher entre uma pós-graduação lato sensu ou stricto sensu é uma decisão que depende diretamente de seus objetivos pessoais e profissionais. Se você procura inserção rápida ou crescimento no mercado, uma especialização ou MBA pode ser ideal. Já quem quer trilhar o caminho da pesquisa e da docência deve considerar o mestrado ou doutorado.

Independentemente da modalidade, o mais importante é alinhar a escolha com sua carreira, estilo de vida e expectativas futuras.

Com planejamento, informação e clareza de propósito, a pós-graduação deixa de ser apenas um título e se transforma em um verdadeiro diferencial competitivo.

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Pablo Andery: ‘A gente tem nossa maior potência quando somos nós mesmos’

Natural de Poços de Caldas (MG) e formado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Pablo Andery se tornou facilitador do Na Prática em 2016. Hoje, mora em São Paulo e atua como consultor na área de gestão e estratégia, mas continua dedicando parte de sua rotina conduzir conduz os cursos.

A motivação para seguir nesse papel vem de uma vivência pessoal: antes de se tornar facilitador, ele mesmo foi aluno dos cursos. O impacto que recebeu nesse período, segundo ele, é o que hoje busca devolver para outros jovens que também estão em fase de descobertas e decisões de carreira.

Na série “Na Prática, quem ensina?”, ele compartilha bastidores dessa atuação como facilitador. Para Pablo, a experiência não se resume a transmitir conhecimento, mas também a aprender com a diversidade de perfis e trajetórias que encontra em sala. “O nível de interesse e as perguntas mostram o quanto há potencial entre os participantes”, afirma.

Conheça o facilitador Pablo Andery

Na prática, como é facilitar cursos para essa geração de jovens?

Eu tenho a impressão de que, no fundo, não é tão diferente assim de facilitar cursos para uma geração de jovens anteriores.

Eu acho que sim, tem uma diferença na forma de pensar e de agir em muitos aspectos, mas pensando no público do Na Prática, que é um público que, por estar ali, já tem um interesse prévio e uma cabeça parecida, seja da minha geração ou da geração que veio logo depois de mim.

Claro que a forma de crescer, o fato de não terem visto a vida sem celular desde pequenos, por exemplo, acho que muda um pouco a visão de mundo, mas não muda tanto a minha experiência como facilitador. No final do dia, acho que é tão gratificante e transformador quanto era facilitar para a geração anterior.

Continua sendo ótimo contribuir com jovens que estão interessados em aprender e se desenvolver e estão correndo atrás de meios para isso.

Acho que o Na Prática é um grande catalisador, um potencializador de jovens que já têm um potencial e um interesse, e ajuda essa galera a colocar as coisas em prática. É ótimo ser parte disso.

O que te motiva a facilitar?

Os cursos, na época da Fundação Estudar, que já faziam parte do pilar do Na Prática, me ajudaram muito, principalmente o de autoconhecimento, mas também fiz o de liderança e o de carreira. Me ajudaram tanto que o que me motiva a facilitar é poder devolver isso para outras pessoas que estão buscando referências e ajuda para tomar suas decisões, igual eu estava buscando.

Conte sobre sobre sua trajetória profissional

Vim morar em São Paulo no finalzinho de 2017, ainda nem tinha me formado na verdade. Eu abracei quase que a primeira oportunidade que apareceu, porque eu queria muito vir para São Paulo e começar a trabalhar logo. Minha primeira experiência foi na área comercial, fui ser vendedor de rota na Heinz, vendendo ketchup e maionese para supermercados, e fiquei um ano ali.

Depois, fui para a Fundação Estudar, na área de B2B, por quase um ano e meio. Saí para tocar uma área B2B na Móbili, e fiquei um ano lá também. Com a pandemia, o projeto que eu estava tocando deixou de fazer sentido, e fui realocado para outro projeto que não tinha tanto sentido para mim.

