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Ouça Angela Duckworth, especialista em motivação da Universidade da Pensilvânia, em podcast exclusivo da Fundação Estudar

angela duckworth

No dia 5 de agosto, a Fundação Estudar, da qual o Na Prática é uma das iniciativas, promoveu o evento Lidera Estudar, focado em fomentar debate de qualidade sobre liderança e desenvolvimento. Uma das figuras convidadas a foi Angela Duckworth, psicóloga e professora da Universidade da Pensilvânia que se dedica a estudar o conceito de garra (grit). 

Confira sua palestra em formato de podcast ou leia a transcrição abaixo.

[Apresentador] A pesquisadora Angela Duckworth dedica sua vida a estudar o segredo por trás das grandes realizações. Fazendo a engenharia reversa, para identificar o diferencial entre aqueles que mais se destacam em suas áreas, ela chegou a importância da garra, característica que define como: paixão e perseverança para objetivos de longo prazo. 

No Lidera Estudar, a professora da Universidade da Pensilvânia conversou com Guilherme Cintra, head de tecnologia e educação na Eleva Educação, sobre o papel da garra para liderar grandes transformações. 

[Duckworth] Então, se você me perguntar: por que eu faço o que faço? Por que estudo grandes empreendedores (o que é, como cientista, minha especialidade, estudar pessoas que ganharam o Prêmio Nobel, que ganham múltiplas medalhas de ouro nas olimpíadas ou alguma figura de sucesso no topo da carreira, em qualquer área)? Eu acho que a razão de estudar essas coisas é porque meu pai sempre foi, e era quando eu era uma menininha, obcecado por grandes realizações humanas. 

Ele conversava sobre Newton, Picasso, sempre estava discutindo sobre esses grandes artistas e mentes. De certa forma, quase comparando seus próprios filhos com os gênios. E, mais ou menos, falando para suas crianças, incluindo eu (era a mais nova de três), que, em comparação com esses gênios, nós não éramos muito especiais. Acho que isso me deu curiosidade e, francamente, um anseio para realmente entender os gênios, entender grandes realizações e ser capaz de desmistificar as ideias sobre gênios. Porque eu não acho que as pessoas que meu pai conversava sobre são/eram, de alguma forma, qualitativamente diferente de nós. Em outras palavras, acho que há hábitos que eles mantinham e que nós podemos imitar. Eles tinham crenças e mentalidades que nós podemos aprender; eles tinham mentores que nós podemos procurar em nossas vidas, de forma que todo meu projeto científico é tentar a engenharia reversa das pessoas que nós gostaríamos de ser, e ajudar outras pessoas, usando ciência, a imitarem nossos heróis de maneira mais efetiva. 

E pediria para você pensar sobre isso: você deve ter encontrado alguém durante a vida que te fez pensar “uau, se eu pudesse ser assim, eu seria muito orgulhoso de mim mesmo”. Tenho certeza que você já encontrou. Pode ser algum conhecido, alguém que você tenha lido sobre ou uma figura importante que você não acredita que chegará a encontrar algum dia, por ela ser famosa. Para mim, minha heroína, meu modelo ideal quando penso “se eu pudesse fazer metade das coisas tão bem quanto essa pessoa, eu morreria uma pessoa feliz”. Para mim essa pessoa é Carol Dweck (professora de psicologia na Universidade de Stanford). Ela é psicóloga em Stanford e nos deu a ideia de Mentalidade de Crescimento.  Diria que meus últimos pensamentos sobre Garra, que é a combinação de paixão e perseverança para metas de longo prazo, penso que muito do meu pensamento atual é influenciado pela minha heroína, Carol Dweck, a quem estou tentando copiar. Estou tentando fazer todas as coisas que ela faz e seguindo seus passos para imitar/simular o que vejo ela fazendo. 

O que é mentalidade de crescimento e como está relacionada com a garra? O que o último trabalho de Carol mostra é que há a crença de que a inteligência pode mudar (que é o que mentalidade de crescimento significa) a crença de que você pode se tornar mais esperto. O que ela vem mostrando nas pesquisas recentes, feitas com um grupo de cientistas que se juntaram a ela, é que você realmente pode mudar sua mentalidade, porque (atualmente) você pode não ter uma mentalidade de crescimento. 

