Qual seu é o seu plano de carreira? Conseguir aquele emprego desejado, ser promovido, se tornar um líder… Todos esses são objetivos que exigem preparo para serem alcançados. O investimento vale a pena. Quando você organiza seus objetivos, consegue visualizá-los com mais clareza e se sente mais motivado e comprometido para atingi-los.
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De maneira geral, o plano de carreira também ajuda a definir de forma realista onde você quer estar profissionalmente em alguns anos e possibilita que você analise se as suas ações presentes se conectam com seu objetivo futuro.
“Frio na barriga você pode ter a vida inteira. É um sinal de que você está atento às coisas. Ele não está certo ou errado, é uma sinalização.”
É assim que Marcelo Barbosa responde quando perguntado sobre suas corajosas transições de carreira. O advogado é Líder Estudar e o primeiro membro da rede a ser também conselheiro da Fundação Estudar.
Conseguiu sua entrada no programa e bolsa de estudos quando tinha apenas um ano e meio de formação como advogado. Com a bolsa, foi fazer mestrado na Universidade Columbia, nos EUA. “Minha rede seria outra, minhas referências seriam outras, sem a Fundação Estudar”, relata ele.
“É muito importante saber usar a rede e ser parte dela. Quando fui estudar fora, para escolher a faculdade, eu recorri a pessoas que me ajudaram com boas opiniões”, exemplifica. “Procurar a rede não só para pedir, mas para saber como as pessoas estão e se mostrar disponível. A partir daí você estabelece relações bilaterais ou multilaterais que serão uma força importante na sua vida”
“Sempre me apoiei muito em boas relações. É preciso saber ceder, trabalhar com outros pontos de vista, ouvir.”
Transição para a CVM e a coragem de mudar
Quando foi para o mestrado, Marcelo tinha recém fundado um escritório com mais dois sócios. Voltou do exterior e trabalhou lá por 22 anos, até que sentiu a necessidade de explorar um novo caminho. “Estava em uma zona de conforto que me incomodava”, diz.
Por isso, retomou um antigo assunto. Já havia sido sondado antes para atuar na CVM, Comissão de Valores Mobiliários, instituição que regula o funcionamento do mercado de valores mobiliários e a atuação de seus protagonistas. Retomou os contatos e foi convidado pelo Ministro da Fazenda, em 2017, para a presidência da autarquia, cargo em que ficou por 5 anos.
Filho de servidores públicos, passou a ter de gerir quase 500 servidores públicos, além de lidar com a imprensa e a opinião pública e organismos internacionais.
“Um negócio ao mesmo tempo familiar e completamente diferente para mim”, conta. “Tinha trabalhado a vida inteira na área de mercado de capitais, fundos, companhias abertas… A CVM cria as regras sob as quais eu trabalho, e supervisiona. Então estar lá, realizar todos os estudos prévios, entender as razões do regulador, foi excelente”, explica.
“Me dispus, em uma fase já avançada da carreira, a fazer uma coisa completamente diferente, em termos de função e ambiente. O impacto do trabalho no setor público é incomparável, e a CVM é conhecida por seu corpo técnico de excelência. Foi o maior aprendizado da minha vida.” Para ele, é importante “estar sempre pronto para começar de novo, experimentar”.
Nova empreitada e reflexões
Depois da CVM, Marcelo fundou outro escritório de advocacia, menor e focado em Direito Societário e Mercado de Capitais, o que era seu desejo há muitos anos.
Como a leitura é um fator importante em sua rotina, incorporou a prática na cultura do time. “No escritório, temos uma tarde por semana reservada para discutirmos as novidades do nosso meio, decisões, regras novas, etcetera. Os mais novos relatam. É preciso ler, chegar estudado e discutir.”
Sobre os desafios a que se dedica atualmente, para além da nova empreitada no mundo jurídico, Marcelo destaca o esforço em garantir uma perspectiva profissional interessante para os membros da equipe. “Especialmente nesse reinício, as coisas dependem muito de mim, isso me mantém muito atento pelo peso da responsabilidade com as pessoas. Mas ao mesmo tempo, foi planejado e é um desafio bom de se enfrentar.”
Desenvolva sua rede no Programa Líderes Estudar!
A Fundação Estudar está com inscrições abertas para o processo seletivo do Programa de Líderes, do qual Marcelo Barbosa faz parte.
Participantes têm acesso a vários benefícios, incluindo bolsa de estudos. Inscreva-se!
No mundo em constante evolução, várias profissões enfrentam desafios significativos que podem levar à sua extinção. Avanços tecnológicos, mudanças culturais e novas demandas do mercado de trabalho estão transformando a paisagem profissional.
Pensando nisso, o Na Prática traz hoje uma seleção de 9 profissões (ou funções, se preferir) que correm o risco de desaparecer nos próximos anos.
9 profissões em extinção
9 profissões que vão desaparecer em breve (ou já desapareceram)
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BIBLIOTECÁRIO |
Motivo: A digitalização de bibliotecas e recursos online reduziu a necessidade de bibliotecários tradicionais. |
Atualização: Focar em serviços de informação online, gerenciamento de conteúdo digital e tecnologias educacionais.
CARTEIRO | Motivo: Comunicações eletrônicas e serviços de entrega online reduziram a necessidade de carteiros tradicionais.
Atualização: Explorar oportunidades em logística digital, entregas especializadas, e-commerce.
JORNALISTA IMPRESSO |
Motivo: Declínio na demanda por jornais impressos com a ascensão das mídias digitais.
Atualização: Transição para o jornalismo digital, desenvolver habilidades em produção de conteúdo online, redes sociais.
OPERADORES DE MÁQUINAS FOTOCOPIADORAS | Motivo: Declínio no uso de cópias físicas com o aumento da documentação digital. Atualização: Explorar habilidades em gerenciamento de documentos eletrônicos, automação de escritório e serviços digitais.
DIGITADORES |
Motivo: Ferramentas de reconhecimento de voz e automação de documentos estão diminuindo a demanda por digitadores.
Atualização: Aprender habilidades de automação de documentos, programação e análise de dados.
FOTÓGRAFOS DE REVELAÇÃO | Motivo: A fotografia digital eliminou a necessidade de revelação manual de fotos. Atualização: Desenvolver habilidades em fotografia digital, edição de fotos, marketing online.
CAIXA DE SUPERMERCADO | Motivo: A automação está substituindo tarefas repetitivas, e os caixas de supermercado estão sendo substituídos por sistemas de autoatendimento.
Atualização: Investir em habilidades tecnológicas e de atendimento ao cliente, explorar oportunidades em áreas de automação e tecnologia.
TELEMARKETING |
Motivo: A resistência dos consumidores a chamadas não solicitadas e o aumento de tecnologias anti-spam.
Atualização: Desenvolver habilidades em marketing digital, análise de dados e atendimento ao cliente online.
REPOSITORES DE ESTOQUE | Motivo: Sistemas automatizados de inventário estão substituindo o trabalho manual de reposição. Atualização: Aprender sobre gestão de estoque automatizado, logística avançada e análise de dados.
