Não é difícil entender porque as empresas com comunicação efetiva dão 47% mais lucro, segundo um estudo publicado no site Harvard Business Review. Isso porque a comunicação interpessoal é tópico importante em qualquer relação que se crie e sua não efetividade pode implicar em uma série de consequências negativas das mais diversas ordens.
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Você consegue pensar em um erro causado em algum projeto, trabalho, tarefa, primeiramente, por uma falha de comunicação? Então. Preocupar-se em desenvolver a sua habilidade de comunicação, então, só pode ser benéfico para todos os seus relacionamentos – e até para seus resultados.
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O que significa o termo?
Comunicação interpessoal é o termo que, dentro do macrotema “comunicação”, define a troca de informações entre duas ou mais pessoas, seja ela orientada por sinais verbais ou não verbais.
Dentro desse campo de conhecimento, pesquisadores se dedicam atualmente a seis principais categorias: adaptação de comunicação verbal e não verbal presencialmente; processos de produção de mensagem; como a incerteza influencia comportamento e e estratégias de gestão de informação; comunicação enganosa; dialética relacional e interação social mediada por tecnologia.
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Qual é a função da comunicação?
De modo geral, a comunicação tem diversas funções. Informar, motivar, expressar emoções, comandar, persuadir, interagir.
Nenhum interlocutor se limita a uma dessas funções e nem elas são completamente independentes entre si. Por exemplo, é possível utilizar uma expressão de emoções com a finalidade também de convencer, é possível informar com o objetivo de interagir socialmente em algum contexto, etc.
O que é ter uma boa comunicação?
Uma boa comunicação é uma comunicação efetiva. Isso envolve mais aspectos do que apenas trocar informações. É sobre entender a emoção e as intenções por trás da informação que o outro passa, ser capaz de transmitir claramente uma mensagem (para os mais diversos interlocutores), captar todo o sentido do que está sendo dito e conseguir mostrar ao outro que ele está sendo ouvido e compreendido.
Comunicar-se de forma clara e eficaz, assim, requer aprender algumas habilidades importantes, mas oferece grandes vantagens: pode aprofundar as suas conexões, fomentar mais confiança e respeito e melhorar o trabalho em equipe e a resolução de problemas, entre muitas outras.
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Estilos de comunicação interpessoal no trabalho
Mark Murphy, autor de best-sellers e CEO da empresa de consultoria e pesquisa Leadership IQ passou décadas pesquisando exatamente a comunicação interpessoal. Suas descobertas dão conta de que existem quatro estilos fundamentais de comunicadores, de acordo com as preferências que cada um tem na hora de se expressar.
Para ele, a compreensão de onde você e os seus interlocutores estão nesse espectro ajuda a desenvolver uma comunicação mais eficiente. Não se trata de perder a autenticidade, mas sim ajustar em pouca medida a mensagem para que ela seja compreendida integralmente – pontos valiosos, principalmente, no ambiente de trabalho.
Os quatro estilos, segundo Murphy, são:
Pessoal
Perfil de quem valoriza a linguagem emocional e conexão e busca avaliar não apenas como as pessoas pensam, mas como elas se sentem sobre os assuntos.
Analítica
Perfil de quem gosta de apontar (e ouvir) dados e números e tende a ter uma forte aversão à ambiguidade. Bastante receptivo a pessoas que estão no comando de fatos e dados e, ao contrário do estilo pessoal de comunicação, não se identifica muito com palavras emocionais.
Intuitiva
Perfil de quem valoriza mais uma visão ampla da situação do que detalhes – por isso, prefere ir direto ao ponto. A comunicação neste perfil costuma ser rápida e direta.
Funcional
Perfil de quem gosta de comunicar processos, detalhes, cronogramas, passo a passos e planos bem pensados. Na contramão da comunicação intuitiva, a funcional demonstra grande atenção e apreço às minuciosidades.
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O que fazer para melhorar a comunicação interpessoal?
#1 Identifique os próprios problemas de comunicação
Uma forma boa e simples de fazer isso é prestar atenção na forma com que os outros falam. Preste atenção em pessoas que falam bem e mal, na sua opinião e identifique os comportamentos que os diferem. Você pode fazer isso com quem conhece ou assistir vídeos de personalidades, por exemplo.
#2 Module a mensagem de acordo com seu estilo e o dos outros
Depois de entender melhor seu estilo de comunicação o teste do Na Prática, e prestar atenção no ponto acima, vai ficar mais fácil “modular” sua mensagem para maximizar a compreensão do interlocutor.
Além disso, grandes chances de melhorar também a sua capacidade de compreender, visto que, na medida em que você se esforça para entender outros estilos, se torna cada vez melhor nisso.
#3 Dê atenção ao interlocutor
Tanto fazendo contato visual, quanto praticando a escuta ativa, que significa basicamente prestar atenção e demonstrar interesse genuíno no que o outro diz, fazendo perguntas pertinentes, se for o caso, e com uma linguagem corporal positiva – ou seja, sem braços cruzados, por exemplo.
Aqui, além de te ajudar a entender o estilo de comunicação do outro, abre um canal para que você crie, com o interlocutor, um contato mais eficiente. Além disso, favorece o desenvolvimento de um relacionamento mais significativo entre ambos.
#4 Repare na comunicação não verbal
Nem sempre o que as pessoas dizem é o mais importante em uma comunicação. Tom da voz, linguagem corporal e expressões faciais são grandes indicadores de como o outro se sentem – e se compreende. Fique de olho na postura, movimentos das mãos e contato visual, por exemplo.
#5 Limite os equívocos
Qualquer mensagem pode ser compreendida de forma errada. Muitas vezes, as partes envolvidas nem percebem isso até que seja explícito em uma ação descoordenada, por exemplo.
Por isso, preste atenção às diferenças nos padrões de reação, harmonia de palavras de ambos os lados, tom de voz, linguagem corporal, perguntas feitas e frases incompletas. Na dúvida, faça um resumo do que foi acordado sempre dando espaço para o input do outro interlocutor.