Então, eu saí, tirei um tempo para pensar qual seria o próximo passo, o que faria sentido, e decidi que seria consultoria. Foquei super em entrar em consultoria, fiquei estudando um bom tempo e me inscrevendo em todos os processos, esse intervalo durou uns 8 ou 9 meses.

Entrei em consultoria em 2021, e estou aqui até hoje, na mesma empresa, na Integration, há 4 anos. Gosto bastante. Consultoria de gestão e estratégia, especificamente, me permite viver uma rotina dinâmica, além de aprender muito sobre diversos setores e metodologias.

Pude desenvolver um olhar de negócio mais estratégico, que era o que eu queria e não tinha tido chance na área comercial.

Quais foram os 3 aprendizados profissionais que você repassaria adiante?

O primeiro que eu diria é: comece. Olhando para a minha trajetória, às vezes repenso as decisões, como ter começado na área comercial, algo que nunca quis.

Mas hoje, ter sido da área comercial me dá uma perspectiva de negócio e estratégia que é muito difícil de ter sem vivenciar. O fato de eu ter tomado a decisão de simplesmente começar e entrar num lugar e aprender já foi super importante.

Não dá para ficar pensando demais no "o que será que faz sentido para mim" e não partir para a prática.

O segundo aprendizado é: entregas que te deram muito trabalho são valorizadas quando você mostra o tanto de trabalho que ela deu.

Não adianta fazer um trabalho homérico se não ficar claro para as pessoas da sua equipe ou para o seu cliente o que te levou até aquele ponto.

É importante reconhecer que deu trabalho e as pessoas ao redor precisam entender isso também; não adianta mostrar só o resultado sem mostrar a construção toda, porque elas valorizam mais o que você fez quando entendem que foi um passo a passo longo.

O terceiro aprendizado, eu diria: seja você. Muitas vezes, a gente fica receoso de ser autêntico no ambiente corporativo, por achar que ele demanda um posicionamento diferente do nosso "normal". A gente tem nossa maior potência quando somos nós mesmos.

Como começou sua relação com o Na Prática?

Minha relação com o Na Prática começou na época da Fundação Estudar, por volta de 2015. Conheci a Fundação pelos cursos, o de autoconhecimento o primeiro que fiz. Era um curso presencial em São Paulo, e voltei muito impactado e transformado.

A partir dali, sabia que queria beber mais da fonte e continuei participando de cursos. Não muito tempo depois, virei voluntário da Fundação Estudar, e agora estou no Na Prática.

O que você já aprendeu em contato com essas turmas de jovens?

Aprendi que tem muito potencial dentro das salas. Vejo isso pelo nível das perguntas e o interesse genuíno dos jovens, mesmo aqueles no início da jornada de carreira. Além disso, acompanho o crescimento de muitos deles no LinkedIn e Instagram, em quatro ou cinco anos, alguns já se tornaram gerentes ou diretores. É muito legal ver o crescimento de quem buscou se desenvolver anos atrás.

Facilitando, aprendo de tudo, como a ser um facilitador melhor, a entender a diversidade de perfis e anseios individuais. Também aprendo sobre a a importância do contexto. Cada pessoa está em um momento e vem de um lugar e origem distintos. As trajetórias são muito diversas, não dá para falar que todos querem a mesma coisa, que estão no mesmo momento. Ver essa diversidade de trajetórias nos cursos do Na Prática é muito rico.

E o que você aprendeu como facilitador que te ajuda a ser um consultor melhor?

Aprendi que as pessoas têm seus anseios pelo momento em que estão, pela vivência que tiveram, por onde cresceram. Facilitar me lembra de olhar para o outro e tentar me colocar no lugar para pensar no momento e no desafio que aquela pessoa tem.

Em um dia, apresento uma etapa completa do projeto para a diretoria, no outro, converso com o coordenador de uma área específica para levantar dados e construir uma análise. Tanto o coordenador quanto os diretores têm seus anseios, e ter isso no radar me ajuda a saber como abordar. Consigo navegar melhor pelas diferentes áreas e senioridades do cliente, garantindo uma tratativa melhor.

