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Vale a pena publicar Open to Work no Linkedin? Ou estratégia atrapalha?

Foto por souvik banerjee via Unsplash

O ano de 2023 começou com uma enxurrada de lay-offs em startups e empresas de tecnologia. Só em janeiro, por exemplo, companhias como will bank, PagSeguro, Movile e até as gigantes Nubank e XP entraram para a lista de negócios que optaram pelas demissões em massa.

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Há uma série de razões estratégicas e econômicas que influenciam esse movimento. Para os trabalhadores impactados, porém, fica a missão de se recolocar no mercado em meio à desconfiança do setor e às poucas vagas abertas.

Nesse contexto, muitos profissionais recorrem a posts no modelo Open to Work em redes sociais como o Linkedin e outras. A ideia, sem dúvidas, é chamar a atenção de recrutadores em um momento onde muitas pessoas estão de olho na pauta das demissões.

Mas qual a maneira correta de fazer essa divulgação? Vale a pena fazê-la?

Para ajudar a resolver esse problema, o Na Prática traz hoje 6 dicas da especialista e mentora de carreira Paula Boarin, Linkedin Top Voice. Segundo ela, a maneira de tratar a situação de demissão precisa considerar uma série de fatores, que variam de pessoa para pessoa.

“Eu trabalho com carreira há 8 anos e eu não ouso dizer o que é certo”, diz ela. “ [Tudo] depende da estratégia, do objetivo, do que a pessoa se sente à vontade ou não para fazer.”

Leia ainda: Quiet Quitting: quando LinkedIn e TikTok entram em guerra

6 ações para realizar antes de fazer um post ao estilo Open to Work

Paula Boarin é especialista e mentora de carreiras, Linkedin Top Voice, e neste post ela cita 6 pontos a considerar antes de postar Open to Work (Imagem: Divulgação)

#1. Não anunciar o desligamento

Eu não faria post anunciando meu desligamento. Pessoalmente, não acho que faria diferença real nas indicações (as pessoas que realmente indicam são pessoas próximas – nesse sentido, o post pouco agregaria) por achar que não traz vantagem no processo seletivo (as empresas geralmente direcionam para sites de vagas – ou seja, processo normal) e por ser uma situação temporária.”

#2. Não usar o termo Open to Work

“Não usaria o selo “open to work”. Por “n” questões, não acho que agregaria para minha estratégia.”

#3. Atualizar perfis em plataformas

“[Antes de fazer qualquer post], eu arrumaria o currículo e o meu cadastro nas principais plataformas de empregos.”

#4. Atualizar LinkedIn

“No Linkedin, arrumaria o perfil. [Colocaria] foto nova; solicitaria recomendações no perfil; adicionaria pessoas de RH para acessar vagas em primeira mão; criaria conteúdo que resgatasse meus “melhores momentos” – projetos, prêmios, aprendizados, insights, etc.

#5. Ativar networking

“Ativaria minha rede existente (nem que seja via WhatsApp). Buscaria cursos, grupos profissionais, eventos para socializar (tem muita coisa gratuita e até online), o foco é conhecer gente, melhorar o currículo, se atualizar e enxergar oportunidades.”

#6. Pensar caminhos fora do mercado tradicional

“Pensaria em um plano B empreendedor. Acompanhando o rumo do mercado acredito que uma hora ou outra todos nós iremos empreender, por vocação ou necessidade. Logo, faria o que fiz no passado, começaria um negócio com meu capital intelectual e baixo investimento (na época o que gastei foi R$ 50 em uma logo – realmente muito baixo). É uma forma de continuar aprendendo, se desenvolvendo, e também aplaca a ansiedade caso a recolocação demore mais do que você gostaria. Se quiserem posso explorar mais esse ponto em um outro post”.

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