Desenvolvedores Front-End estão entre os profissionais de tecnologia mais procurados pelas empresas, de acordo com a pesquisa Guia Salarial 2022 da consultoria Robert Half. O motivo é que o avanço da tecnologia e o crescimento das plataformas digitais aumentaram a necessidade das empresas se atentar mais à experiência do cliente e do usuário. E, para conquistar o público, esse especialista é indispensável.
O desenvolvimento de páginas web pode ser dividido em dois: o front-end (lado do cliente) e o back-end (lado do servidor). O primeiro permite uma experiência interativa para o usuário, enquanto o último corresponde a codificação por trás de todos os componentes presentes na página.
Mas o que de fato é o front-end?
O termo compreende todos os elementos de interface gráfica que interagem com o usuário em uma plataforma online. A pessoa desenvolvedora front-end cria sites e aplicativos usando linguagens de programação da web, tais como o HTML, CSS e JavaScript, permitindo assim que quem estiver navegando consiga acessar e interagir com a página desejada.
Dessa forma, o front-end engloba elementos de design e de interface do usuário, trabalhando tanto a funcionalidade como a aparência. Em comparação, o back-end é mais focado no trabalho de programação que fica nos “bastidores” de um site, como protocolos de seguro, armazenamento de dados e outras funções.
A alta demanda por profissionais da área está ligada ao desejo das empresas de garantir que a aparência e o layout de suas páginas sejam fáceis de navegar e intuitivos para o usuário, o que pode determinar o sucesso ou não de campanhas institucionais, no número de vendas que a companhia consegue converter e até na reputação da marca.
As habilidades necessárias para atuar na área
Para garantir que as páginas web funcionem da forma mais prática possível, o especialista precisa dominar três linguagens de programação: HTML, CSS e JavaScript. Elas funcionam da seguinte forma:
HTML: A HyperText Markup Language ou HTML é o componente mais básico para construção de páginas web e funciona como uma marcação padrão de documentos projetados para serem exibidos em um navegador web. Ela descreve a estrutura de forma semântica e inclui dicas para a aparência do documento. Dessa forma, é possível indicar os elementos que deverão ser encontrados e interpretar o conteúdo da página.
CSS: O nome é uma abreviação de Cascading Style Sheets (ou Folhas de Estilo em Cascata, em português) e é uma linguagem estilística que atua na forma como um documento escrito em HTML ou em XML é apresentado visualmente. É uma das principais linguagens da open web auxiliando na estilização e organização de páginas web.
JavaScript: É uma linguagem compilada de alto nível muito utilizada em sites front-end e no desenvolvimento de jogos. Empresas como WordPress, Khan Academy, Linkedin e Groupon utilizam essa língua em suas plataformas. Também é considerada uma ótima linguagem para quem está começando no mundo da programação.
Combinadas, as três linguagens ajudam o profissional a determinar a aparência e a funcionalidade da página. Além disso, é preciso ter um conhecimento consolidado de frameworks, que são ferramentas necessárias para que o JavaScript e o CSS funcionem da maneira desejada e consigam criar as estruturas de página.
Contar com ferramentas de desenvolvimento de software com sistema de controle de versões contribuem para rastrear e controlar as alterações no código-fonte, auxiliando também no andamento do trabalho. Habilidades socioemocionais como criatividade, capacidade de solução de problemas, comunicação interpessoal e facilidade de trabalhar em equipe também são grandes diferenciais
Front-end na prática
Quem trabalha com front-end é um profissional técnico responsável por projetar e fazer a manutenção da parte visual de um site ou aplicativo. Apesar do desenvolvedor ser o profissional mais comumente ligado a esse trabalho, outros profissionais também podem atuar nessa área para garantir uma melhor usabilidade para o usuário.
O web designer, por exemplo, pode compor o layout e criar o HTML que acompanha a composição, sem mexer no código. Já um designer de interface do usuário fica mais focado na implementação da parte visual, mas também pode ter noções de HTML e CSS para poder se comunicar de forma mais eficaz com os desenvolvedores.
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Os designers de experiência do usuário estudam e pesquisam como as pessoas utilizam os sites, realizando testes e propondo mudanças para melhorar a performance. E o desenvolvedor de front-end cuida da parte de programação da criação do site. De forma geral, é esperado que os profissionais de front-end realizem o seguinte trabalho:
- Melhorar a experiência do usuário em aplicativos e sites
- Construir uma infraestrutura de front-end com bons designs, eficiência e acessibilidade
- Garantir que o design seja adaptável para plataformas, navegadores ou dispositivos cruzados
- Ser inovador e se manter atualizado com as últimas tecnologias
- Colaborar com os desenvolvedores back-end
- Realizar testes e procurar por erros.
Um exemplo prático em que é possível identificar o trabalho de front-end pode ser visto em sites de streaming, como a Netflix. O layout é apresentado de uma forma estratégica para deixar o conteúdo mais atrativo e fazer com que o espectador reproduza os títulos. O Instagram também desenvolveu uma técnica eficiente nesse sentido, fazendo com que os usuários fiquem presos por horas dentro do aplicativo.
Como se tornar um profissional da área
O primeiro passo para começar a trabalhar com front-end é desenvolver os conhecimentos técnicos necessários para a função. Fundamentos de desenvolvimento web, linguagens de programação e como trabalhar com design são essenciais. Muitos profissionais da área costumam fazer graduação em ciências da computação ou design. Embora um diploma não seja um requisito, é uma preferência de muitas empresas.
Depois o profissional precisa aprimorar suas habilidades, principalmente em HTML, CSS, JavaScript, codificação, programação, sistemas de controle de versão, princípios de teste e depuração. Como a demanda por esse tipo de especialista é alta, muitas empresas oferecem cursos ou formações dessas habilidades.
Também é possível encontrar aulas online, buscar informação e tentar colocar em prática os principais conceitos. A partir disso, chega a hora de começar a construir um portfólio, encontrar oportunidades de trabalho e continuar se desenvolvendo.
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