JORNALISTA IMPRESSO | Motivo: Declínio na demanda por jornais impressos com a ascensão das mídias digitais. Atualização: Transição para o jornalismo digital, desenvolver habilidades em produção de conteúdo online, redes sociais.
No mundo dos negócios e da liderança, há figuras que se destacam como verdadeiros luminares, e Ram Charan é, sem dúvida, uma delas. Com uma carreira recheada de sucessos e uma abordagem única para liderança e estratégia empresarial, ele é uma referência incontestável para aqueles que buscam orientação e inspiração em suas carreiras.
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Neste artigo, vamos explorar quem é Ram Charan, seus pensamentos, sua Obra e como seus ensinamentos podem beneficiar a carreira das pessoas.
Quem é Ram Charan?
Nascido em Uttar Pradesh, na Índia, em 1939, Ram Charan é um autor best-seller, palestrante renomado e consultor de gestão. Ele é amplamente reconhecido como uma das maiores autoridades mundiais em liderança e estratégia empresarial. Sua educação inclui um mestrado em engenharia química pela Universidade de Banaras e um MBA e doutorado pela Universidade de Harvard.
Pensamentos de Ram Charan
O que torna Ram Charan tão notável é a clareza e a simplicidade de seus pensamentos sobre negócios. Ele acredita que a liderança eficaz e a estratégia sólida são cruciais para o sucesso de qualquer organização. Seus ensinamentos se concentram em três áreas fundamentais:
Foco nas Pessoas: Ram Charan enfatiza a importância de cultivar e desenvolver líderes eficazes. Ele argumenta que líderes fortes são essenciais para uma empresa prosperar e alcançar seus objetivos.
Rigidez na Estratégia: Ele acredita que uma estratégia de negócios sólida é fundamental para qualquer organização. Isso envolve identificar oportunidades, tomar decisões ousadas e adaptar-se rapidamente às mudanças do mercado.
Execução Disciplinada: Charan argumenta que a execução é muitas vezes negligenciada, mas é onde muitas estratégias falham. Ele promove a ideia de que a disciplina na execução é crucial para transformar planos em resultados tangíveis.
Obras de Ram Charan
Ram Charan é autor de diversos livros que se tornaram best-sellers e referências na área de negócios. Alguns de seus livros mais conhecidos incluem:
“Execution: The Discipline of Getting Things Done”
Este livro explora a importância da execução na concretização de estratégias empresariais e fornece insights valiosos sobre como tornar a execução uma parte integral da cultura organizacional.
“Leadership in the Era of Economic Uncertainty”
Neste livro, Charan discute como líderes podem navegar com sucesso em tempos de incerteza econômica, oferecendo conselhos práticos para tomar decisões informadas.
“The Attacker’s Advantage”
Aqui, ele aborda a necessidade de empresas serem proativas e ágeis em vez de reativas, a fim de ganhar uma vantagem competitiva no mercado.
Como os ensinamentos de Ram Charan podem beneficiar sua carreira
Os ensinamentos de Ram Charan podem ser inestimáveis para profissionais de todas as áreas. Aqui estão algumas maneiras pelas quais seus princípios podem impulsionar sua carreira:
#1. Desenvolvimento de Liderança
Ao adotar sua ênfase na liderança eficaz, você pode desenvolver suas habilidades de liderança e se tornar um ativo valioso para qualquer organização.
#2. Melhoria da Estratégia
Aprender a criar e executar estratégias sólidas pode ajudá-lo a tomar decisões mais informadas e a contribuir para o crescimento e sucesso da sua empresa.
#3. Foco na Execução
Tornar-se disciplinado na execução de tarefas e estratégias pode garantir que você entregue resultados tangíveis e alcance seus objetivos de carreira.
Resumo
Ram Charan é um verdadeiro guru no mundo dos negócios e da liderança. Seus pensamentos e ensinamentos têm o poder de transformar a maneira como você aborda sua carreira e seus objetivos. Portanto, não hesite em mergulhar em seus livros e palestras para colher os benefícios de sua vasta experiência e sabedoria. Lembre-se de que, como ele mesmo diz, “a liderança eficaz é uma habilidade que pode ser aprendida”.
Daniel Goleman é um dos maiores expoentes na área de inteligência emocional em todo o mundo (Foto por Kris Krug via Flickr)
Daniel Goleman é um nome que ressoa profundamente no mundo da psicologia e do desenvolvimento pessoal. Renomado por seu trabalho pioneiro na área da inteligência emocional, Goleman tem sido um catalisador para mudanças significativas em como entendemos e valorizamos as emoções humanas.
Neste artigo, mergulharemos na vida, na carreira e nas contribuições notáveis de Daniel Goleman, explorando o impacto duradouro que ele teve na sociedade contemporânea.
Quem é Daniel Goleman?
Daniel Goleman nasceu em 7 de março de 1946, em Stockton, Califórnia, EUA. Ele é um psicólogo, escritor e jornalista científico amplamente conhecido por seu trabalho na área da inteligência emocional. Goleman obteve seu diploma de graduação em Antropologia pela Universidade de Harvard e completou seu doutorado em Psicologia Clínica e de Desenvolvimento na Universidade de Harvard, bem como um mestrado em Educação na Universidade de Harvard. Seus anos de pesquisa e experiência o prepararam para abordar uma das áreas mais cruciais da psicologia humana: a inteligência emocional.
O Conceito de Inteligência Emocional
Daniel Goleman é mais conhecido por popularizar o conceito de inteligência emocional. Ele trouxe esse conceito para o público em geral com o lançamento de seu livro “Inteligência Emocional” (Emotional Intelligence) em 1995, que rapidamente se tornou um best-seller e teve um impacto profundo na educação, negócios e psicologia.
A inteligência emocional se refere à capacidade de reconhecer, entender, gerenciar e usar eficazmente as emoções, tanto em si mesmo quanto nos relacionamentos interpessoais. Goleman argumenta que a inteligência emocional é tão ou até mais importante do que a inteligência intelectual (QI) para o sucesso pessoal e profissional. Ele identificou cinco componentes principais da inteligência emocional:
Autoconhecimento emocional: A capacidade de reconhecer e compreender suas próprias emoções.
Autorregulação emocional: A habilidade de controlar impulsos emocionais e lidar com o estresse de maneira construtiva.
Motivação intrínseca: A capacidade de se motivar e perseguir objetivos com paixão.
Empatia: A habilidade de entender e se conectar emocionalmente com os sentimentos e perspectivas dos outros.
Habilidades sociais: A capacidade de se relacionar eficazmente com os outros, construir relacionamentos sólidos e comunicar-se de forma clara.
As contribuições de Daniel Goleman para a psicologia e a sociedade são vastas e significativas:
1. Educação:
Goleman destacou a importância da educação emocional nas escolas, argumentando que ensinar habilidades emocionais é tão crucial quanto ensinar habilidades acadêmicas. Sua influência levou a mudanças nas políticas educacionais em muitos países, com um foco crescente na educação emocional nas salas de aula.