O que você aplica no seu dia a dia como profissional a partir do conteúdo formações que facilita?

O mais prático é que me torno um facilitador melhor no meu trabalho por ser voluntário no Na Prática. Como estou em consultoria, lido o tempo todo com clientes que esperam que eu e minha equipe entreguemos algo que ajude a melhorar resultados.

Então, saber como facilitar momentos de discussão e como lidar no "um a um" com as pessoas (o que acontece muito nos cursos, quando alguém pede ajuda no intervalo) é crucial. Aprender a entender de onde vem a dor da pessoa para direcionar, sem apenas dar pitaco na vida do outro, é algo que aplico diretamente no negócio.

No meu ambiente de trabalho, preciso embasar minhas recomendações com informação, dados e estrutura. E, de certa forma, os momentos do Na Prática com esses jovens são assim também, então, com certeza, consigo trazer esse aprendizado de facilitação para o meu dia a dia de trabalho.

Qual é sua grande ambição como profissional?

Eu me considero uma pessoa muito ambiciosa, mas minha ambição é por degraus. No momento, minha ambição é me tornar consultor na minha empresa. Assim, além de ser responsável pelos entregáveis e pela parte técnica do projeto, eu passo a ter uma responsabilidade pela formação dos analistas.

Isso é algo que sempre gostei de fazer, já fiz em contexto de empresa júnior, mas profissionalmente ainda não estive em um cargo em que isso é parte do escopo. Quero muito estar nesse lugar de poder ajudar os outros a crescerem e se desenvolverem também no ambiente profissional.

Qual é, na sua visão, o papel das formações que você facilita na vida dos jovens?

Primeiro, dar perspectiva para os jovens que estão participando. Perspectiva de duas formas: uma, eles entenderem o que é possível, e, duas, entender que algumas coisas não são o monstro de sete cabeças que eles estão imaginando.

Então, é dar perspectiva tanto para mostrar que pode ser mais simples do que parece, quanto para mostrar que pode ser maior do que eles imaginam, em termos de potencial e ambição.

O outro papel é dar ferramentas para esses jovens poderem se desenvolver. Isso pode ser no nível pessoal ou profissional. O primeiro curso que fiz, de autoconhecimento, foi no pessoal, e me deu uma perspectiva que me mudou como pessoa, como ser humano, como ser vivo neste plano que estamos.

Você sente alguma identificação com os participantes dos cursos?

Me vejo na situação em que eles estão, porque já estive nesse lugar também. Eu já fui o jovem interessado, buscando entender o que tem disponível no mercado, quais são os desafios e como as coisas funcionam de verdade. Me conecto diretamente com o momento deles porque já vivi esse momento de descoberta.

Clara Saar: ‘Existe muita pressão para acertar ou ter um caminho linear. Perdemos tempo sofrendo por coisas que não estão nas nossas mãos’

Aos 33 anos, Clara Souza Garcia Saar transformou a inquietação que sempre teve em um motor de transformação profissional, com uma trajetória que passa pelo Direito, pelo empreendedorismo em negócios familiares e pela atuação no campo da sustentabilidade e inovação. Mas foi no papel de facilitadora que a mineira, que mora nos Estados Unidos, encontrou uma forma de unir propósito, carreira e impacto social.

Além de construir sua carreira internacional no setor de Climate Venture Capital, ela se dedica desde 2019 a facilitar a jornada de jovens cheios de sonhos, energia e vontade de fazer a diferença - como ela também já foi.

A série “Na Prática, quem ensina?” revela quem são os facilitadores que conduzem, inspiram e provocam reflexões nos cursos do Na Prática. Clara é um desses nomes de destaque. Para ela, mais do que transmitir conteúdos teóricos, a verdadeira conexão com os jovens acontece no compartilhamento de experiências de vida.

Conheça a facilitadora Clara Souza

Na prática, como é facilitar cursos para essa geração de jovens?

