Em um processo seletivo, costumamos nos preocupar mais com o nosso desempenho do que com o das pessoas que estão nos avaliando. Até porque: não faz sentido que alguém que te avalia saiba menos do que você ou, pior, não saiba nada sobre o trabalha dela.
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Na vida real, porém, isso é mais do que comum. Pode acontecer, sim, de a pessoa recrutadora não entender muito bem os processos que dão conta de uma contratação. E pode haver, ainda, pessoas antiéticas pelo nosso caminho.
Nessas situações, independentemente da vaga em jogo, precisamos lidar de modo o mais responsável possível. Pensando nisso, o Na Prática entrevistou Andréa Greco, especialista em recrutamento e seleção, que nos deus algumas dicas para saber como lidar em situações assim.
O que fazer quando o recrutador é inexperiente?
#1. Identificar o profissionalismo
O primeiro passo importante para lidar bem com alguém que parece pouco profissional ou experiente é ser o mais profissional possível. Assim, é impossível que você seja prejudicado, pois, agindo de forma educada, o pior que pode acontecer é que vai perder alguns minutinhos do seu dia.
Portanto, mantenha-se com calma e aja educadamente o tempo todo.
#2. Dançar conforme a música
Em muitos casos, é possível que o recrutador ou a recrutadora seja inexperiente mas esteja, sim, com boas intenções. Não vale a pena, nesses casos, criar grande caso. Responda corretamente às perguntas e vá até o fim da entrevista com o mesmo nível de integridade.
Lembre-se que você também possui suas inseguranças ou pode, simplesmente, ser também uma pessoa inexperiente.
#3. Fazer perguntas
Se você sente que o recrutador não está explorando todos os pontos que tendem a te ajudar a conseguir a vaga ou se acha que o recrutador está deixando pontos importantes de fora da conversa, pergunte! É possível que alguma característica da empresa ou da função passe despercebida e sua decisão sobre querer ficar ou não pode ser prejudicada
Sendo assim, não hesite em fazer perguntas que julgue importantes. A entrevista é também um espaço para que o candidato seja propositivo. Lembre-se, porém, de aguardar pelo fim da conversa para se certificar de que suas dúvidas de fato ficaram de fora.
#4. Posicionar-se
Em casos extremos, no entanto, é preciso se posicionar e deixar claros os seus descontentamentos quanto ao andamento do processo seletivo. Se o recrutador faz algo moralmente errado ou se ele não cumpre promessas, pro exemplo, é importante demonstrar que isso te incomoda.
Posicionar-se, portanto, é um ato de valorização pessoal que te garante mais respeito de quem está te avaliando ou da empresa de modo geral.
#5. Questionar cultura organizacional
Se a empresa está sendo antiética durante o processo seletivo, isso pode ser um indício de que a sua cultura organizacional como um todo é antiética. Por isso, fique de olho. Tente identificar se a postura do recrutador é algo isolado ou se está atrelado a como tudo acontece na empresa.
Acredite: entrar em uma organização que não combina com os seus valores é algo que, cedo ou tarde, vai te dar dores de cabeça. Isso, sem dúvidas, tende a atrapalhar a sua carreira.