
Egberto Santana
Publicado em 29 de julho de 2025 às 21:23h.
Em meio a discussões sobre IA e liderança, os jovens participantes da Conferência Gestão e Inovação compartilham sonhos, medos e a coragem para correr atrás dos objetivos profissionais. Enquanto palestrantes debatiam o futuro da gestão de pessoas e seus aprendizados como líderes no palco principal, nos corredores do Amcham Center uma outra conversa acontecia entre jovens profissionais de diferentes idades e trajetórias, unidos pela mesma urgência de se posicionar em um mercado que se transforma a cada dia.
Conversamos com alguns participantes da Conferência Gestão e Inovação para entender o que se passa na cabeça de quem está na linha de frente dessa transformação. O que imaginam para o futuro das suas áreas? Como se enxergam nesse cenário? As respostas revelaram não só diferentes visões, mas também formas distintas de encarar as incertezas dos nossos tempos.
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“Não tem como ficar parado. A gente tem que estudar e se atualizar sempre”, defende Lucas, engenheiro ambiental de 32 anos. Para ele, prever o futuro em um cenário tão dinâmico é quase impossível – e talvez nem seja essa a questão principal.
“A participação no evento é estratégica”, explica. “Mais do que escutar ideias, é um momento de observar, fazer networking e talvez até ser contratado.” Sua presença na conferência, segundo ele, foi um investimento calculado em sua própria carreira.
A disposição para reinventar processos apareceu como uma marca registrada desses jovens profissionais. Antônia Giovana de Souza, de 22 anos, cursa Bacharelado em Ciência e Tecnologia do Mar, mas tem interesse na área da gestão de pessoas.
“Acredito que haverá muita otimização dos processos burocráticos, e isso vai permitir que a gente foque mais em indicadores e KPIs para melhorar a área”, projeta Antônia. No futuro, ela se vê liderando equipes nessa mudança operacional e estratégica.
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Se Antônia planeja uma migração de área, Charlize Mariano, de apenas 18 anos, não economiza palavras ao falar do seu curso “de paixão”: Recursos Humanos. Sua ambição é clara e carregada de propósito social: “Quero estar em um cargo de liderança para poder contratar e ajudar outras pessoas a tentar, encontrar e ensinar jovens a terem coragem de seguir seus sonhos, assim como eu fiz”.
A jovem reconhece que trilhar um caminho que foge dos padrões mais valorizados nem sempre é fácil, mas encara o desafio com maturidade. “Fiz com coragem e um pouquinho de medo, mas é assim que funciona”, reflete Charlize.
Emilia Alves da Cruz, de 22 anos, formada em enfermagem pela USP e vinda de Sorocaba, decidiu direcionar sua trajetória para a área de Recursos Humanos – mas com um foco bastante específico.
“A tecnologia atravessa tudo e todos, mas eu quero focar na saúde do funcionário e na saúde da empresa”, explica Emilia, revelando como pretende aplicar seu olhar para a saúde dentro das organizações. Para a recém-formada, que participava da conferência pela terceira vez, o evento representa muito mais que um momento de aprendizado.
“Eu quero tanto me apresentar pras pessoas, fazer conexões, mas também conhecer as empresas. Porque acho que aqui a gente consegue conhecer as pessoas de um jeito um pouco mais próximo”, conta. Para ela, não basta ter competências técnicas, mas também é preciso construir relacionamentos genuínos e entender as culturas organizacionais por dentro.