Historicamente, o Na Prática, sempre atraiu jovens com ambição e vontade de fazer algo especial. No entanto, percebo que essa nova geração já chega mais preparada, informada.

O acesso fácil à informação, ter nascido já em um mundo conectado mostra que “a teoria” eles já conhecem, mesmo que superficialmente.

Essa nova realidade acaba fazendo com que nós, facilitadores, sejamos percebidos pelos participantes em uma posição de “experiência".

O compartilhamento de “casos reais” da nossa própria vida, em um lugar seguro e embasado pela metodologia Na Prática, é o que sinto que esses jovens esperam de nós, e acaba gerando uma forte conexão com as turmas.

O que te motiva a facilitar?

Eu sempre adorei me envolver em projetos voluntários, e acho fundamental buscar ações que fazem sentido com meu propósito e habilidades. Amo compartilhar coisas que aprendi, conhecer novas pessoas, me sentir útil na vida de alguém. Conseguir dividir esse momento com os jovens via facilitação, apoiando pessoas que buscam encontrar seu propósito e conquistar seus sonhos, é revigorante.

Quanto mais eu facilito, mais eu aprendo, inclusive sobre mim. Além de tudo isso, tenho o melhor bônus - os amigos que fiz durante esses 7 anos como facilitadora do Na Prática. Só gente boa!

O que você diria que aprendeu sobre você mesma ao longo dos anos como facilitadora?

Acredito que a cada facilitação percebo uma novidade sobre mim. Sempre refaço meu pitch antes das edições pensando em como a parte da minha experiência pode ser melhor aproveitada pela turma e isso acaba me fazendo refletir e ressignificar sobre a minha própria história.

Posso dizer que momentos em que eu falava de um lugar de dor, agora são vistos com um outro olhar. Facilitar é essencial na minha construção como pessoa e profissional.

Conta sobre sua trajetória profissional?

Tenho 10 anos de carreira e até hoje eu preciso respirar pra contar essa história. Sempre quis “mudar o mundo”. Antes de entrar na faculdade, meu sonho era ser diplomata. Pensando nisso, cursei Direito na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Durante a faculdade entendi que o Direito não era muito meu caminho, muito burocrático, formal, cheio de “deferências” e totalmente desconectado da minha essência. Enchi meu currículo para tentar entender o que eu gostava, e cheguei ao Comércio Internacional e Desenvolvimento Sustentável - cursei um semestre de intercâmbio durante a faculdade na University of Leeds, na Inglaterra.

Seis meses antes da minha formatura, recebi um e-mail do meu orientador falando que havia uma vaga de mestrado para mim numa universidade americana, outro sonho (morar fora). Nesse momento, tudo começou a desandar do plano original.

Precisei retornar ao interior de Minas para trabalhar na empresa da minha família, onde conheci uma nova paixão: o mundo dos negócios. Foi muito desafiador, mas acabei me entendendo como liderança e adquirindo habilidades como resiliência, pensamento sistêmico e planejamento estratégico. Brinco que vivi 50 anos de carreira em 5. Empreendedorismo é uma jornada solitária e o nível de responsabilidade quando você tem colaboradores é algo que só quem viveu sabe.

No entanto, trabalhar com varejo, consumo, era algo muito distante do meu foco no desenvolvimento sustentável, e quando surgiu a oportunidade, saí do negócio. Passei seis meses tentando entender por onde começar, como mulher e segunda geração em uma empresa familiar, as pessoas não acreditavam no meu currículo. Foi um longo processo até me provar para o mercado. Escutei de um chefe que “não estava apta para uma vaga porque não tinha experiência para gerenciar pessoas" — depois de ter liderado diretamente 45 pessoas.

Nessa época, já com mais clareza de querer atuar com ESG, voltei para um escritório de advocacia, onde foquei no estudo de regulações focadas em sustentabilidade e no setor de mineração, mas ao fazer um curso sobre saltos de inovação em países emergentes na Fundação Dom Cabral com a turma do MBA Executivo do Instituto Europeu de Administração de Empresas (INSEAD), a vida me lembrou que Direito realmente não é pra mim.

