Tabata Amaral faz história no Congresso Nacional. Com 30 anos, a sexta deputada federal mais votada do estado de São Paulo nas eleições de 2022 tem como uma das suas pautas principais a melhoria na educação do país.
Filha de um cobrador de ônibus e de uma vendedora de flores e criada na periferia de São Paulo, Tabata estudou a maior parte da infância em escola pública. em 2007, após ganhar uma bolsa de estudos para um colégio particular, ela passou a ter contato com outras outras possibilidades e oportunidades até então desconhecidas, como a de estudar no exterior, por exemplo.
“Sempre tive sonhos bem grandes e nunca tive vergonha de falar deles, por mais inalcançáveis que parecessem”, relata ela no livro Cultura de Excelência, que traz histórias de jovens talentos impactados pela Fundação Estudar.
“Quando estava na 7ª série, não falava nada de inglês e não tinha um ‘tostão’, e decidi que estudaria nos EUA e representaria o Brasil em uma olimpíada internacional. Deu certo.”
No total, ela representou o Brasil em cinco competições internacionais de ciências. Em 2012, com mentoria do Prep Estudar Fora, programa da Fundação Estudar que ajuda na aplicação para universidades do exterior, Tabata Amaral conseguiu ser aceita para graduação em seis das melhores universidades do mundo: Caltech, Harvard, Columbia, Yale, Upenn e Princeton. Bolsista integral de Harvard, também passou no programa Líderes Estudar, outra iniciativa da Fundação Estudar, que, além de suporte financeiro, oferece acesso a uma rede de alto potencial com a qual ela desenvolveu diversos empreendimentos sociais.
Confira mais da biografia de Tabata Amaral
Como foi a experiência de Tabata Amaral em Harvard
Com sede em Massachusetts, nos Estados Unidos, a Universidade Harvard é uma das mais prestigiadas do mundo. Faz parte, inclusive, do seleto grupo conhecido como Ivy League, que reúne oito instituições de ensino que são sinônimo de excelência acadêmica globalmente.
Lá, Tabata estudou matérias de diversos cursos para, no fim, se formar em Ciências Políticas e Astrofísica (nos EUA, o estudante só escolhe no final do primeiro ano qual será o major – que é o foco da graduação.
Segundo a jovem, a instituição se diferencia de todas as outras em três pontos principais:
- foco no pensar, e não no conteúdo;
- contato com pessoas que são as melhores do mundo em suas áreas e
- formação de pessoas englobando seus mais diferentes interesses.
Sua experiência na universidade confirma que a formação exige bastante dedicação. “A gente passa pouco tempo em aula e muito tempo na biblioteca”, contou ela na época. “Em ciências políticas, tem aula que tem mais de mil páginas de leitura por semana.”
Por mais puxada que fosse a graduação nos EUA, Tabata conseguiu tocar um projeto extracurricular que a colocou mais próxima da política brasileira junto com outros Líderes Estudar, o Mapa Educação.
Projeto Mapa Educação
O Mapa Educação foi lançado no fim de 2013 por Tabata Amaral, Renan Ferreirinha e Lígia Stocche, todos membros da rede de jovens de alto impacto da Fundação Estudar.
Seu objetivo é entender, discutir e agir para transformar a educação básica brasileira. Para isso, conecta e qualifica jovens para atuarem civicamente em prol da educação.
Atualmente, conta com mais de 500 jovens lideranças espalhadas por todas as regiões do país que realizam ações concretas para impactar a política local.
Hoje, Tabata faz parte do conselho consultivo da organização, que está presente em todas as Unidades Federativas e possui mais de 10 mil impactados.
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Movimento Acredito
Tabata Amaral também é uma das fundadoras do Movimento Acredito, em conjunto também com membros da rede de Líderes Estudar, Renan, Bruno Santos, Felipe Oriá e José Frederico Lyra Netto.
Através da disseminação de práticas, valores e do desenvolvimento e atuação de líderes, o Acredito busca a renovação política com o objetivo de superar a desigualdade social do Brasil. Entre as pautas da iniciativa, estão
“É por meio da política que queremos transformar o país”, sintetiza o engenheiro de formação José Frederico. “Queremos quebrar o monopólio de alguns sobrenomes no congresso e reaproximar a política da sociedade.”.
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Reconhecimento
Além de cinco medalhas em olimpíadas, Tabata Amaral já foi reconhecida por quatro premiações:
- Prêmio Kenneth Maxwell por sua tese em Harvard;
- Prêmio Eric Firth para melhor ensaio sobre tema de ideias democráticos
- Recebeu o Prêmio Faz Diferença, do jornal O Globo
- Prêmio Next Generation Women Leader Awards, da consultoria estratégica McKinsey & Company
- “Gente que Faz”, da revista Glamour