A UNESCO define a globalização como uma das mudanças mais importantes que acontecem nas sociedades do mundo inteiro hoje. “Ainda assim, não é claro que as escolas realinharam seus propósitos para preparar estudantes para serem cidadãos competentes na era da globalização”, acrescenta a organização.
Nesse contexto, o conceito de cidadão global surge, para a agência da ONU especializada em educação, ciência e cultura, como central no desenvolvimento das futuras gerações – sendo, inclusive, um pilar dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e da Agenda da Educação de 2030. Ele representa “um encapsulamento poderosamente relevante das muitas dimensões da atual fase da globalização”, conclui a UNESCO.
“Vivemos em um mundo imprevisível, que muda rápida e exponencialmente, com desafios cada vez mais complexos”, afirma Francisco Angel Morales Cano, Diretor Geral Pedagógico da Vereda, escola-modelo focada exatamente na formação de cidadãos globais, que está, inclusive, com processo seletivo aberto para professores até 29 de setembro.
“Se prepararmos o estudante para uma visão global, criativa, mutável e, ao mesmo tempo, preservando os valores de cidadania, ética, colaboração e cuidado com o outro e com a natureza, estaremos preparando, sem dúvida, o cidadão do futuro, apto para responder com propriedade e coerência aos desafios postos e aos que virão.”
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O que significa ser um cidadão global?
Cidadão global remete à uma ideia de integração com base no fato de que todos têm os mesmos direitos e responsabilidades e de que isso não depende de nação ou local. Ou seja, um conceito ligado à identidade que ultrapassa barreiras políticas e geográficas – muito mais ligado ao princípio de “humanidade”.
Na Vereda, isso significa que o ensino vai além do que é necessário para o vestibular, por exemplo. Por isso, a escola tem aulas de inglês, programação, habilidades socioemocionais, de gestão de projetos, empreendedorismo, design thinking e esportes. “O foco é desenvolver as potencialidades da pessoa, como o senso crítico, atitude colaborativa, resiliência e aptidão para os novos desafios”, explica o diretor pedagógico. “Assim, ela estará colaborando de forma cidadã para o bem-estar da comunidade como um todo.”
Para quem não está mais na escola, Francisco indica ter uma mente aberta aos novos desafios, responder bem à colaboração de outras pessoas e fazer uso adequado da tecnologia, “Isso, é claro, preservando sempre os valores da pessoa e suas crenças mais profundas”, conclui.