Hoje, você pode pensar: “bom, algumas coisas eu consigo mudar, mas há muitas que não posso”, e pode acreditar que você pode aprender coisas, mas não se tornar mais inteligente. Se você tem mentalidade fixa, o que Carol tem mostrado é que, quando você aprende sobre a nova neurociência, que o cérebro pode realmente mudar, em todos os dias da sua vida seu cérebro está mudando, que você pode realmente sair de uma mentalidade fixa para uma mentalidade de crescimento. E, em meu trabalho com Carol, nós descobrimos que garra e mentalidade de crescimento estão correlacionadas. Então, se você me perguntar “bom, se você olhar para as pessoas realmente ótimas que mudaram a história, elas eram ávidas, mas o que estava por trás da garra delas? O que as faz perseguir um objetivo por décadas, até por uma vida inteira?

[Cintra] Faz sentido a lógica que adotar uma mentalidade de crescimento é a chave para desenvolver nossa garra. Mas, como nós podemos dar aos outros a oportunidade de também se desenvolverem? Como os líderes ajudam no desenvolvimento da garra nos jovens?

Um grande líder apoiará a criação da equipe de apoio, basicamente mostrando para as pessoas como elas irão atingir um novo nível, Então, como líderes, atuais e futuros líderes, eu encorajo a tentar estas duas coisas: sempre ser exigente e aceitar essa responsabilidade; aceitar que será exaustivo, às vezes, sempre pedir para as pessoas fazerem coisas que elas ainda não conseguem. E, ao mesmo tempo, todos os dias, de todas as formas que puder, mostrar amor, apoio e respeito, e prover os caminhos para chegarem ao novo nível. Se as pessoas pensarem que você é exigente e solidário, acho que crescerão e darão o melhor, e, dessa forma, você será uma grande figura paterna. 

[Cintra] Outra questão que surgiu desses pontos foi: existe algo que tem muita garra mas que, em algum momento, poderia ser como fazer algo sem pensar ou talvez começar a se reorientar, repensando outro tipo de coisa?

Realmente acho que poderia existir algo do tipo, como segurar algo por muito tempo. Então, por exemplo, existe esse amigo da minha família que tem apartamentos em uma pequena cidade dos Estados Unidos. A real razão dele ter esses apartamentos e escritórios foi porque ele pensou que esta pequena cidade se tornaria a próxima Nova York. E, você sabe, muitas companhias viriam e procurariam por pessoas lá. Mas, honestamente, isso não parece estar acontecendo e ele vem mantendo esses apartamentos por anos e anos. 

Acredito que a resposta, para mim, é esta: de alguma forma essa é uma garra desperdiçada. Porque garra não deveria ser algo como manter cada um dos planos que você já fez na vida e nunca desistir, nunca largá-lo ou seguir um caminho diferente. O que ter garra é, em sua máxima, ser extremamente comedido em relação a uma meta de longo prazo abstrata e, depois, de várias maneiras flexíveis, tentar alcançá-la.

Então, deixe-me dar esse exemplo específico desse amigo de minha família. Será que a meta a longo prazo dele é ter esses prédios? Não. A meta de longo prazo era, na verdade, criar espaços que pudessem render muito dinheiro em uma cidade vibrante. Agora, poderia ser essa meta de longo prazo melhor suprida se ele desistisse dos prédios e, talvez, pegar o dinheiro desses prédios e escolhendo uma cidade diferente, ou uma forma diferente de alcançar essa meta de longo prazo.

Então, o que gostaria de sugerir é que, quando você pensa sobre si mesmo, é hora de desistir ou esperar? A forma de te dizer é que você deveria perguntar para si mesmo: por que? Por que estou fazendo isso, afinal? Se você puder compreender seu objetivo abstrato com clareza, ele te dirá: ok, no curto prazo, para essa decisão particular, será que eu deveria esperar? Será que essa forma de alcançar a meta de longo prazo é a única forma de alcançar a meta de longo prazo? Ou eu deveria ser mais flexível sobre essa decisão, em particular, porque o ganho real, a vitória real, é esta outra coisa, e eu seria melhor suprido desistindo disso no curto prazo.