2. Negócios:
O conceito de inteligência emocional também teve um grande impacto no mundo dos negócios. Goleman argumenta que líderes eficazes são aqueles que podem entender e gerenciar suas próprias emoções e as emoções de suas equipes. Essa perspectiva deu origem a programas de treinamento em inteligência emocional para líderes e gerentes em todo o mundo.
3. Saúde Mental:
Goleman escreveu extensivamente sobre o papel da inteligência emocional na saúde mental. Ele defende a ideia de que o autoconhecimento emocional e a autorregulação podem ajudar a prevenir problemas de saúde mental, como estresse, ansiedade e depressão.
4. Livros de Sucesso:
Além de “Inteligência Emocional,” Daniel Goleman escreveu vários outros livros de sucesso, incluindo “Inteligência Social,” “Ecologia da Mente” e “Foco.” Esses livros continuam a influenciar leitores em todo o mundo, promovendo a compreensão e aprimoramento pessoal.
Dicas de Goleman para Desenvolver a Inteligência Emocional
Daniel Goleman oferece insights valiosos sobre como desenvolver a inteligência emocional:
Pratique a autorreflexão: Tire um tempo para refletir sobre suas emoções, pensamentos e comportamentos. Isso pode ajudá-lo a desenvolver um maior autoconhecimento emocional.
Cultive a empatia: Tente entender as emoções e perspectivas dos outros. Isso fortalece seus relacionamentos e sua capacidade de se conectar com as pessoas.
Aprenda a autorregular: Desenvolva habilidades para lidar com o estresse e controlar impulsos emocionais. A meditação e a prática da atenção plena são técnicas eficazes.
Defina metas com clareza: Ter metas claras e motivadoras pode aumentar sua motivação intrínseca.
Trabalhe em suas habilidades sociais: Melhorar sua capacidade de se comunicar eficazmente e construir relacionamentos sólidos é fundamental para o sucesso pessoal e profissional.
O Legado Duradouro de Daniel Goleman
Daniel Goleman é um visionário que desafiou as concepções tradicionais de inteligência. Sua pesquisa e escritos continuam a inspirar indivíduos, educadores, líderes empresariais e profissionais de saúde em todo o mundo. Goleman mostrou que a inteligência emocional é uma habilidade vital que pode ser cultivada e aprimorada, e seu impacto perdurará por muitas gerações.
Em suma, Daniel Goleman é uma figura notável que nos ensinou que entender e gerenciar nossas emoções é fundamental para uma vida bem-sucedida e satisfatória. Seu trabalho continua a moldar nossa compreensão das complexidades humanas e a nos lembrar da importância da inteligência emocional em nossas vidas.
Henrique Dubugras é um nome que ressoa no universo empreendedor como um exemplo notável de sucesso e inovação. Nascido em 1996 em São Paulo, Brasil, Dubugras não demorou a deixar sua marca no cenário empresarial, alcançando o status de bilionário em uma idade em que muitos ainda estão descobrindo seu caminho.
Desde jovem, Henrique Dubugras demonstrou um apetite insaciável pela tecnologia e pelos desafios empresariais. Criou seu primeiro software aos 12 anos, dando os primeiros passos rumo a uma trajetória que o levaria a lugares extraordinários. Sua mente afiada e curiosidade incessante eram sinais claros de que ele estava destinado a alcançar feitos notáveis.
A virada de Dubugras para o cenário global aconteceu com a co-fundação da “Brex”, uma startup de fintech, ao lado de seu parceiro Pedro Franceschi, quando ambos tinham apenas 22 anos. O objetivo ambicioso da Brex era reinventar a maneira como as empresas lidam com suas finanças e despesas.
O que diferenciou a Brex foi sua abordagem única ao fornecer cartões de crédito corporativos. Em vez de depender de históricos de crédito pessoal, a empresa utilizou dados da própria empresa para avaliar a credibilidade financeira. Essa inovação atraiu a atenção de investidores e usuários, catapultando a Brex para o centro das atenções no mundo das fintechs.
O sucesso rápido
A Brex experimentou um crescimento meteórico, e isso refletiu diretamente na fortuna de Dubugras. A empresa levantou centenas de milhões de dólares em financiamento, alcançando uma avaliação de bilhões de dólares em um tempo recorde. A visão visionária de Dubugras e sua equipe para simplificar o processo financeiro para empresas encontrou ressonância em um mercado ansioso por soluções eficientes.
Embora o sucesso da Brex tenha sido impressionante, a jornada de Dubugras não foi isenta de desafios. A natureza competitiva do setor de tecnologia financeira, juntamente com os obstáculos regulatórios, exigiu habilidades de liderança e resiliência. No entanto, Dubugras e sua equipe enfrentaram esses desafios de frente, demonstrando uma capacidade notável de adaptação e inovação contínua.
Henrique Dubugras tornou-se, assim, um dos bilionários mais jovens do Brasil, solidificando seu lugar na lista dos empreendedores mais bem-sucedidos do país. Sua história não é apenas inspiradora para os aspirantes a empresários, mas também destaca o potencial do Brasil no cenário global de tecnologia e inovação.
Empreender no Vale do Silício
Henrique e seu sócio largaram os estudos na renomada Universidade Stanford para empreender a Brex, ainda bem jovens. “Chegamos um pouquinho arrogantes. Várias coisas assumíamos como verdade, na realidade acabamos quebrando um pouco a cara”, conta ele.
Um dos trunfos de estar no Vale do Silício, epicentro de inovações e empreendedorismo tecnológico, são as pessoas com quem se pode conviver. “Fez a gente crescer e aprender muito”, afirma. “Quando chegamos lá, mandamos email para todos os brasileiros que conhecíamos.”
Mitos e verdades sobre o Vale do Silício, nas palavras de Henrique Dubugras
#1 “De longe, o Vale do Silício parece super aberto. Isso é mais ou menos verdade. Ele adora suas próprias marcas. Então, definitivamente, ter ido para Stanford ajudou bastante porque eles adoram a universidade.”
#2 “O pessoal não controla muito o custo, não. [Eles] têm bem mais o foco em criar novos produtos, novas coisas. Há um constante estímulo para criar novas coisas e menos sobre se tornar mais eficiente todos os dias.”
#3 “O americano é bem transacional. O brasileiro é muito de relacionamento, de conhecer as pessoas, de gerar confiança, de criar uma relação de longo prazo. O americano é muito ‘How can i help you?’. É bem eficiente, mas bem transacional.
Uma coisa que funcionou bem para a Brex foi aplicar nos Estados Unidos isso de relacionamento a longo prazo. E gerar confiança para apostarem em você em um contexto maior.”
#4 “As empresas aqui tem muita rotatividade. É bem pouco comum crescer profissionais de dentro. Tem alguns que crescem, mas o normal não é tanto esse, é até um diferencial da Brex.”
