Em 2024, o mercado de trabalho brasileiro continuou a ser moldado pelos três principais modelos de trabalho: presencial, híbrido e remoto.
Essa tendência, impulsionada pela pandemia de Covid-19, deve se fortalecer em 2025. Isso porque a crise sanitária acelerou a adoção de novos formatos de trabalho, redefinindo a forma como as empresas encaram o ambiente profissional.
Tendências para 2025
Apesar do crescimento do modelo híbrido, o trabalho remoto se manteve estável em 2024. Dados da Gupy revelam que, no último trimestre analisado (abril/2024 a junho/2024), o modelo híbrido representou 11% das contratações, enquanto o remoto também representou 11%, e o presencial caiu para 78%. Em relação ao total de posições publicadas e contratações entre julho/2023 e junho/2024, o modelo presencial representou 89,3% e 88%, respectivamente, enquanto o híbrido representou 5,8% e 7% e o remoto, 4,9% e 5%.
Embora o trabalho remoto ofereça grande flexibilidade, algumas empresas têm demonstrado preocupações em relação à falta de integração das equipes, o que pode afetar a criatividade e os resultados dos projetos. Essa preocupação é especialmente relevante em casos onde as lideranças não conseguem aproveitar as oportunidades de interação e colaboração que o modelo remoto exige.
A pesquisa da Gupy, em parceria com a LCA Consultoria Econômica, analisou o avanço do modelo remoto entre 2019 e 2024. Os dados mostram que a proporção de vagas publicadas e de contratações para trabalho totalmente remoto cresceu até 2022, quando atingiu o pico. A partir de então, o ritmo diminuiu, e o modelo encontrou certa estabilidade a partir do último trimestre de 2023.
A tendência para 2025 é de estabilização do modelo remoto. O crescimento, se houver, deverá ser sutil e concentrado em áreas como Informática, TI e Telecomunicações, Comercial e Vendas e Administração.
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Segundo o estudo Gupy, os modelos de trabalho híbrido e remoto oferecem benefícios não apenas para as empresas e os colaboradores, mas também para o meio ambiente. A redução da necessidade de deslocamentos diários contribui para a diminuição das emissões de carbono e da poluição do ar.
O trabalho remoto veio para ficar, mas as empresas precisam se adaptar para garantir a integração e o engajamento das equipes. As lideranças têm um papel fundamental nesse processo, criando estratégias e utilizando ferramentas que promovam a colaboração e a comunicação eficaz à distância. A pesquisa da Gupy aponta para a necessidade de as empresas investirem em soluções que minimizem os desafios do trabalho remoto e maximizem seus benefícios.