O termo Upskilling vem do inglês e significa “Requalificação”, em tradução livre para o português. Como o próprio nome indica, é a busca do profissional pelo aprimoramento e busca de novas habilidades e técnicas envolvidas com a sua função.
De maneira prática, é quando o colaborador realiza um curso, uma formação, assiste uma palestra ou participa de um workshop sobre um assunto que, ao término da atividade, possa aplicar na sua rotina de trabalho.
Como funciona o Upskilling?
O Upskilling pode ser feito de duas formas:
- quando o próprio profissional analisa o mercado e realiza o aprofundamento e atualização de conhecimentos; e
- quando a própria empresa oferece capacitações para seu time de colaboradores.
Afinal, é um processo ganha-ganha, onde as duas pontas estão relacionadas e podem crescer de forma contínua.
Enquanto, no primeiro caso, o profissional investe em si mesmo para se tornar mais competitivo, no segundo caso, a empresa assume um papel ativo no desenvolvimento de sua equipe.
As empresas que realizam upskilling colhem inúmeras vantagens como o aumento da produtividade, competitividade e uma melhor adaptação às mudanças do mercado.
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O Upskilling nos dias de hoje
A discussão contemporânea do termo está atrelada com as recentes inovações tecnológicas que o mercado e o mundo se depara a cada dia que passa.
O exemplo mais impactante é a inteligência artificial, um dos avanços no meio da ciência e tecnologia que está transformando e otimizando as tarefas de trabalho de empresas. Sai na frente profissionais e gestores que sabem implementar melhorias para se manter competitivos no mercado.
O profissional que não inserir os novos softwares em sua rotina de trabalho também sairá perdendo na corrida pela vaga. Hoje em dia não basta apenas um currículo preenchido com a formação, línguas e experiências; é fundamental demonstrar habilidades compatíveis com as exigências do mercado.
Estudos recentes também apontam para uma busca crescente de aprendizado. A PwC Global, em pesquisa realizada durante o Fórum Mundial de Davos, indica que 45% dos CEOs de empresas se preocupam com o fim de seus negócios e acreditam que em menos de 10 anos eles chegarão ao fim.
A McKinsey, em uma pesquisa global, já alertava, em 2020, para as dificuldades do mercado, quando apontou que 44%% das empresas enfrentam lacunas de habilidades nos 5 anos.
Esse dado ressalta a necessidade de estratégias como o upskilling, que permite às empresas e seus colaboradores se adaptarem às novas exigências do mercado e se manterem competitivos em um cenário de constantes inovações
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As novas habilidades para 2025
Com o upskilling sendo fundamental para o crescimento das empresas, é preciso ficar de olho nas quais habilidades e técnicas estão sendo buscadas para 2025. O relatório da Gupy Tendências da Empregabilidade 2025: Perspectivas, Desafios e o Futuro do Trabalho no Brasil, em parceria com a Accenture, listou as habilidades mais requisitadas pelas empresas em 2025, no Panorama das Habilidades, considerando tanto as hard skillg (habilidades técnicas) quanto as skills, de 2025.
A pesquisa ressalta o mundo em transformação pós-pandemia, a mudança no comportamento dos clientes, a digitalização acelerada e as novas demandas sociais e econômicas como fatores que reforçam as habilidades buscadas pelos gestores.
Por mais que muitos cargos possam ser substituídos pela inteligência artificial, devido a alta capacidade de processar dados e automatizar tarefas, o estudo também dá um enfoque para limitações em áreas que exigem habilidades humanas complexas.
Com base em dados da plataforma de vagas, exploradas entre os meses de julho/2023 a junho/2024, as habilidades mais pedidas nas posições publicadas pelas organizações na Gupy foram:
- Comunicação (14,5%);
- Pacote Office (12,8%);
- Excel (11,7%);
- Atendimento ao Cliente (5,9%)
- Power BI (3,1%)
Habilidades mais pedidas em diferentes modelos de trabalho
Na modalidade presencial, as skills mais pedidas serão:
- Gestão de pessoas: 24,3%
- Estratégias de comunicação: 22,6%
- Folha de pagamento: 10,2%
- Entrega contínua: 5,5%
- Gestão e liderança: 4,1%
No modelo híbrido:
- CRM: 30%
- Leitura de dashboards: 16,4%
- Analytics: 8,3%
- Projetos de tecnologia: 7,5%
- Conhecimento em Figma 4,7%
Para o home office, o mercado deverá demandar:
- JavasCript: 28,9%
- Marketing e Produtos Digitais: 15,3%
- Ferramentas SQL: 10%
- Vendas: 7,6%
A partir dos resultados do Panorama, é notável o quanto as habilidades humanas que não são suportadas pela inteligência artificial estão sendo cada vez mais demandadas, mesmo que o conhecimento em softwares e tecnologia no geral ainda não esteja descartado e bastante procurado.
Empresas e profissionais que buscam o upskilling em 2025 devem ter esses dados em mente na hora de planejar programas de carreira, qualificação e formação de seus colaboradores para, assim, se tornarem mais competitivas no mercado.