Desenvolva sua rede no Programa Líderes Estudar!
A Fundação Estudar está com inscrições abertas para o processo seletivo do Programa de Líderes, do qual Henrique faz parte.
Participantes têm acesso a vários benefícios, incluindo bolsa de estudos. Inscreva-se!
Rodrigo Vella é considerado um dos principais advogados de Direito Societário no Brasil por várias publicações e rankings locais e internacionais, como Chambers Latin America, Chambers Global, Legal 500 e Latin Lawyer. Com uma carreira de destaque potencializada por experiências internacionais, encontra motivação no desejo de “impactar mais pessoas, deixar um legado no mercado jurídico e melhorar o Brasil.”
Durante a trajetória, enfrentou diversos marcos que exigiram resiliência até se tornar um profissional reconhecido e com atuação relevante nas áreas de Fusões e Aquisições, Financiamentos, Infraestrutura e Direito Imobiliário, para além do Direito Societário.
Dentre os maiores obstáculos e conquistas até então, ele destaca seu mestrado nos Estados Unidos, a admissão ao New York State Bar Association (equivalente à OAB no Brasil, mas com caráter estadual), a fundação do Vella Pugliese Buosi Guidoni (VPBG) e a fusão do escritório com o Dentons, maior escritório de advocacia do mundo.
Seu principal objetivo para o futuro é conduzir o VPBG, do qual também é sócio, à uma posição de liderança na indústria, enquanto lida com desafios de gestão e da perpetuidade do negócio. Para tanto, se apoia no aprendizado e foco em desenvolvimento pessoal, temas pelos quais se considera “absolutamente aficionado”.
Experiência internacional que potencializa e empreendedorismo
Graduado pela faculdade Mackenzie, com especialização em Direito Tributário pela PUC-SP e em Direito no setor de Energia pela FGV, Rodrigo tem passagem pelos escritórios TozziniFreire, onde fez seu primeiro estágio e retornou posteriormente, FreitasLeite, assim como no banco BBA Creditanstalt (hoje parte do Itaú BBA).
Com oito anos de carreira, decidiu fazer seu LL.M (Master in Laws, em português, “mestrado em Direito”), na Universidade Georgetown, em Washington, D.C., nos EUA. “Foi um período longo e difícil. Lembro que muitas pessoas próximas chegaram a me desestimular pelo grau de dificuldade do processo. Mas ao fim tive certeza de que foi muito bem montado. O saldo não poderia ter sido melhor, foi extremamente compensador e faria tudo novamente”, relata.
Nessa época, Rodrigo entrou para a rede do Programa Líderes Estudar e conquistou uma bolsa de estudos para o mestrado em Georgetown. “Sou muito grato pela oportunidade que tive e acredito muito no potencial da Fundação e de seus líderes para transformar o Brasil.”
Concluindo o LL.M, Rodrigo prestou o New York State Bar e foi admitido. Nos EUA, atuou em dois dos melhores escritórios de advocacia do mundo: Cleary Gottlieb Steen & Hamilton e Proskauer Rose. “O fato de eu ter trabalhado e estudado no exterior, em uma universidade muito reconhecida, serviu como um grande diferencial na minha carreira e imagem.”
Em 2006, de volta ao Brasil, investiu na abertura do Vella Buosi Advogados, seu próprio escritório especializado em fusões e aquisições, mercado de capitais e direito internacional, que em 2009 foi fundido com um escritório de advocacia de contencioso para formar o VPBG. “Me deparei com vários desafios, pois montei o escritório muito cedo e sempre concorri com as maiores e mais tradicionais bancas do mercado”, conta ele. “Tive que aprender muita coisa sozinho no tocante ao empreendedorismo.”
“Em 2017, fiz a fusão do escritório com o maior escritório de advocacia do mundo, Dentons. Hoje sou conselheiro global do Dentons e líder global de Private Equity e Venture Capital.” Além disso, faz parte do conselho de ex-alunos da Universidade Georgetown.
Desenvolvimento contínuo como lema
Desenvolvimento, aprendizagem contínua, resiliência e soft skills. Estes são assuntos que guiam a jornada de Rodrigo e se refletem, inclusive, em seu mote pessoal: “1% better every day” (em português, “1% melhor todo dia”). Ele se interessa especialmente pela importância e impacto desses temas no longo prazo.
“Não era um excelente aluno no colégio e demorei para perceber a importância dos estudos e da busca por conhecimento e aprendizagem. A sensação de estar atrás de muitos me incentivou a desenvolver uma cultura de aprendizagem contínua”, reflete.
Ainda no campo de crescimento e aprendizagem, o advogado se apoia em diversos mentores – “um ou mais para cada área da vida” – e se inspira em grandes nomes do empreendedorismo e Direito, como Jorge Paulo Lemann, Pinheiro Neto e José Luis de Salles Freire.
Assim como Rodrigo, faça parte da rede Líderes Estudar
A experiência internacional com a bolsa da Fundação Estudar transformou a carreira de Rodrigo. Que tal fazer parte dessa rede de líderes de impacto e ter acesso à diversos benefícios? Inscreva-se no Processo Seletivo do Programa Líderes Estudar, que está com inscrições abertas!
Ainda adolescente, Wilian Cortopassi decidiu que seu objetivo seria contribuir cientificamente para o tratamento do câncer. A motivação veio de experiências próprias, já que aos 14 anos viu seu tio paterno falecer e também seu pai, pouco tempo depois; ambos pela doença. “Meu pai sempre estava ao lado da gente, eu e minhas irmãs. Era ele quem fazia o café da manhã, acordava a gente, levava pra escola porque minha mãe trabalhava em dois empregos”, lembra ele.
As doenças na família e as inúmeras visitas a hospitais tiveram um papel decisivo na forma com que Wilian, ainda muito jovem, passou a ver suas aptidões – e sua relação com seus objetivos. “Odiava ir ao hospital. Mas sempre gostei de Química, Matemática e Física.” No ensino médio, enquanto ainda acompanhava o tratamento do seu pai, escolheu se dedicar à Química Medicinal, começando com um estágio focado em malária realizado na Fiocruz, sendo parte do grupo de Antoniana Krettli, professora que considera sua primeira de diversos mentores com quem conta até hoje.
Wilian, em sua infância, rodeado pelos pais (Imagem: Acervo Pessoal)
Enquanto fazia um curso preparatório para entrar no Instituto Militar de Engenharia (IME), seu pai faleceu. “Uma semana depois do velório, fiz a prova, e fui aprovado no IME”, conta. “Me lembro de minha mãe falando que meu pai pedia pra ela não compartilhar detalhes [da doença] comigo, pois o sonho dele era me ver aprovado lá e seguir meu sonho.”