[Cintra] O outro ponto que sempre surge quando falamos sobre garra é, deveríamos medi-lá? Será ela algo que nós deveríamos medir e como deveríamos falar sobre isto, como líderes, e professores também, para que possamos realmente ter uma decente e saudável conversa? Como você faria isso?

Sei que todo líder com quem conversei é curioso sobre se podemos medir a garra. Nesse sentido, eles procuram fazer estas duas coisas: a primeira é querer recrutar pessoas com garra para suas companhias e organizações. A segunda coisa é que gostariam de ter uma forma de medir isso, para que pudessem ter algum feedback. Se eu soubesse que minha garra é esta, e depois medisse, então poderia dizer: “ok, ótimo, agora ela está aqui”. E então saberia que minha garra está crescendo e eu poderia (medí-la). Basicamente, da mesma forma como medimos muitas coisas e assim podemos ter um feedback e melhorá-las. 

Estes são dois bons motivos para tentar medir a garra. Mas – e esse é um grande “mas” – eu acho que, quando você quer medir a temperatura do ar, você pode utilizar um termômetro. Um termômetro é ótimo. Primeiro porque é muito barato e, segundo, não demora muito tempo para medir a temperatura do ar. A terceira questão é que você não pode falsificar a temperatura do ar. O termômetro diz o que ele diz, 40º celsius. Você não pode dizer algo como “oh, vou fazer ele aparentar 70º”. Acho que, em relação a personalidade e estratos de caráter, como a garra, não é exatamente como um termômetro, que você pode medir com total precisão e de forma que não seja possível mentir. 

O que eu diria para os líderes que, por muitos bons motivos, gostariam de medir a garra?  Diria que, atualmente, como cientista, não acredito que há formas de fazer medições precisas e infalíveis, que os reais líderes realmente precisam. E, durante isso, acho que o que você pode fazer é, em sua organização/empresa, se você conhece os comportamentos que está procurando… como alguém que está treinando um time de futebol é diferente de alguém que está dirigindo uma brigada do exército. Você conhece as especificidades do que trabalha. Se você disser “eu quero esses comportamentos”, acho que pode começar a tentar medir esses comportamentos específicos. Mas, atualmente, não tenho um medidor de garra que qualquer pessoa pudesse usar em qualquer contexto. Se eu tivesse, daria ele para todos. Mas acho que no presente isto não é possível. E acho que, por razões que não teremos tempo para conversar, isto pode nunca ser totalmente possível. 

[Cintra] É uma droga que não teremos (risos). Você falou sobre contexto, e acho que contexto é uma palavra muito importante quando falamos de garra, certo? Nós vivemos em um país muito desigual, muitas perguntas foram feitas sobre como fazer com a redação entre garra e pobreza? O que você diz sobre isso?

Nunca estive no seu país mas tenho alguns colegas que são do Brasil. Então conheço um pouco sobre o contexto. Eu diria que, quando você tem uma sociedade desigual, e, em particular, quando você tem um grande número de pessoas que estão vivendo na pobreza, as quais, pelo menos da perspectiva dos Estados Unidos – há muitas pessoas que também diriam que há uma tremenda desigualdade e falta de oportunidade, mesmo em um lugar como os Estados Unidos, e eu concordaria com isso. O que eu diria sobre garra?

A primeira e mais importante questão é que não acho que pessoas vivem na pobreza porque são pouco iluminadas. Em outras palavras, não acho que nós deveríamos culpar as pessoas que não estão indo bem na vida pela falta de garra, como razão para que elas não estejam bem de vida. Acho que, amplamente, a razão pela qual as pessoas não estão indo bem na vida é que estas não tiveram oportunidades e tiveram mais obstáculos que outras pessoas. Acho que a primeira e mais importante coisa é dizer que garra não é a razão pela desigualdade, em primeiro lugar. 

A segunda coisa que diria é: o que realmente penso que deveríamos fazer se o que disse anteriormente é verdade? Acho que a coisa mais importante, para mim, sobre garra individual, e porque gosto de estudar ela é que, para a maioria das pessoas (que estão preocupadas com este tema), elas próprias estão tentando melhorar a sociedade de forma a deixar as coisas melhores. E, particularmente, para as pessoas que mais precisam.