Nessa época, já tinha conquistado uma reputação na área, realizei um grande sonho de me tornar professora universitária e comecei a atuar em grandes projetos envolvendo descarbonização e transição energética. Agora, nos Estados Unidos, percebi que apoiar a escala de inovações sustentáveis é o que me dá brilho no olho, então estou migrando para a área de Climate Venture Capital.

Leia também: Como se preparar para programas de intercâmbio acadêmico

Você passou por tantas áreas e cursos diferentes. Ao que você atribui essa curiosidade e como você acha que essa jornada impactou quem você é hoje?

Eu acho que a palavra é curiosidade mesmo. Eu sempre li muito e quis aprender o máximo de tudo que pude, foi um pouco difícil entender o que eu realmente gostava de fazer, porque tudo parece interessante à primeira vista.

Sempre acho que me falta tempo para aprender tudo que eu gostaria, fico deprimida quando não estou em algum grupo de discussão ou estudando sobre temas do meu interesse (os mais variados possíveis).

Quais foram os 3 principais aprendizados profissionais que você repassaria adiante?

Seja autêntico: comecei facilitando o curso de autoconhecimento e brinco que é o curso mais importante do Na Prática, saber quem você é, seus limites, seus sonhos é fundamental para ter uma carreira feliz e bem-sucedida.

Seja confiável: a sua reputação está em tudo o que você faz, tenho colegas de escola e faculdade que me recomendam porque confiam no meu trabalho. Se falou que vai fazer, faça e dê o seu melhor. Se errar ou se perceber que não dá conta, seja transparente.

Seja dono da sua carreira: se torne bom o suficiente para poder escolher o que quer fazer e onde. Não é fácil, requer muita dedicação, mas é libertador.

Como começou sua relação com o Na Prática?

Seguia o portal há muito tempo em função das dicas, sempre admirei o trabalho e o conteúdo. Quando surgiu a oportunidade de me candidatar para o processo seletivo de facilitadores, não pensei duas vezes.

Fui selecionada em um período super caótico do meu negócio, viajava 900km de ônibus semanalmente para fazer pós-graduação, quase desisti do treinamento. Ainda bem que não. Antes da pandemia, o curso de formação de facilitadoras era realizado em um sítio durante um fim de semana, foi um momento de muita vulnerabilidade, olhar para dentro.

Com certeza me deu força para continuar e chegar até aqui. Desde então, já são 7 anos!

O que você já aprendeu em contato com essas turmas de jovens?

O mundo tem conserto. Tem muito jovem incrível querendo fazer a diferença, pessoas empáticas, com sonhos grandes que abarcam comunidades. Cada turma renova minha esperança na liderança do futuro.

O que você aplica no seu dia a dia como profissional a partir do conteúdo formações que facilita?

Em termos de conteúdo prático: storytelling, a metodologia STAR é excelente, sobre autoconhecimento, sempre revisito conteúdos como a Janela de Johari. Por fim, a habilidade de conectar com pessoas. Como a vulnerabilidade deve ser vista como uma força para construir relações genuínas.

Qual é sua grande ambição como profissional?

Ver projetos e pessoas com os quais me conecto promovendo avanços concretos em prol do desenvolvimento sustentável.

Saiba mais: Como esses jovens profissionais usaram cursos gratuitos para crescer

Qual é, na sua visão, o papel das formações que você facilita na vida dos jovens?

Espero que seja deixar a jornada de crescimento um pouco mais leve.

Existe muita pressão para acertar ou ter um caminho linear. Perdemos muito tempo sofrendo por coisas que não estão nas nossas mãos. Com as ferramentas certas e buscando pessoas que podem dar o apoio necessário, é possível ter uma caminhada menos dolorosa.

