Há catorze anos o Brasil amarga péssimas classificações no ranking do “Doing Business”, relatório do Banco Mundial que mede a facilidade de empreender e fazer negócios em 190 países. Na edição de 2017, aparecemos na 123a posição – infelizmente, nenhuma surpresa.
Mas uma novidade foi anunciada por Henrique Meirelles, atual ministro da Fazenda, que pode mudar esse cenário. No CJE, evento para jovens empreendedores organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), ele contou que durante sua visita recente aos Estados Unidos foi firmado um convênio com a diretoria do Banco Mundial para aprimorar o ambiente de negócios no país, que é uma de suas metas no cargo.
A ideia é usar os indicadores já desenvolvidos pelo banco – que medem um pouco de tudo, como a burocracia para obter alvarás e licenças, proteção do registro de propriedades e peso de impostos, entre outros – e criar reformas que tornem as coisas mais fáceis para jovens empreendedores colocarem de pé novos negócios no país. “Eles já têm muitas informações sobre o assunto”, explicou o ministro no evento, em que o Na Prática esteve presente.
Segundo acompanhamento do Banco Mundial, as reformas atualmente em curso incluem a facilitação do processo de abertura de empresas (atualmente, o Brasil ocupa o 175o lugar), de comércio internacional (149o) e de execução de contratos (37o).
A parceria faz parte do pacote de medidas adicionais desenvolvida pelo governo para melhorar a economia nacional. Olhando para a sala lotada de jovens, o ministro concluiu com uma mensagem otimista: “No futuro, vocês poderão usar sua criatividade não só para enfrentar os problemas, mas para prosperar e criar”.