Ana Moraes
Publicado em 14 de outubro de 2025 às 18:24h.
Desenvolver habilidades de liderança na graduação é uma das decisões mais estratégicas que um estudante pode tomar. Mais do que uma competência valorizada pelo mercado, a liderança é um conjunto de soft skills — como comunicação, empatia e tomada de decisão — que ajudam a transformar desafios em oportunidades.
Durante a universidade, os alunos têm um ambiente rico para testar ideias, aprender com erros e crescer em equipe. Participar de projetos, grupos de pesquisa, empresas juniores e centros acadêmicos é um laboratório real para desenvolver autonomia e visão de futuro. Nesse artigo, você vai entender como investir em se formar uma liderança ainda na universidade, aumentar suas chances de empregabilidade após a formatura.
Desenvolver liderança na graduação é combinar formação, experiências práticas e desenvolvimento pessoal, aproveitando o ambiente acadêmico ao máximo para criar as bases de um líder eficaz para a carreira profissional.
A Harvard Business School destaca que liderança é menos sobre autoridade e mais sobre influenciar e inspirar os outros a alcançarem objetivos comuns. Os líderes de sucesso possuem habilidades como visão estratégica, empatia, adaptabilidade, comunicação efetiva e capacidade de decisão sob pressão.
E esse aprendizado pode ocorrer por meio de cursos, leitura de casos, orientação de mentores e, principalmente, pela experiência prática em situações de liderança. O que não depende do seu grau de escolaridade.
Você acha que é muito cedo para isso? Talvez, mas desenvolver competências de liderança te coloca, por exemplo, na frente dos concorrentes em seleções de trainee de grandes empresas. A expectativa para esses cargos é justamente a de formar pessoas que vão assumir responsabilidades grandes nas organizações, mesmo que ainda bem jovens.
Assumir um cargo de liderança no meio do curso de graduação foi exatamente o que aconteceu com Anamaíra Spaggiari, hoje CEO do Na prática. “Entrei na Aisec no meio da faculdade. Só que eu acabei concorrendo a um cargo de diretora de gestão de talentos. E eu fui selecionada, o que não era muito comum, porque eu só tinha um mês de organização. É normal a pessoa fazer isso depois de um ano. Só que é eu tinha um pouco de perfil de liderança, e talvez eu estava mais madura do que a média”, conta Anamaíra, que tinha só 21 anos na época.
Segundo ela, a experiência de gerir um time tão jovem ajudou ela a se encontrar na vocação de líder. Antes do Na Prática, ela foi CEO da Fundação Estudar, cargo que assumiu com apenas 29 anos. “Eu acho que, na faculdade, eu tinha uma coisa já de proatividade, de iniciativa. E consegui, nessa rotina de gestão, unir esse desejo de ser líder ao meu interesse em trabalhar com educação”.
Um líder universitário não precisa ter cargo formal, precisa de influência positiva. E essa influência nasce de um conjunto de habilidades que podem ser desenvolvidas com prática e autoconhecimento.
Saber se expressar bem, ouvir ativamente e mediar conflitos são pilares da liderança. Uma comunicação eficaz fortalece equipes e melhora resultados em qualquer projeto acadêmico.
Acreditar em si mesmo é essencial para inspirar os outros. A autoconfiança se constrói com pequenas vitórias, apresentações públicas e feedbacks construtivos.
Líderes aprendem a priorizar tarefas, equilibrar estudos, trabalho e vida pessoal. A capacidade de organização é o que transforma boas intenções em resultados.
Entender as necessidades e motivações dos colegas aumenta o engajamento e promove um ambiente saudável de trabalho em equipe.
Liderar é lidar com erros e imprevistos. Os melhores líderes não desanimam diante das falhas — aprendem com elas.
Saber é importante. Fazer é uma condição para ser líder. Veja formas de aplicar a liderança no dia a dia universitário:
Grêmios, atléticas, empresas juniores e diretórios acadêmicos são espaços ideais para desenvolver liderança real. Você aprende a gerir pessoas, resolver problemas e lidar com responsabilidades.
Assumir a frente de uma iniciativa é uma forma prática de colocar suas habilidades à prova. Pequenas ações, como coordenar um grupo de revisão ou organizar uma palestra, já são experiências de liderança.
Estágios e programas de trainee para estudantes são oportunidades de aplicar a liderança em contextos profissionais, com mentores e metas reais.
Projetos sociais são excelentes para exercitar empatia, propósito e trabalho em equipe — características essenciais de líderes inspiradores.
Hoje, existem vários recursos acessíveis para quem quer evoluir em liderança na graduação:
Cursos online e workshops: plataformas como Coursera, LinkedIn Learning e os cursos do Na Prática oferecem programas voltados a liderança jovem.
Programas de mentoria: muitas universidades têm programas de mentoria com ex-alunos e professores.
Eventos e comunidades estudantis: hackathons, congressos e feiras acadêmicas desenvolvem networking e pensamento crítico.
Leituras: obras como “O Monge e o Executivo” são ótimos pontos de partida.
Desenvolver liderança na graduação é investir em si mesmo. O aprendizado começa dentro da sala de aula, mas se fortalece nas experiências práticas e nas relações humanas.
Cada desafio acadêmico é uma oportunidade de aprender a liderar a si mesmo e aos outros. E quanto antes esse processo começar, mais preparado você vai estar para liderar equipes, projetos e o seu próprio futuro.
Desenvolver competências de liderança vai muito além de técnicas e conhecimentos teóricos. Os líderes mais eficazes são aqueles que sabem gerenciar suas próprias emoções, inspirar equipes e lidar com pressão de forma produtiva. A inteligência emocional é a base que sustenta todas as outras habilidades de liderança e pode ser desenvolvida desde cedo.
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