As melhores vagas de estágio abertas em setembro de 2025

Setembro é um mês com várias vagas de estágio em aberto, em grandes empresas como Bayer, Aché e Grupo Boticário. Se você está atrás de uma, confira nesse post o compilado de vagas de estágio do Na Prática para setembro de 2025.

Boa sorte!

Bayer – Programa de Estágio 2026

Inscrições até: 21 de setembro de 2025
Duração: até 2 anos
Salário: R$ 1.450 a R$ 2.800
Previsão de graduação:

  • Nível técnico: conclusão prevista entre dezembro/2025 e dezembro/2027

  • Nível superior: entre dezembro/2025 e dezembro/2027

  • Superior Agro: cursando último ano, com disponibilidade de 5 a 12 meses

Inscreva-se aqui!

O Programa de Estágio da Bayer é dividido em três modalidades: Técnico, Superior e Superior Agro. As bolsas variam conforme o perfil e a carga horária: R$ 1.450 para técnicos (30 horas por semana), R$ 2.100 para estudantes de nível superior (30 horas por semana) e R$ 2.800 para estudantes do campo agro (40horas semana).

O processo seletivo tem etapas digitais, com início previsto do estágio em fevereiro de 2026.

Entre os benefícios oferecidos estão assistência médica e odontológica, acesso ao programa de bem-estar “Conte Comigo”, auxílio psicológico, nutricional e jurídico, vale-refeição ou refeitório, vale-transporte, seguro de vida, plano de medicamentos subsidiados e acesso à plataforma Wellhub.

A atuação dos estagiários pode ser presencial, híbrida ou remota, de acordo com a unidade.

Grupo Boticário – Programa de Estágio 2026

Inscrições até: 19 de setembro de 2025
Duração: 12 a 24 meses
Salário: Não informado, com benefícios como Vale Alimentação, Vale Refeição, Plano de Saúde e Day off de aniversário. 
Previsão de graduação: entre dezembro de 2026 e dezembro de 2027.

Inscreva-se aqui!

O programa do Grupo Boticário se destaca pela estrutura robusta e alta taxa de efetivação. A jornada inclui trilhas de desenvolvimento, projetos práticos com desafios reais e feedbacks constantes.

A atuação pode ocorrer nos formatos remoto, híbrido ou presencial, nas unidades de São Paulo (SP) e São José dos Pinhais (PR). Além da bolsa, os estagiários recebem vale alimentação e refeição, plano de saúde e odontológico, auxílio home office ou vale-transporte, seguro de vida, day off de aniversário, e descontos em produtos da marca. Falar inglês não é obrigatório.

CNPEM – Programa Unificado de Estágios (PUE)

Inscrições até: 15 de setembro de 2025.
Duração: 12 meses, com possibilidade de prorrogação.
Salário: Não informado.
Previsão de graduação: Não há exigência específica; estudantes de graduação ou curso técnico devem estar regularmente matriculados.

Inscreva-se aqui!

O Programa Unificado de Estágios do CNPEM oferece oportunidades em um ambiente de pesquisa de ponta, com foco nas áreas de saúde, energia e sustentabilidade.

Os estagiários são acompanhados por orientadores científicos e inseridos em projetos multidisciplinares, com acesso aos laboratórios do centro, como o Sirius (acelerador de partículas brasileiro).

Durante a inscrição, os candidatos precisam enviar histórico escolar e podem escolher até duas áreas de interesse.

A previsão de início é para fevereiro de 2026, com possibilidade de renovação após o primeiro ano.

O programa é voltado tanto para alunos de graduação quanto para técnicos, com vagas localizadas no campus do CNPEM em Campinas (SP).

Aché – Programa de Estágio 2026

Inscrições até: 23 de setembro de 2025
Duração: até 2 anos
Salário: valor compatível com o mercado (não divulgado)
Previsão de graduação: dezembro de 2026 a dezembro de 2027

Inscreva-se aqui!