Aos 33 anos, Wilian já desenvolveu diversas pesquisas em Química Medicinal, ciência multidisciplinar, recebeu prêmios e publicou artigos em revistas renomadas. No entanto, destaca os desafios da trajetória que escolheu. “Ser pesquisador não é uma carreira fácil. Você provavelmente só vai ver resultados da sua pesquisa quando tiver seus 50-60 anos. E algumas vezes pode demorar gerações”, e acrescenta: “no final, o caminho é gratificante, pois sabemos que estamos construindo um mundo melhor”. “A gente tem que amar o que a gente faz, olhar no espelho todo dia e estar feliz com a gente mesmo. Isso é o mais importante. Os momentos difíceis vão nos acompanhar a vida toda.”
Desbravando incertezas à atuação científica internacionalmente reconhecida
No IME, conheceu a Fundação Estudar. Na época, conta que estava em um momento complicado da carreira, marcados por dúvidas relacionadas a seu objetivo de ser um pesquisador. “Nas minhas interações com as palestras da Estudar, percebi que se me juntasse a um time de líderes que provavelmente passaram por desafios parecidos, poderia aprender muito, e tomar decisões mais conscientes.”
Por não querer seguir carreira militar, Wilian saiu do IME para a PUC-Rio, onde estudou Química. Fez seu doutorado na Universidade de Oxford com bolsa e lá pôde aperfeiçoar seu inglês. Foi o primeiro da família a viajar para fora do país. “Estar longe de tudo e todos foram desafios diários”, relata.
Durante o doutorado, recebeu dois prêmios pela American Chemical Society, uma das maiores sociedades científicas do mundo, com foco em Química: “Excelência Científica” e “Futuros Líderes em Química”.
Já no pós-doutorado, na Universidade da Califórnia, foi escolhido para participar de uma competição internacional organizada pela farmacêutica Merck KGAA, na Alemanha. O projeto em química medicinal do seu time, com foco em “bibliotecas codificadas por DNA”, conquistou o segundo lugar.
Em uma de suas pesquisas na Universidade da Califórnia, Wilian usou química computacional e realidade virtual para estudar o motivo de alguns pacientes pediátricos com leucemia não responderem aos tratamentos – estudo publicado em uma das revistas mais renomadas do mundo em oncologia, “Cancer Discovery”. “Foi um time multidisciplinar, mas nossa contribuição usando química computacional ajudou a fornecer hipóteses sobre como outros tratamentos mais personalizados podem ajudar em futuros tratamentos pediátricos”, explica.
Com uma trajetória de alto impacto na Ciência, Wilian considera que uma de suas maiores conquistas profissionais seja o desenvolvimento de tratamentos para malária através de um projeto com a Fiocruz, realizado com a professora Antoniana Krettli, em colaboração com pesquisadores da Universidade da Califórnia, PUC-Rio e Universidade Federal de Alagoas.
“Desenvolvemos um fármaco que chamamos de DAQ. Esse composto tem se mostrado eficaz em testes pré-clínicos de malária resistente à cloroquina, e pretendemos avançar com estudos de toxicidade em breve”, relata Wilian. O projeto, a que dedica seus finais de semana, está em avaliação quanto a um pedido de patente internacional. O DAQ, por sua vez, já foi tema de dois artigos de revistas científicas internacionalmente conhecidas no ramo de parasitologia.
Na empresa farmacêutica Novartis, onde ficou por quatro anos e teve sua primeira experiência fora do ambiente acadêmico, desenvolveu pesquisas na área de novos tratamentos para Saúde Global, em malária e outras doenças de relevância para o Brasil, como a doença de Chagas. Posteriormente, teve alguns dos resultados desse trabalho divulgado na revista “Science”, uma das mais renomadas publicações do tipo no mundo.
Ainda na Novartis, também utilizou realidade virtual para aprimorar discussões científicas entre químicos computacionais e químicos experimentais. Pelo seu destaque na organização, recebeu o prêmio “The Dorothy Crowfoot Hodgkin”, concedido a exemplos em excelência acadêmica e cultural.
Mais recentemente, recebeu uma proposta para trabalhar como Pesquisador Científico Sênior na Gilead Sciences, onde estuda novos tratamentos na área de oncologia.
Um propósito nítido, não sem desafios, e muito apoio na jornada
Sobre o que mais o motiva em sua jornada, Wilian destaca “o potencial em ajudar pessoas a passarem mais tempo com outras pessoas que elas amam”. “Serem felizes, longe de hospitais.”
“Aos 40 anos, espero ter contribuído para pelo menos um tratamento de malária, Chagas ou câncer, que tenha avançado para a fase clínica. Aos 50/60 anos, ficaria feliz ao saber se alguns desses fármacos chegaram a pacientes, tendo sido aprovados por agências reguladoras depois das fases clínicas.” Para que um fármaco avance para as fases clínicas, é necessário ter investimento, alinhamento estratégico e sorte, de acordo com o pesquisador.
Hoje, relata que seu maior desafio é continuar acreditando e se preparando para lidar com as adversidades enquanto tenta atingir seu objetivo. Por isso, busca se desenvolver tecnicamente e interagir com outros pesquisadores com trajetórias parecidas. Também conta com pessoas queridas como suporte. “Ter o amor da família ajuda muito. Recentemente, me abri sobre ser homossexual, o que é grande parte da minha identidade. Fiquei muito feliz pelo acolhimento, foi um peso a menos a ser carregado.”
Para além do apoio, Wilian destaca a importância de se cercar de pessoas que inspiram (e trabalhar o amor próprio). “Preocupe-se menos pelo que os outros pensam de você. Mas, ao mesmo tempo, escute o que pessoas mais experientes têm a te dizer. Isso não significa que você necessariamente vai seguir os passos de outros, mas há muito a aprender”, finaliza.
Assim como Wilian, faça parte da rede Líderes Estudar
Wilian faz parte da rede do Programa de Bolsas Líderes Estudar, onde histórias inspiradoras e de impacto são comuns e se destrincham por muitos campos de atuação.
Se você se identifica com a vontade do pesquisador de contribuir para um mundo melhor, conheça mais sobre o programa e realize sua pré-inscrição para o processo seletivo da Fundação Estudar.
Ana Paula Martinez, sócia do Levy & Salomão Advogados e ex-Diretora do Departamento de Proteção e Defesa Econômica da SDE/Ministério da Justiça, é uma figura destacada no cenário jurídico e social brasileiro. Bacharel, mestra e doutora pela USP, com uma pós-graduação na Harvard University, ela é reconhecida por suas contribuições notáveis no campo do Direito, e já foi considerada a melhor advogada do mundo.
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Líder Estudar desde 2005, Ana Paula falou nesta semana com o Na Prática para discutir os desafios que enfrentou para ser reconhecida e os que ela compreende mais urgentes na sociedade a partir de sua visão de mundo como profissional do Direito. Confira.
Desafios pessoais
Do ponto de vista pessoal, Ana Paula sempre precisou enfrentar desafios particulares por ser mulher e pessoa jovem em ambientes de Poder. Como no Congresso, por exemplo, onde a desconfiança era recorrente nos corredores. “Nunca me deixei intimidar por ambientes masculinos, o que me levava a ignorar as ‘atropeladas’ e ‘falar mais alto’, mas com jeito, para ser ouvida”, revela ela.
