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Tarpon na prática: um fundo que se concentra em poucos negócios

homem com gravata e caneta na mao

Alexandre Caliman Gomes conheceu o fundo de investimentos Tarpon ainda durante a faculdade, enquanto cursava Administração na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo. Por um ano, foi estagiário na empresa, até que decidiu fazer um intercâmbio nos Estados Unidos. Quando retornou ao Brasil, há quatro anos, chegou a trabalhar por alguns meses no banco de investimentos Merrill Lynch, mas foi convidado pela Tarpon a retornar e não resistiu.

Private Equity

Atualmente, Alexandre lida com investimentos em private equity e na Bolsa de Valores. Ele é responsável por fazer o monitoramento da BRF (antiga Brasil Foods) e da Gerdau, duas das 12 empresas em que a Tarpon investe. “Nosso portfólio é híbrido (private equity e Bolsa), mas temos poucos investimentos. Priorizamos parcerias de longo prazo e alto impacto”, diz.

Alexandre Caliman Gomes [foto: Cecília Araújo]

Estar sempre por perto das empresas permite que a Tarpon tenha um conhecimento profundo sobre os negócios em que investe. Consequentemente, consegue reduzir riscos e dar boas contribuições, agindo de forma colaborativa. “Passamos muito mais tempo fazendo monitoramento das empresas investidas e participando ativamente da sua gestão do que buscando investimentos novos”, conta Alexandre.

Para garantir a qualidade desse trabalho, os funcionários são estimulados a questionar suas próprias teses com frequência e aprender sempre mais sobre as empresas e os setores em que atuam. “Foi através dessas análises constantes que percebemos que fazia sentido o investimento na união entre Sadia e Perdigão (Brasil Foods) em 2009, por exemplo”, diz.

Segundo Alexandre, na Tarpon os funcionários têm bastante autonomia em seu trabalho e são incentivadas a dar sua opinião, inclusive estagiários. “O objetivo é diminuir a hierarquia e incentivar o trabalho em equipe, criando um ambiente colaborativo”, explica.

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Perfil do profissional

Para compor seu time, a Tarpon busca profissionais com seu “DNA”, ou seja, que querem se potencializar ao máximo ao mesmo tempo que valorizam as relações interpessoais. “Estar em sintonia com a cultura da empresa é mais importante do que ter um conhecimento técnico fora do comum”, diz.

Alexandre destaca que a empresa busca pessoas que têm visão de sócio, mas que também priorizam o coletivo antes do indivíduo. “Você não pode ter medo de assumir novas responsabilidades, mas sempre com ética e buscando a felicidade no trabalho.”

Segundo ele, há uma área na Tarpon focada em gestão de pessoas que recebe currículos mesmo que não existam vagas em aberto. “Gostamos de conversar e conhecer profissionais. Se alguém nos interessar de verdade, contratamos mesmo sem esperar por um processo seletivo”, conta Alexandre.

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