O programa de estágio do Aché oferece uma trilha estruturada de desenvolvimento com foco técnico e comportamental. Os participantes contam com um Plano de Desenvolvimento Individual (PDI), capacitações, avaliações semestrais e condução de projetos práticos com mentoria direta de líderes da companhia.

As vagas são para regime presencial ou híbrido, a depender da função e da localidade, com carga horária de 30 horas semanais.

Os benefícios incluem assistência médica e odontológica, vale-alimentação, vale-transporte, Wellhub, seguro de vida, medicamentos gratuitos da linha Aché e outros incentivos.

O programa contempla diversas áreas, como Pesquisa & Desenvolvimento, Marketing, Qualidade e Supply Chain.

Prepare-se para a entrevista!

E se você quer aumentar suas chances de passar nesses processos seletivos, o Na Prática tem um recurso online e gratuito que vai te ajudar: no curso Mande bem na entrevista, você vai aprender estratégias para se destacar em entrevistas com foco na comunicação assertiva.

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Resume Genius/Unsplash

Um pitch pessoal bem construído pode ser o diferencial entre ser lembrado ou esquecido em um evento profissional.

Seja em um encontro de networking, em uma entrevista de emprego ou em uma feira de carreira, saber se apresentar de forma clara, breve e impactante abre portas e cria conexões valiosas.

Neste artigo, você vai encontrar 5 modelos de pitch prontos e adaptáveis, além de dicas para personalizar sua apresentação de acordo com o contexto e impressionar seu público.

O que é um pitch e por que ele é importante?

O pitch é uma apresentação rápida e objetiva usada para se apresentar ou vender uma ideia.

No contexto profissional, é conhecido como elevator pitch, justamente pela ideia de que você deve ser capaz de se apresentar no tempo de uma breve viagem de elevador (30 a 60 segundos).

Ele pode ser usado em:

  • Entrevistas de emprego;

  • Eventos de networking;

  • Feiras de carreira e encontros acadêmicos;

  • Apresentações de projetos ou negócios.

Leia também: Principais dificuldades de comunicação no trabalho 

Benefícios de ter modelos prontos adaptáveis

  • Garante segurança e confiança ao falar;

  • Facilita a adaptação ao público e ao contexto;

  • Aumenta as chances de causar uma boa primeira impressão;

  • Evita improvisos que podem soar vagos ou confusos.

Modelo de pitch para networking

Estrutura recomendada

  1. Quem você é (nome e formação);

  2. O que faz atualmente;

  3. Em que áreas tem interesse ou busca oportunidades;

  4. Fechamento com convite para conexão.

Exemplo prático de pitch para eventos de networking

"Olá, sou a Ana Paula, formada em Administração e atualmente atuo na área de marketing digital. Tenho experiência com gestão de redes sociais e análise de métricas de campanhas. Estou buscando oportunidades para expandir meu networking com profissionais da área e conhecer empresas que valorizam estratégias digitais inovadoras."

Dicas para personalizar e adaptar

  • Ajuste o foco para a área ou evento em questão;

  • Use linguagem simples e acessível;

  • Termine sempre deixando espaço para diálogo.

Modelo de pitch para entrevistas de emprego

Elementos essenciais para apresentar sua experiência e valor

  • Breve resumo da trajetória;

  • Principais conquistas ou habilidades;

  • Conexão com a vaga ou empresa;

  • Motivação em relação à oportunidade.

Exemplo de pitch para entrevistas

"Sou o Lucas, engenheiro de produção com três anos de experiência em melhoria de processos e redução de custos em indústrias de médio porte. Em meu último projeto, consegui reduzir 15% dos desperdícios na linha de produção. Estou animado com a possibilidade de contribuir com minha experiência em otimização de processos para a equipe da sua empresa."

Como alinhar o pitch ao perfil da vaga

  • Estude previamente a descrição da vaga;

  • Destaque experiências e resultados que tenham relação direta com a função;

  • Mostre entusiasmo pelo setor ou pela empresa.