Sua abordagem destemida se tornou uma marca registrada que a ajudou a superar preconceitos e construir uma carreira sólida. Em sua trajetória, ela foi responsável por investigações de condutas anticompetitivas no Brasil de 2007 a 2010, obtendo reconhecimento internacional, incluindo da OCDE. Na iniciativa privada, destacou-se na aprovação de grandes operações no CADE, como Disney/Fox e Lafarge/Holcim, além de sua atuação em casos desafiadores durante a Lava Jato. Seu sucesso resultou em prêmios internacionais em 2014 e 2016, solidificando sua reputação como uma líder influente na área.
E os desafios no Direito (e adjacências) dos próximos anos?
Para Ana Paula, um dos desafios mais prementes é a introdução crescente de ferramentas de inteligência artificial (IA) no campo jurídico. Ela ressalta, com base em relatório de 2023 publicado pela Goldman Sachs, que aproximadamente 44% dos serviços jurídicos atuais podem ser substituídos por IA. “Seria o setor mais afetado pela introdução da inteligência artificial, depois de serviços de secretariado e back office. Isso representa uma mudança significativa na forma como o trabalho jurídico é realizado, com implicações diretas para os profissionais da área.
Para os quase 800 mil de alunos de graduação em Direito no Brasil espalhados por quase 1.800 faculdades (o maior corpo estudantil do país, muito maior que o de Medicina, por exemplo, que tem pouco mais de 40 mil alunos), essa transformação significa a necessidade de uma adaptação constante.
“Procuro orientar jovens, inclusive no momento da escolha da carreira”, diz ela. “Direito é uma área linda, mas não é para todos e há uma sobrecarga no sistema. No país, já temos hoje 1 advogado para cada 164 habitantes, recorde global. A título comparativo, no Reino Unido há 1 advogado para cada 471 habitantes e em Portugal a proporção é de 1 advogado para cada 625 habitantes. Sempre haverá espaço para gente muito boa, mas precisamos ficar atentos para uma massa bem preparada que não encontrará espaço no mercado de trabalho e irá se frustrar. Por outro lado, é uma formação que acaba servindo para outras carreiras também, para além das carreiras jurídicas propriamente ditas”
Outro desafio mencionado por Ana Paula é a necessidade de renovação política. Ela destaca seu envolvimento em apoiar candidatos, estabelecer conexões necessárias e propor políticas públicas sólidas. “No Brasil, tipicamente há uma distância entre os candidatos, os governantes e os eleitores. Precisamos entender que a construção de um país melhor, com políticas públicas eficientes, depende de todos nós. Precisamos nos interessar pela política, apoiando os bons nomes para que cheguem em cargos relevantes”.
Além disso, Ana Paula destaca a importância da Lei de Cotas para avanços importantes na promoção da inclusão social. Dito isso, a advogada ressalta a necessidade de implementação de políticas públicas que promovam a permanência na universidade, como moradia, alimentação e ajudas de custo.
“A inclusão social não se limita à entrada na universidade, mas também engloba a criação de condições para a permanência e o sucesso acadêmico. Dados recentes do Inep mostram uma queda percentual no número de cotistas ao longo dos últimos anos. Este tema tende a ter mais importância com o corte da nova Lei de Cotas, sancionada em 13 de novembro pelo Presidente Lula. Antes, a renda per capita para se qualificar era de 1,5 salário mínimo per capita. Agora passa a ser de 1 salário mínimo. No papel, força a inclusão de classes ainda mais marginalizadas. Na prática, para ter sucesso, depende ainda mais de políticas ativas de permanência”.
Nesse sentido, Ana Paula traz como exemplos o Programa de Bolsas do Insper, que conta com mais de 300 bolsistas, e o Fundo Patrimonial Sempre Sanfran, da Faculdade de Direito da USP, dois projetos em que ela está diretamente envolvida.
A advogada ressalta, por fim, a importância de os operadores do Direito entenderem as consequências econômico-sociais de suas decisões e normas.
“Procuro contribuir nesse tema criando e apoiando a Cátedra de Law & Economics no Insper (Análise Econômica do Direito), sob a titularidade do Professor Furquim. O Ministro Barroso, Presidente do STF, e o Ministro do STJ Cueva estiveram no lançamento do projeto, sendo grandes defensores da disseminação do conceito no Judiciário.”
A trajetória de sucesso de Ana Paula Martinez te inspirou?
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Se você tem um Sonho Grande, muito talento e o desejo de transformar o Brasil, esse também pode ser o seu caminho
Claudio Andrade quer utilizar expertises de sua companhia de investimentos para revolucionar mercado de construção de casas populares (Imagem: Divulgação)
Quando Cláudio Andrade decidiu que seu sonho era sair da Salvador, na Bahia, para estudar Administração de Empresas em São Paulo, ele não sabia que fundaria uma empresa de renome no mercado financeiro nem que sua influência seria tão importante para o segmento algumas décadas depois. O que ele tinha, na verdade, e muito devido à influência familiar no início dos anos 90, era apenas um desejo curioso de se aventurar.
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“Eu tinha uma avó que contava como seus irmãos tinham se aventurado pelo mundo e papai ocasionalmente voltava com jornais de negócios que eu adorava ler e cujas histórias me fascinavam”, relembrou ele em entrevista ao Na Prática.
Para Cláudio, os negócios, o mercado financeiro e as empresas eram temas que importavam muito àquela altura. Ele sabia, no fundo, que tinha talento para esse segmento. E embora a família quisesse que o garoto estudasse engenharia, por conta de sua habilidade com matemática, ele sabia que seu destino reservava outras equações.
“O custo de morar fora era relevante pra minha família e eu economizava muito pra isso”, conta o empresário.”O fato de aquela ter sido minha decisão e eu ter lutado pra que ela acontecesse, fez com que eu estivesse disposto a qualquer coisa pra fazer aquilo dar certo. O processo fez com que eu aprendesse sobre obstinação, resiliência e a me virar”.
E assim começava, mesmo que sem muitos objetivos definidos, a carreira de Cláudio Andrade, que mais tarde seria pautada pelos mesmos valores aprendidos no fim do adolescência.
Da formação à fundação do seu negócio de sucesso
Anos mais tarde, Cláudio realizou o sonho de estudar administração e se formou na Fundação Getúlio Vargas, uma das instituições de ensino mais prestigiadas no setor.
Durante sua formação, ele chegou a fazer um intercâmbio na Ecole de Commerce de Montpellier, na França, e logo em seguida obteve sua certificação para atuar como analista de investimentos (CFA) no mercado financeiro.
“A graduação foi um marco porque além do que se aprende objetivamente, fiz muitos amigos, conexões que tenho até hoje, e aprendi como aprender o que não sei. Isso abriu portas para minhas primeiras entrevistas de trabalho”, relembra Cláudio.
