Mas olha… a verdade dói. Nós escutamos coisas que não gostamos de escutar. Levamos para o lado pessoal (e às vezes o feedback é dado de uma forma que realmente é pessoal). Só que quase sempre, quanto mais ele dói, mais próximo está da verdade.
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Quando você receber um feedback, primeiro agradeça. Essa pessoa acabou de te dar um grande presente: ela te disse algo que você pode usar para se tornar melhor no que faz, ou se tornar uma pessoa melhor no geral. Depois, distancie-se emocionalmente desse feedback. Ele não é um julgamento sobre você como um todo, mas um reflexo sobre como você agiu em uma situação ou contexto específico.
Disseque-o como um cirurgião. Filtre-o em meio ao ruído e identifique a verdadeira razão desse feedback – geralmente, não é o que nos contaram, mas um ponto muito mais profundo e subjetivo. Reflita sobre ele e decida, por si mesmo, se você concorda ou não com ele (desligado das suas emoções, apenas como observador dos fatos).
Pode ser que você discorde e o deixe de lado, o que é ok – nem todo feedback é algo que você quer ou precisa absorver. Mas pode ser que você encontre uma pontinha de verdade que vai fazer você pensar diferente naquela determinada situação.
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Agora encene, na sua cabeça, de que outra maneira você teria lidado com essa situação, com base no feedback que você acabou de processar. O que você faz aqui é, efetivamente, construir novos caminhos mentais. Você treina seu cérebro para agir diferente da próxima vez que um contexto parecido aparecer. É o que atletas chamam de “visualização”.
Em pouco tempo, você vai ter incorporado uma mudança de comportamento à sua vida, que pode te tornar um melhor líder, parceiro, empreendedor… E cuidado: isso vicia! Logo logo, você vai estar implorando por um feedback.
Pascal Finette é diretor do Startup Lab da Singularity University
Este artigo foi originalmente publicado no blog do Unreasonable Institute, e a tradução aparece em Endeavor