7 dicas para ser feliz no trabalho

satisfação profissional

Encontrar satisfação profissional é uma coisa, encontrar satisfação a longo prazo é outra ainda mais difícil de se alcançar. Especializado em ajudar líderes em transições de carreiras, o coach Michael Melcher acredita ter descoberto práticas que colaboram para um contentamento duradouro.

Ele pegou o aprendizado que teve com os clientes, mas também se apoiou na própria experiência, já que sua carreira foi tudo, menos linear. Melchner se graduou em Negócios, trabalhou em órgão do governo americano, atuou como advogado, foi CEO de uma startup de tecnologia e hoje é coach executivo e sócio da Next Step Partners.

Além de tudo, dá palestras e escreve sobre vida profissional. Ele é autor do livro “The Creative Lawyer: A Practical Guide to Authentic Professional Satisfaction” e já publicou artigos no New York Times e Huffington Post.

Leia também: Como fazer um plano personalizado para escolher (e alcançar) sua carreira dos sonhos

Recentemente, compartilhou sua abordagem para alcançar – e ajudar seus clientes a alcançar – satisfação profissional, em um evento da Universidade de Stanford, onde, há anos, se graduou.

7 dicas para alcançar satisfação profissional duradoura

#1 “Distancie-se” do cotidiano e reflita (com regularidade)

Uma carreira bem-sucedida requer ocasionalmente dar um passo para trás e olhar de forma mais distanciada e geral, segundo Melchner. Ele pontua quatro pontos indispensáveis para guiar essa reflexão:

  • Valores: O que eu gosto de fazer? O que traz o meu melhor
  • Visão: Como eu quero crescer? O que eu quero criar para mim mesmo?
  • Competência: O que eu posso acrescentar? Qual o valor que tenho e como isso deve crescer com o tempo? O que eu preciso para chegar ao próximo nível?o nível?
  • Relacionamentos: Quem está me apoiando? Quem está no meu time? Quem me dá resiliência e validação? E com quem posso aprender?

#2 Não espere ficar infeliz para tomar atitude

Segundo o especialista, o ideal é tomar passos “preventivos” para evitar problemas futuros na carreira. Quando a ação vem só quando você sente insatisfeito, ela pode ser tão orientada por esse sentimento, que fica difícil visualizar de forma geral e tomar uma decisão relacionada aos seus desejos mais enraizados – e não só os temporários.

Um jeito melhor é ter uma abordagem multidimensional mesmo quando você estiver satisfeito com seu trabalho. Olhe para todos os elementos (comece pelos que o coach sugeriu acima) e trabalhe neles consistentemente.

#3 Gaste 20 minutos do dia trabalhando em direção a um objetivo

“Esforços incrementais se somam”, diz Melcher. “Você não precisa fazer uma grande coisa para progredir. O que você faz todos os dias é mais importante do que você faz de vez em quando.”

Divida uma meta em micro-objetivos e gaste 20 minutos por dia trabalhando neles. Fazendo isso e priorizando, você vai perceber que a maior parte das tarefas relacionadas à sua satisfação profissional vão cair na categoria de “importante”, ao invés de urgente.

“[Na categoria “importante”], não faz diferença se você não fizer nada neste dia ou mesmo nesta semana, mas, eventualmente, isso será um problema”, alerta o coach.

#4 Em vez de ponderar antecipadamente, faça 

Aprendemos através da experimentação, não ponderando, de acordo com especialista. Por isso, reservar tempo para pensar logicamente sobre sua carreira pode não ser a melhor estratégia.

Para Melchner, a maneira como pensamos sobre desenvolvimento profissional e transição de carreira é falha. Consideramos que seja um processo de pensamento e que só depois vem o “fazer”. Quando, na verdade, deveria ser um processo de experimentação.

“Nós não conseguimos achar o caminho para a resposta certa pensando. Temos que tentar coisas diferentes e depois ver como aprendemos com elas”, explica.

#5 Pergunte como os outros o veem

Melcher sugere sentar com um amigo para fazer alguns “exercícios de carreira”. Um é pensar em uma experiência que você teve, ou em um momento em que você estava tão envolvido em alguma coisa, que não percebeu a passagem do tempo.

Então, faça a si mesmo perguntas como: “O que eu estava fazendo nessa experiência? Como eu estava me sentindo? Quem estava envolvido? Quais talentos eu estava mostrando? Como foi a minha interação com os outros?

Você também pode perguntar ao amigo o que pensa de você, se detecta algum padrão, tendência, etc.

#6 Trace suas opções

Outro exercício que Melcher passa aos clientes consiste em organizar e categorizar as diferentes possibilidades de trabalho.

“Muitas vezes, as pessoas não têm certeza sobre o próximo passo, mas isso significa que elas podem ter cinco ou seis possibilidades, sendo que cada uma tem cerca de 15% de probabilidade”, explica o coach.

Mapeie todos e reflita sobre cada um. Dê um número para cada (0-10): Quão interessante seria exercer a função? Em segundo lugar, quão fácil ou difícil seria acontecer? E, finalmente, quanto você realmente sabe sobre essa carreira? Quão profundo é o seu conhecimento sobre o trabalho? Some os pontos e veja onde cada trabalho cai em um gráfico.

#7 Aceite que trajetórias profissionais não são lineares

Toda trajetória tem transições e ciclos, destaca Melchner. “Não importa quão bem administramos uma carreira, não importa o quanto somos competentes, acabamos passando por muitos desses ciclos”, afirma.

“Não se trata de evitar completamente esses ciclos, mas sim pensar sobre o que podemos fazer e seguir em frente.”

“Fazer”, aqui, é tão amplo quanto a sua carreira pode ser intrincada: você pode dar dois passos para frente, dois para trás, para os lados, tentar outra coisa. Isso não significa que você está fazendo algo errado, apenas que você está explorando o caminho e descobrindo o que é gratificante no presente.

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