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Consultoria: os desafios de liderança de quem chega a sócio

Mulher ensinando pessoas sentadas

Engenheira de produção por formação, Adriana Mota se encontra hoje dirigindo o escritório paulista da EloGroup, consultoria brasileira especializada em transformar gestão de processos, e é uma das responsáveis pela operação e pelos projetos na cidade. O convite veio em 2014, quando ela tinha 30 anos e quatro anos de casa, e trouxe a mudança do Rio de Janeiro para São Paulo a reboque.

Diariamente, ao lado de outros diretores, lida com a definição de abordagens metodológicas, define escopos comerciais de projetos, ajuda a vendê-los e a executá-los, define e enquadra entregas e ainda atua na resolução de problemas operacionais e estratégicos internos. É bastante coisa – e tem mais. Como gestora, ela se preocupa em conhecer a fundo os outros consultores, incluindo angústias e motivações, para ajudá-los em seu desenvolvimento profissional.

Quando você passa a ser uma liderança da empresa, está em uma posição de referência interna e deve se preocupar em ser uma fonte de inspiração”, diz. “Passei a me perguntar, por exemplo, qual característica inspiradora quero deixar para as pessoas com quem lido.”

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A questão é especialmente importante para ela, pois está no cerne de sua ideia de liderança. “Um bom líder para mim é aquele que não impede que a sua equipe apareça e mostre o que tem de melhor”, resume. 

Em um mercado extremamente competitivo como o de consultorias, escritórios Brasil afora estão cheios de jovens altamente qualificados e empenhados. Dar-lhes uma chance de apresentar seus talentos, assim como ajudá-los a crescer, é algo benéfico tanto para o funcionário quanto para a empresa – e talvez vital para a última.

“Vemos hoje no mercado muitos casos de líderes que ficam receosos de perder suas posições e acabam blindando a própria equipe”, explica. “Porém, num contexto em que cada vez mais pessoas estão capacitadas e querem trabalhar com um propósito, esse tipo de mecanismo defensivo afasta os melhores profissionais.”

Estilo Aos poucos, Adriana proativamente construiu seu estilo de liderança, que mistura traços de sua personalidade, perfis de pessoas que a inspiram e características de pessoas com quem lida cotidianamente. A ideia é que todos podem ter algo a ensinar. “Sejam elas pessoas em início de carreira ou não, podemos aprender muito e aprimorar cada vez mais nosso próprio estilo.”

Viu de perto a tendência das colegas de transformar suas atuações com traços mais masculinos, fosse na forma de vestir ou de tratar os outros, achando que era uma boa maneira de adequar-se ao mundo profissional – e rejeitou a noção.

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“Na minha opinião, a mulher deve ser simplesmente ela mesma, fazer o que gosta, o que de fato mostra sua personalidade e valores. Com isso, o destaque profissional virá”, diz. Ela ainda destaca uma competência geralmente feminina, a capacidade de ser multitarefa, como um ponto de vantagem em consultorias, que atuam em diversas frentes ao mesmo tempo.

Perfil A consultora entrou na EloGroup dois anos após se formar na faculdade, onde teve contato com ex-alunos consultores e se encantou com a diversidade de assuntos da área. Começou atuando e gerindo grandes projetos relacionados à gestão de processos, estrutura organizacional e modelos de gestão.

Hoje, seu dia a dia é variado. “Mesmo que a atuação seja no mesmo projeto, as atividades que são feitas, as questões a serem solucionadas e o relacionamento com as pessoas são diferentes”, fala, frisando a importância da flexibilidade.

De insights críticos para um cliente a um problema operacional dentro da própria consultoria, é preciso conseguir resolver um problema seguido do outro, sem perder o ritmo. “Costumo dizer que nosso cérebro precisa estar acostumada a dar ‘shifts’ com muita rapidez”, diz.

No geral, diz Adriana, o trabalho de um consultor é intensamente intelectual e analítico. Como os contratempos são, além de vários, diversos, o bom profissional aprende a ter foco. Aprende também a ser inquieto, sempre buscando se aprimorar. “Mesmo que eu entre em um projeto ou cliente com quem já atuei várias vezes, penso no que posso fazer de diferente e melhor.”

Futuro Em possíveis funcionários, Adriana busca transparência, exigência na geração de produtos e entregas de qualidade e capacidade não só de trabalhar em equipe, mas de criar um clima harmonioso, para que todos se sintam envolvidos com o que estão construindo.

São traços que ela prevê que se acentuarão ainda mais no futuro. “Acho importantíssimo que consultores se tornem cada vez mais mão na massa, conheçam os assuntos com que estão lidando e proponham alternativas especializadas, que atendam a cultura e maturidade da empresa”, diz.

Ela quer ver “as bonitas apresentações bonitas de Power Point” se tornarem uma verdadeira parceria com clientes, capazes de de fato mudar a realidade das organizações com soluções integradas que envolvam diferentes áreas, como tecnologia, eficiência e gestão de pessoas.

São tantas as demandas – que só devem crescer – que Adriana prefere ser direta. “Não como não falar: consultor tem, sim, que trabalhar muito”, diz. “Trabalho não deve ser único objetivo de vida, mas sempre fui hardworking e isso é importante na vida de alguém que queira ter uma trajetória maior em consultoria.”

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