Depois disso, tornou-se bolsista do Banco Garantia, o que mais tarde se converteria numa bolsa do Programa de Bolsas Líderes Estudar, e acabou trabalhando na instituição financeira.
Foi a partir dali que ele começou a semear seu sonho de cofundar a gestora de investimentos que gere hoje, a Polo Capital, mas, antes, Cláudio conta que precisou refletir por um tempo sobre suas escolhas de vida enquanto viajava do sul ao norte do continente africano.
“Esse período foi relevante porque foi um momento em que, ao sair do dia a dia de trabalho, foi possível olhar as coisas de fora. Pensar sobre o por que as coisas que fazia funcionavam, quais eram meus diferenciais, qual era a melhor oportunidade pro futuro. Acho que é fundamental em certos momentos fazermos um “zoom out” da nossa vida e refletir com distanciamento sobre os nossos porquês, e o que realmente queremos pro futuro”
A criação da Polo Capital e seu início desafiador
Polo Capital enfrentou desafios no início até se consolidar por um modelo que visou investimentos pouco convencionais (Imagem: Polo Capital/Divulgação)
Referência no mercado de capitais por sua originalidade de operações e por sua defesa ferrenha dos direitos de investidores minoritários, a Polo Capital, fundada por Cláudio, conseguiu multiplicar em 30 vezes o capital inicial de seus investidores.
Na visão de Cláudio, o sucesso do negócio se deu devido ao olhar diferenciado dele e de sua equipe para títulos valiosos que por anos ficaram fora do radar de investidores regulares por serem considerados “inseguros”.
“Nossa contribuição foi em fazer o dever de casa e encontrar estruturas que os tornaram oportunidades de investimento”, ressalta ele. “A partir daí, começamos a investir regularmente em empresas listadas nos demais países da América Latina em 2004.”
O início da Polo, porém, foi bem menos animador do que Cláudio imaginava. O sumiço de clientes em potencial e um desempenho abaixo do esperado fizeram com que a gestora não começasse do tamanho que a equipe esperava. Mas Cláudio, nessa fase, resolveu manter o mesmo padrão de conduta – como quando estudar em São Paulo parecia um objetivo impossível.
“Lembro que conversamos que o melhor a fazer era focar no trabalho e entregar retornos. Se fôssemos bem sucedidos em fazê-lo, inexoravelmente a captação viria. E assim aconteceu. Depois disso passamos também por vários momentos de baixa performance e seguimos com a mesma abordagem: trabalho duro, não mudar o que fazemos (o processo) com o vento ou com modismos, comunicar os clientes sempre sobre o que está sendo feito e agir com integridade.”
Sonho agora é utilizar negócio para ajudar a sociedade
Em um processo natural, contou Cláudio, a Polo acaba tendo envolvimento maior em alguns negócios nos quais aloca investimentos. Em especial, a empresa foca em negócios cujos produtos e serviços são voltados para as classes de menor renda.
“Somos controladores de uma varejista e acionistas de referência de uma incorporadora. Quando logramos melhorar a nossa eficiência distributiva e operacional, isso se traduz em preços menores para os nossos clientes, o que aumenta o quanto conseguem consumir.”
Nesse caminho, a incorporadora Tenda, sob influência da Polo há 10 anos, conseguiu reduzir seu custo de construção de moradias populares em cerca de 30% em pouco menos de uma década. Essa melhora na eficiência, segundo Cláudio, reduziu preços e ampliou a capacidade de compra de pessoas com menor renda.
Agora, segundo o empresário, o objetivo é ampliar o impacto dessa eficiência de custos.
“Temos em andamento um projeto de uma “fábrica de casas” que representa um grande salto de produtividade na construção e pode reduzir substancialmente os custos de residências e melhorar sua qualidade usando tecnologia”, conta ele. “Transformar isso em realidade teria a nosso ver um impacto muito substancial na sociedade.”
Para isso, porém, Cláudio explica que precisará criar doses extras de motivação, que, segundo ele, são construídas internamente.
“Eu amo o que eu faço, gosto do desafio intelectual. Quanto a ajudar outras pessoas, creio que poucas coisas trazem tanta satisfação quanto fazer a diferença pra outras pessoas. Às vezes é uma pergunta, uma oportunidade, uma conexão, importa menos a forma; o crucial é ser parte de um processo que melhora o mundo e impacta positivamente a vida de outros.”
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Se você tem um Sonho Grande, muito talento e o desejo de transformar o Brasil, esse também pode ser o seu caminho
Aos dois anos, Gabriel Liguori teve o pequeno coração operado no Instituto do Coração (InCor), em São Paulo, para tratar uma cardiopatia congênita. As idas e vindas ao hospital forjaram sua paixão pela medicina, em especial pela cirurgia cardíaca pediátrica, e ele se formou médico na Universidade de São Paulo.
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Hoje, aos 26 anos e bolsista da Fundação Estudar (que está com inscrições abertas para seu Programa de Bolsas 2017), ele é doutorando na Universidade de Groningen e quer fazer da vida o que salvou a sua. “O que poderia ser um trauma acabou virando uma paixão”, resume.
A ligação com as ciências se fortaleceu na infância. Sem poder praticar esportes, Gabriel passava o tempo lendo de tudo, de Charles Darwin à mecânica quântica. Nas férias, chegava a terminar dez livros por mês. “Também sempre gostei de colocar meus aprendizados em prática e não foram poucas as vezes em que quase botei fogo em casa ou enchi o banheiro com larvas de drosófila”, lembra.
Os laços com o InCor, que faz parte do complexo do Hospital das Clínicas operado pela USP, também se mantiveram ao longo dos anos. Gabriel era figura tão frequente pelos corredores – as visitas eram uma atividade extracurricular para ele – que foi convidado a acompanhar um transplante de coração ainda no terceiro ano de faculdade.
A ligação, que pode vir a qualquer hora, veio em 7 de setembro de 2011. “Lembro-me de ser chamado para acompanhar a retirada do coração do doador – essa também foi a primeira vez que entrei numa ambulância – e seguimos até o local onde seria realizada a coleta. Acompanhei toda essa cirurgia e corremos de volta para o InCor”, conta.
Gabriel acompanhou então o transplante em si. Quando estava tudo quase concluído, foi convidado a chegar mais perto. “Foi primeira vez que toquei num coração batendo, recém transplantado no peito daquela criança”, diz. “Sentir esse coração na minha mão foi, com certeza, uma das melhores sensações até hoje e o momento que me fez ter certeza que era isso que eu queria.”
Águas internacionais
Durante sua carreira acadêmica, Gabriel trabalhou em diversas instituições no exterior, incluindo a Harvard Medical School, a Universidade de Maastricht e o Imperial College London
Antes de se tornar bolsista da Fundação Estudar e começar seu doutorado, Gabriel passou um período em Harvard fazendo o curso “Principles and Practice of Clinical Research” e estagiando no Children’s Hospital Boston, onde acompanhou cirurgias cardíacas. O Hospital é considerado em diversos rankings o melhor dos Estados Unidos na área pediátrica.
