“Líderes devem primeiro entender como seu cérebro se conecta com o corpo, que não é apenas um táxi que leva o cérebro de reunião em reunião”, defende a neurocientista Tara Swart, em entrevista concedida à Folha de São Paulo.
Professora de universidades de ponta como MIT (Massachusetts Institute of Technology), Stanford e Oxford, ela percorre o mundo dando palestra sobre o conceito de liderança sustentável — razão que também a trouxe essa semana à São Paulo, para participar do evento TEDx que ocorre na cidade hoje (21/9).
Há alguns anos, ela trocou os consultórios por uma consultoria empresarial que deu o nome de The Unlimited Mind (“A Mente Ilimitada”), e desde então tem trabalho de perto com altos executivos de diversas empresas. Seus clientes são treinados para se manter em um estado mental de consciência plena (mindfulness) e estimulados a meditar, dormir bem e ter uma alimentação saudável para ter sucesso no trabalho e gerir melhor sua equipe.
Sobre seu método, ela também escreveu o livro Neuroscience for Leadership (“Neurociência para Liderança”), recheado de conselhos sobre como se tornar um líder melhor para sua empresa, sua equipe, e para você mesmo.
“Todos os negócios envolvem um monte de tomada de decisões difíceis que exigem reflexão, foco e energia. Particularmente na indústria do conhecimento, na qual a pessoa é paga para ser um especialista que usa essencialmente o cérebro, as lideranças podem se beneficiar da neurociência aplicada”, ela explica ao jornal. “Portanto, dormir o suficiente, comer bem e manter-se hidratado e oxigenado são coisas que afetam diretamente a qualidade do pensamento e, portanto, sua capacidade de liderança”, continua.
Ela explica que, para se tornar um líder melhor, é necessário desenvolver inteligência emocional e autoconsciência. O caminho para isso começa com “comer bem, dormir bem, exercitar-se, meditar e garantir que sua equipe tenha oportunidade de fazer o mesmo”.
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Para Tara, é recomendável ir aumentando diariamente a consciência dos efeitos que as essas mudanças criam e entrar em sintonia com as necessidades do seu corpo e do seu cérebro. Para começar, ela indica praticar meditação pelo menos dez minutos ao dia. Além disso, aprender pelo menos uma habilidade nova por ano — seja um novo idioma ou algum instrumento musical — é uma boa estratégia para manter o cerébro sempre em forma e aberto ao processo de aprendizagem.
No site da Folha de São Paulo, é possível ler a entrevista completa.