Essa ideia não serve para todo líder que tem garra. Há alguns líderes com garra que não estão tentando tornar o mundo um lugar melhor. Mas, a maioria das pessoas que estudei tinha este senso de propósito, tinha um senso de missão. Acho que, se você usar sua garra para mudar a desigualdade – que é tão claramente verdadeira atualmente – para tentar diminuí-la, então, depois que sua vida neste planeta acabar, as coisas estarão um pouco mais iguais. Haverá mais oportunidades. Acho que, para mim, essa é a lição mais importante. Acho que desigualdade é uma realidade mas é algo… sabe… todos vocês estão reunidos aqui hoje, estão nessa organização comunitária especial, em parte porque todos esperar que suas paixões e perseveranças servirão para corrigir essa desigualdade com a qual temos que conviver hoje.

[Cintra] Então, falando sobre estes líderes aqui, existe algo como uma pessoa com garra ou há garra específica para algo que queremos fazer? Porque, pessoas têm diferentes paixões, certo? Então, talvez eu tenha garra para educação, mas não tanta para a saúde. É algo nesse sentido, ou não, uma pessoa tem garra e é isso?

Acho que a resposta é sim. Também acho que isto soa impossível, porque você está me perguntando “ou isto ou aquilo”, certo? Ou você é uma pessoa com garra sobre tudo ou uma pessoa com garra para uma coisa? Quando digo sim, é isto que quero dizer: acho que se você é uma pessoa com garra, é impossível ter garra sobre tudo. Porque, por definição, ter garra é como ter um tipo de obsessão focada em algo. Por exemplo, quando eu era mais nova, quando estava na casa dos 20, era muito interessada em cozinhar e comidas. Eu era, na verdade, muito interessada em várias coisas, cozinhar era apenas uma delas. 

Hoje estou com 49 e passo a maior parte dos meus dias lendo, escrevendo e pensando sobre psicologia e motivação. Agora, onde está a comida em minha vida? Bem, eu tenho meu café da manhã aqui, certo? Estou comendo algumas torradas… mas não estou me tornando uma chef internacional. Em outras palavras, eu tive um foco específico em psicologia cuja necessidade me absorveu, eliminando alguns outros interesses. Então, você poderia dizer que não tive garra para a cozinha porque desisti dela. Mas, ser uma pessoa com garra é escolher algo específico para ter garra. Então, se me perguntar, existe essa coisa de ser uma pessoa com garra? Sim, porque quero dizer que você é o tipo de pessoa que iria se dedicar a algo e buscá-lo por um longo período. Mas, se me perguntarem: isso significa que você fará isso com uma coisa mas não com outras coisas? Eu direi que sim, porque essa é a natureza da garra. 

Então, para você hoje, acho que isso significa que, independentemente de onde você está em sua história, quero dizer… para mim demorou até os meus 30 anos para perceber… e esse é um longo período, certo? Dez anos depois de me graduar na faculdade. Demorou 30 anos para dizer “oh, quer saber, eu deveria ser psicóloga”. Independentemente de onde você estiver, se disser “quero atingir uma vida com garra”, tendo em mente esse tipo de paixão e perseverança, o que quero dizer é que você terá que ir por um processo e dizer:

“Quer saber, eu irei em busca disso, não irei em busca daquilo, não irei em busca de todos os interesses que tenho. Vou cultivar um dos meus interesses e realmente ir a fundo”. 

[Cintra] Uma questão interessante que surgiu [aqui no aplicativo], Antônio estava perguntando, e ele tem muito a ver com o que a Carol Dweck estava dizendo sobre o cérebro estar em desenvolvimento contínuo, certo? Mas, em alguns pontos, pessoas mais velhas às vezes perdem suas crenças em coisas desse tipo. Pessoas estão perguntando sobre como nós ajudamos outras a desenvolver continuamente a garra, ainda que elas não sejam mais tão jovens, vamos dizer assim?

Fui perguntada sobre, ao menos nos Estados Unidos existe esta expressão esgotado (burn out). Eu tinha garra…Na verdade, uma cirurgiã bem sucedida me perguntou isto durante um jantar uma vez. Ela disse:  “Sabe, eu era uma pessoa com muita garra e agora sinto que estou esgotada. Não me sinto excitada com meu trabalho, estou cansada, não tenho mais resiliência da mesma forma que costumava ter. O que está acontecendo? É possível perder a garra?”.