Modelo de pitch para feiras de carreira e eventos acadêmicos

Como resumir sua trajetória e objetivos

  1. Nome e curso/formação;

  2. Interesses profissionais;

  3. Projetos ou experiências relevantes;

  4. Objetivo no evento.

Exemplo prático de pitch para feiras de carreira

"Meu nome é Mariana, sou estudante do 7º semestre de Direito e atuo como estagiária na área de Direito Trabalhista. Participei de um projeto de extensão que me permitiu atender mais de 50 casos de forma orientada, o que reforçou meu interesse em atuar com advocacia empresarial. Estou aqui para conhecer empresas que valorizam jovens talentos em busca de desenvolvimento na área."

Estratégias para destacar habilidades específicas

  • Cite projetos, estágios ou experiências acadêmicas;

  • Foque em habilidades transferíveis (liderança, organização, comunicação);

  • Mostre clareza nos próximos passos da sua carreira.

Modelo de pitch para apresentação acadêmica ou em sala de aula

Estrutura recomendada

  1. Nome e curso;

  2. Tema ou área de pesquisa;

  3. Experiências ou projetos relevantes;

  4. Objetivo com a apresentação.

Exemplo prático

"Sou o Rafael, estudante de Engenharia da Computação, atualmente pesquisando aplicações de inteligência artificial para otimização de processos logísticos. Já participei de dois projetos de iniciação científica e busco oportunidades para aprofundar meus estudos em parceria com empresas do setor de tecnologia."

Dicas de personalização

  • Valorize conquistas acadêmicas;

  • Mostre entusiasmo pelo tema;

  • Conecte teoria e prática para gerar interesse.

Modelo de pitch para LinkedIn e conexões online

Estrutura recomendada (mensagem escrita)

  1. Saudação personalizada;

  2. Breve apresentação (formação ou função atual);

  3. Interesse na conexão ou no conteúdo da pessoa;

  4. Convite para manter contato.

Exemplo prático

"Olá, João! Sou a Camila, recém-formada em Psicologia e com interesse em RH e desenvolvimento organizacional. Acompanhei seus conteúdos sobre gestão de pessoas e achei muito inspiradores. Gostaria de me conectar para aprender mais sobre práticas de liderança e desenvolvimento de carreira."

Boas práticas para preparar seu pitch

  • Seja breve e cordial;

  • Personalize a sua mensagem (não use textos genéricos);

  • Mostre interesse genuíno em aprender ou colaborar com a empresa. Procure estudar sobre a oportunidade antes de se apresentar, para demonstrar seu interesse e alinhamento cultural.

Dicas gerais para criar seu pitch pessoal

Importância da autenticidade e clareza

Seja você mesmo e use uma linguagem que soe natural, sem tentar parecer algo que não é. Use experiências pessoais, traga seus interesses e evite usar uma linguagem excessivamente formal.

Técnicas para chamar atenção e manter o interesse

  • Comece com energia e confiança;

  • Mantenha contato visual;

  • Use exemplos concretos de resultados ou experiências.

Prática e ajustes para diferentes públicos

  • Treine em voz alta;

  • Adapte tempo e linguagem conforme o contexto;

  • Peça feedback de colegas ou mentores.

Leia também: Os pitches de maior sucesso na história das startups 

Erros comuns ao usar pitch e como evitá-los

Linguagem muito técnica ou vaga

Evite termos difíceis que possam confundir. Prefira clareza e simplicidade.

Falta de preparação e excesso de improviso

Memorize a estrutura, mas não decore palavra por palavra. Isso mantém naturalidade.

Falta de conexão com o público

Sempre adeque seu pitch ao ouvinte e ao objetivo do momento.

Seu pitch deve evoluir junto com você

Um pitch bem elaborado é uma das ferramentas mais poderosas para criar conexões e conquistar oportunidades.

Mais do que decorar frases prontas, o segredo está em adaptar o modelo ao contexto, falar com autenticidade e treinar constantemente.

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