Quando ouvimos a palavra “universidade”, logo pensamos em grandes campi, salas de aula modernas e centros de pesquisa.
Mas esse termo surgiu há quase mil anos, em um contexto muito diferente do atual. As primeiras universidades nasceram na Europa medieval, reunindo professores e estudantes em torno de um propósito comum: organizar e difundir o conhecimento.
Mais do que escolas, essas instituições se tornaram espaços de debate e investigação, que ajudaram a moldar o pensamento científico, filosófico e social.
A estrutura criada no período serviu de base para o modelo de ensino superior que conhecemos hoje, consolidando a universidade como um pilar da formação acadêmica e cultural.
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Qual a origem do termo Universidade?
A palavra “universidade” vem do latim universitas, que significa “o todo” ou “a totalidade”. O termo era usado na Idade Média para se referir a uma comunidade de mestres e estudantes, unida pelo mesmo objetivo: ensinar e aprender.
Com o tempo, essa palavra passou a identificar as instituições que conhecemos hoje, em que diferentes áreas do saber convivem sob um mesmo espaço.
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Conhecer a origem das universidades é entender como nasceu a busca organizada pelo conhecimento. Quando falamos em universidade, não estamos apenas pensando em aulas e provas, mas em uma comunidade viva de troca intelectual que existe há quase mil anos. É um lembrete de que estudar e compartilhar ideias é parte fundamental da evolução da sociedade.
Quais as universidades mais antigas do mundo?
Entre as mais antigas em funcionamento estão três europeias que se tornaram referência global. A Universidade de Bolonha, fundada em 1088 na Itália, é considerada a primeira do mundo, com destaque para o ensino do Direito.
Poucos anos depois, na Inglaterra, aulas começaram a ser ministradas na Universidade de Oxford (1096), hoje uma das mais prestigiadas internacionalmente. Mas ela só se tornou reconhecida como uma universidade pela população em 1167, e o reconhecimento da Igreja Católica veio ainda mais tarde, em 1254.
Desde então, as aulas por lá raramente foram interrompidas (como na pandemia de Covid-19). Até durante a Guerra Civil inglesa, que durou de 1642 a 1651, a instituição seguiu funcionando normalmente.
Já a Universidade de Paris, criada por volta de 1150, ganhou notoriedade pela excelência em Teologia e pela influência cultural exercida em todo o continente.
Ela se originou da escola da catedral de Notre-Dame. O bispo da cidade nomeava os professores e controlava o ensino por meio do chanceler do bispado. Com o crescimento do número de estudantes, professores particulares abriram escolas ao redor da catedral e formaram a “universitas”, uma corporação que pode ser comparada ao que conhecemos hoje com um sindicato.
Quais é a universidade mais antiga do Brasil?
No Brasil, a universidade formalmente mais antiga é a UFPR. Ela foi fundada oficialmente em 19 de dezembro de 1912, e começou suas atividades no ano seguinte. Ela é reconhecida como a primeira universidade brasileira que manteve funcionamento contínuo, sendo incluída no Guinness Book como a “primeira universidade brasileira”.
Mas, antes da UFPR, existiu a Escola Universitária Livre de Manaus (fundada em 1909), que foi a primeira universidade criada no Brasil. Só que o centro de ensino teve sua operação interrompida e não manteve suas atividades.
Já a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foi criada em 1920 pelo governo federal na então capital do país, e surgiu da união de várias faculdades que já funcionavam no Rio. Por isso, apesar da relevância histórica, essa universidade é mais recente que a UFPR.
O Rio de Janeiro, teve, ao lado da Bahia, o curso universitário mais antigo do Brasil. A Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro foi criada em abril de 1808, logo depois da vinda da Corte Portuguesa para o Brasil.
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