Acho que essa experiência de se sentir esgotado é algo real. Não é criado pela imaginação, quero dizer, se você se sente esgotado, então é verdade.  Então você está experimento algo que tem uma realidade psicológica, no mínimo. Então, o que está acontecendo e o que você pode fazer sobre isso? Acho que quando compreendemos nossa realidade, como estar investindo mais e mais energia sem chegar a lugar algum, isso cria a sensação de esgotamento. Sabe, você coloca mais e mais energia, e horas, e esforços, e dedicação, e isso vai pelo buraco, de onde nada sai. Acho que ela experimentou esta situação no próprio trabalho, parte porque a indústria de saúde estava sendo reestruturada e muitos dos esforços dela não estavam fazendo diferença nas vidas dos pacientes. E ela estava se sentindo cada vez menos recarregada. 

Então, se você está passando por uma experiência de esgotamento, a primeira coisa que deve entender é que isto é uma realidade psicológica. Você não está inventando coisas, é real. A segunda coisa é perguntar: Por que eu me sinto assim? Em que estou investindo mais e mais energia e, ainda assim, nada sai daquilo, não há nenhum retorno, nenhum êxito? E então, a terceira e última pergunta é, dado que este esgotamento é real e, dado que está vindo por tal motivo, o que posso fazer para corrigir e mudar esta situação? 

E para este exemplo, pode significar que, sabe, mudando de hospital para um hospital diferente, que tenha uma cultura e sistema diferente, por vezes significa para a pessoa uma mudança em algo mais interno, como encontrar formas de prestar atenção em áreas do trabalho que sejam mais recompensadoras.  Realmente acho que é uma resposta racional compreender porque seus esforços não estão sendo recompensados e, entendendo, é possível ajudar a identificar meios de melhorar. 

[Cintra] Conforme vamos nos aproximando do fim, há algumas rápidas palavras em termos de, o que deveríamos tirar dessa conversa e como podemos desenvolver nossa garra continuamente em nossas vidas?

Então, aqui está minha melhor ideia e me sinto muito animada sobre ela. E ainda não escrevi ou compartilhei ela com ninguém. Então, vocês serão as primeiras pessoas a saberem. Durante as últimas semanas, estive me perguntando “como é a melhor forma de aprender algo como garra?”. E eu diria isso especialmente para os jovens adultos, os jovens líderes nesta sala, mas também para qualquer um de nós. Acho que o melhor caminho para aprender algo é ensinando este algo. Então, se você quer ter garra consigo mesmo, e quer aprender mais, como “oh, preciso ter um pouco mais de mentalidade de crescimento”, “quero ter hábitos melhores”, “quero realmente fazer essas coisas as quais li a respeito”, você deveria ensinar e ajudar outra pessoa.

Porque, se você sair hoje e ensinar uma pessoa sobre o que aprendeu hoje, quero dizer, seja sobre minha sessão ou a de outras pessoas, se você disser “sabe o que aprendi, aqui está algo que aprendi”. Dessa forma você realmente entenderá a si mesmo. Se você ensinar outra pessoa sobre mentalidade de crescimento, você terá mentalidade de crescimento. Então, minhas palavras conclusivas são minha melhor ideia. Para entender garra e caráter, e qualquer outra coisa que você queira se tornar, é assim: não aprenda isto para si mesmo, aprenda para outra pessoa e, durante o percurso, saia e tende ensinar e ajudar outra pessoa sobre tudo que você acha que sabe, e, dessa forma, ambos você e a pessoa com quem está trabalhando serão beneficiados.

[Cintra] Muito obrigado, Angela. 

Muito obrigada por me receber e tenham um bom dia. 

[Apresentador] Obrigada você, que acompanhou a gente até o final. Esse podcast é apresentado pela Fundação Estudar, o desenvolvimento é da Nathália Bustamante e a narração e edição são do Pedro Rodante.  Queremos deixar um agradecimento especial ao Guilherme Cintra e ao Adriano Adoni. Um abraço e até a próxima

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