Apesar de conquistarem mais diplomas universitários do que os homens há 30 anos, as mulheres continuam sub-representadas em todos os níveis das carreiras corporativas nas Américas. Essas informações vêm da pesquisa Women in the Workplace, de 2017, realizada pela consultoria estratégica global McKinsey.
Há menos mulheres contratadas do que homens no mundo corporativo, desde os cargos mais baixos. A presença de representantes femininas diminui ainda mais quando se chega a cargos mais altos. No caso das mulheres negras, esse fenômeno do teto de vidro é mais grave.
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Como resultado, uma média de um em cada cinco líderes da C-suite (conjunto de altos executivos de uma corporação) é uma mulher. E menos de um em cada 30 desses executivos é uma mulher negra.
No mesmo estudo, a McKinsey constatou que há, sim, um esforço para que o cenário mude e inclua mais representantes mulheres. No entanto, o progresso continua lento e limitado. A consultoria destaca um dos motivos para isso: mesmo quando há a intenção de inclusão, o mundo corporativo tem “pontos cegos quando se trata de diversidade”.
Pensando nisso, é interessante conhecer a história das mulheres que conseguiram chegar aos mais altos cargos de grandes multinacionais e hoje são grandes líderes. Conheça a trajetória de quatro mulheres CEOs:
Claudia Sender, CEO da LATAM
Claudia Sender se formou na Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo), mas nunca chegou a trabalhar na área de formação, de engenharia química. Por sete anos, trabalhou como consultora na Bain & Company, e saiu de lá para fazer o mestrado em Harvard, com objetivo de ampliar seus horizontes.
Em 2011, ela se tornou vice-presidente comercial da companhia de aviação TAM. Após a fusão com a empresa chilena LAN, Claudia foi responsável por consolidar a empresa como referência na América Latina.
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Mary Barra, CEO da General Motors
Mary Barra foi a primeira mulher a se tornar CEO de uma montadora global e sua carreira inteira é marcada pela experiência na GM. Ela se formou em engenharia elétrica pelo Instituto General Motors, estagiou na GM com 18 anos de idade e ganhou uma bolsa da montadora para fazer MBA em Stanford. Em abril de 2004, mais um reconhecimento na carreira: Mary saiu na capa da Times como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.
Rachel Maia, CEO da Pandora Brasil
Rachel Maia é diretora executiva da joalheria Pandora, no Brasil, desde 2009. Depois de se formar em Ciências Contábeis, seu primeiro emprego foi na cadeia Seven Eleven (7-Eleven). Quando a rede de lojas de conveniência saiu do país, ela usou o dinheiro da sua rescisão para estudar inglês e administração no Canadá.
Ao voltar para o país, tornou-se gerente financeira do grupo farmacêutico Novartis. Nesse cargo, ela permaneceu por quatro anos e passou um deles trabalhando nos Estados Unidos. No retorno ao Brasil, foi abordada por um headhunter sobre uma vaga trabalhar na joalheria Tiffany e Co. Rachel Maia aceitou a proposta e só saiu da empresa para migrar para a joalheria Pandora, da qual hoje é diretora executiva.
Rachel sabe que por ser negra e mulher representa uma minoria nos altos executivos do mundo corporativo. “Ajudar a construir um legado de igualdade é minha responsabilidade”, diz.
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Paula Bellizia, CEO da Microsoft Brasil
Paula Bellizia é presidente da Microsoft Brasil desde 2015. Antes de virar CEO, ela já trabalhava na gigante de tecnologia por uma década, ocupando outra posição. Formada em Computação e Ciência da Computação na Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), Paula fez pós-graduação em Marketing na ESPM e MBA na USP.
Ela começou a carreira trabalhando na Whirlpool, empresa especializada na produção de eletrodomésticos – uma jornada que durou sete anos. Em seguida, foi gerente de produtos na Telefônica, antes de ir para a Microsoft, onde permaneceu entre 2002 e 2012. A partir daí, Paula dedicou-se a outras empresas de tecnologia: ocupou posições de destaque na Apple Brasil, no Facebook na América Latina e, por fim, voltou à Microsoft. Dessa vez, como uma das mulheres CEOs de destaque.