A carreira em consultoria é conhecida por demandar muita versatilidade – os consultores devem estar aptos a transitar entre diversas empresas e ramos de atuação – e conhecimento aplicado a negócios. O MBA, por sua vez, tem a proposta de preparar profissionais para gerenciar negócios e projetos nos mais diversos setores. Não é coincidência, portanto, que parte significativa dos estudantes de MBA venham de empresas de consultoria, e que o curso tenha se tornado importante para a carreira em grandes firmas do ramo.
Para Bruno Valle, consultor na Bain & Company, a relação entre os dois é natural: “O programa nos ajuda a entender problemas de negócios, a estruturar soluções e nos dá as ferramentas necessárias para ajudar o cliente a melhorar o seu desempenho”. Bruno acabou de retornar do seu MBA na Kellogg School of Management, onde foi apontado como um dos 50 alunos de MBA mais promissores do mundo.
Formado em Ciências Políticas com foco em Economia Política, pela Universidade da Pensilvânia, ele trabalhava há três anos no escritório paulista da Bain quando surgiu a oportunidade de fazer um MBA no exterior. A consultoria incentiva seus colaboradores a continuar se desenvolvendo, inclusive fora do país, segundo ele, “a Bain me deu muito apoio ao longo do MBA, e mantive contato direto com meus mentores enquanto estava fora, sempre estavam presentes para dar conselhos e tirar dúvidas, com isso expandi meu repertório e entendi melhor o funcionamento das empresas em diferentes países”.
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Tendo escolhido a Kellogg pelo perfil colaborativo do curso, ele não se arrependeu, diz que a diversidade que encontrou abriu sua cabeça e lhe permitiu transitar com mais facilidades entre diversos assuntos e modos de pensamento. “Na minha turma de MBA, tinha gente da França, China, Alemanha, todos discutindo o futuro da estratégia de uma empresa. Tínhamos muitos pontos de vista diferentes e isso foi uma experiência incrível, pois percebemos o quão melhor eram as soluções quando havia essa diversidade no pensamento”, afirma Bruno.
Além do contato com pessoas e perspectivas diferentes sobre negócios, outro lado do MBA que lhe interessava muito era a possibilidade de customizar sua aprendizagem. “Minha intenção era focar em assuntos que me interessavam, como estratégia, finanças e modelos de negócios diferentes ao redor do mundo”, comenta.
Carreira antes e depois Conciliar o processo de application com a rotina de consultor foi desafiador: “Como trabalhava o dia inteiro, tive que me organizar bem e, mais importante, gastar bem as horas que dedicava para estudar e fazer as redações”, recorda. Ainda que corrido, o processo também foi importante para que Bruno entendesse melhor suas motivações e expectativas: “As redações me forçaram a refletir sobre minhas metas, minha vida e o que eu desejava no longo prazo. Esse foi um exercício que me ajuda até hoje e que acho que deveríamos fazer com mais frequência – pensar em que tipo de carreira quero ter e o que quero alcançar”, pondera.
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Tendo mais clareza a respeito do caminho que gostaria de seguir, Bruno não teve dúvidas ao escolher o seu estágio de verão: procurou o escritório da Bain em Chicago. “O que mais me surpreendeu é que a cultura da Bain se mantém não importa onde. Justamente por isso é possível, para os consultores, trabalharem em qualquer escritório ao redor do mundo e fazerem projetos diferentes seguindo os mesmos parâmetros”, comenta.
Seu objetivo era, desde o princípio, trazer os conhecimentos adquiridos no exterior para ajudar empresas brasileiras a se desenvolverem. Assim, concluído o MBA, ele retornou à Bain no Brasil. “No fim, a mesma razão que me levou à Bain foi a que me levou ao MBA: a vontade de aprender coisas novas e ter contato com a diversidade”, finaliza.