“O período que passei em Harvard foi um grande catalizador da minha vontade de fazer pesquisa científica inovadora e de qualidade”, resume ele, que se encantou com o ambiente universitário. “Boston e Cambridge respiram ensino e pesquisa, e espero que eu e meus colegas da Fundação Estudar, ao voltarmos, possamos criar uma rede de desenvolvimento acadêmico e trazer essa realidade das universidades americanas e europeias para o país.”
Gabriel também estagiou em Londres, onde analisou dezenas de corações da coleção do Royal Bromptom Hospital para estudar uma doença chamada Tronco Arterial Comum, e na cidade holandesa de Maastrich, que suscitou seu interesse pelo país.
“Às vezes, quando pensamos em estudar no exterior, enxergamos apenas EUA ou Inglaterra”, diz. “A verdade é que existem muitas outras oportunidades e a Holanda, como terceiro maior produtor de conhecimento do mundo e com quase 90% da população falante do inglês, é uma excelente opção.”
Em 2015, fez as malas e mudou-se com a namorada para a Universidade de Groningen, onde se dedicou a pesquisar engenharia de tecidos e o desenvolvimento de próteses cardiovasculares. “Meu objetivo é construir tecidos para serem utilizados durante a cirurgia cardíaca, como vasos e valvas, com as células-tronco do próprio paciente.”
Já em 2019, Gabriel defendeu a versão brasileira de sua tese de doutorado, “Desenvolvimento e Avaliação de Vasos Sanguíneos Engenheirados: Uma Abordagem da Medicina Regenerativa para Substituição Vascular”.
“A a defesa da tese final, na Holanda, deve ocorrer em 2024”, conta. “Pelo meu trabalho de doutorado, recebi o ‘Prêmio CAPES de Tese’, uma honraria pela melhor tese de doutorado no Brasil.”
Futuro no 3D
Parece futurista, mas ele garante que não é. Gabriel também tem interesse especial pela promessa da impressão 3D, tanto objetos de plástico quanto aqueles feitos com biomaterial, e inclui a tecnologia em suas pesquisas.
“Basicamente, a engenharia de tecidos procura organizar polímeros, células e biomoléculas de maneira a construir tecidos vivos para a reposição e regeneração de órgãos ou parte deles”, explica.
E enquanto o método tradicional de engenharia falha na hora de criar as microestrutura de tecidos mais complexos ou órgãos inteiros, uma bioimpressora pode mudar este quadro. “Ela surge como uma solução, uma vez que possibilita a alocação de maneira pré-definida e organizada.”
A criação artificial de órgãos é uma frente promissora na ciência médica, já que pode diminuir significativamente o número de pacientes esperando por um doador na fila de transplantes. Para se ter uma ideia, em 2023, para acabar com a fila de transplante de órgãos no Brasil são necessários 60 mil doações.
Coração bioartificial
Desde 2019, com a fundação da TisueLabs, sua empresa de criação de órgãos e tecidos em laboratórios, Gabriel persegue de perto seu sonho de ser a primeira pessoa no mundo a imprimir um coração transplantável. Por conta desse trabalho, Gabriel foi destacado recentemente como Forbes Under 30 e MIT Innovator Under 35.
“Essas honrarias não foram apenas reconhecimentos, mas também um voto de confiança na missão disruptiva da TissueLabs. O desenvolvimento de nossa plataforma, que capacita pesquisadores ao redor do mundo na engenharia de tecidos, é um passo transformador na realização do meu sonho de criar o primeiro coração bioartificial transplantável”
A empresa de Gabriel foi destacada como 𝗧𝗢𝗣 𝟭𝟬𝟬 𝗦𝘄𝗶𝘀𝘀 𝗦𝘁𝗮𝗿𝘁𝘂𝗽𝘀 𝟮𝟬𝟮𝟮 (Imagem: Divulgação)
Atualmente, a plataforma oferecida pela TissueLabs para a fabricação de órgãos e tecidos em laboratório já é utilizada por centenas de pesquisadores em mais de 130 instituições espalhadas por 25 países ao redor do mundo
O desafio de se tornar empreendedor, além de pesquisador, também é citado por Gabriel como complexo em sua carreira.
“Cada um desses papéis demanda um conjunto diferente de habilidades e uma mentalidade distinta”, explica. “A superação desse desafio envolveu aprender a gerir uma equipe, a entender de negócios e a navegar no ecossistema de startups, sempre mantendo o foco na visão de aplicar a engenharia de tecidos para salvar vidas.”
A fundação da TissueLabs apresentou desafios inerentes ao empreendedorismo: captação de recursos, desenvolvimento de produtos, patenteamento de tecnologias e entrada no mercado. Enfrentar esses obstáculos, na visão do jovem, só foi possível ao formar uma equipe talentosa e buscando mentoria e parcerias estratégicas.
“Há um século, as pessoas morriam devido a infecções que agora são facilmente tratadas com antibióticos”, destaca o doutorando. “Hoje, o câncer e as doenças cardiovasculares são o grande desafio, mas, daqui cem anos, acredito que poderemos ser imortais.”
Nos dias 18 e 19 de novembro, a Escola de Liderança da Fundação Estudar disponibilizará acesso gratuito a sua plataforma, oferecendo a todos a oportunidade de participar de seus cursos e masterclasses de alto nível sem nenhum custo.
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Este evento especial é um presente da Fundação Estudar para todos aqueles que buscam aprimorar suas habilidades de liderança, comunicação e empreendedorismo. Os cursos e masterclasses oferecidos na plataforma cobrem uma ampla gama de tópicos relevantes para o mundo atual e futuro, ministrados por especialistas renomados.
Os interessados em aproveitar esta oportunidade única de aprendizado podem se inscrever até o dia 16 de Novembro. Isso não apenas proporcionará uma experiência valiosa de aprendizado, mas também permitirá que os participantes se conectem com uma rede de colegas dedicados e ex-alunos excepcionais.
A Escola de Liderança foi criada a partir da experiência de 30 anos da Fundação Estudar selecionando e desenvolvendo Líderes que transformam o Brasil, e contribuindo para a formação de jovens com os seus cursos.
Ela oferece tudo o que o jovem em início de carreira precisa para conseguir ampliar a sua visão sobre as possibilidades e as oportunidades do mercado, desenvolver as habilidades essenciais para se destacar e ganhar clareza sobre os seus próximos passos.
Para isso, a organização utiliza uma metodologia exclusiva e de impacto salarial comprovado, conexão com empresas e com profissionais que se tornaram inspirações por já terem grandes conquistas no currículo. A Escola de Liderança:
Disponibiliza uma jornada de autoconhecimento, inteligência emocional, sonhos grandes e liderança;
Utiliza uma metodologia baseada em Harvard, Stanford e outras das melhores universidades do mundo
Compreende conceitos baseados na crença de ir além do conteúdo – e realmente colocar em prática desde o primeiro momento, instigando o jovem a executar, colocar a mão na massa, e tirar as ideias do papel.