Não precisa de muito: uma pesquisa rápida na internet mostra que já existem robôs que cumprem as mais diversas (e específicas) funções. Robôs bartenders, pizzaiolos – na gastronomia, em geral, também -, entregadores e atendentes em bancos. Mas o que muitos estudiosos prevêem é que – mais do que invenções pontuais e curiosas – a inteligência artificial evoluirá o bastante para interferir estruturalmente no mercado trabalho.
Os cálculos variam. A consultoria estratégica global McKinsey & Company prevê que cerca de 800 milhões de trabalhadores perderão seus empregos até 2030 – de 39 a 73 milhões nos Estados Unidos. Outro estudo, conduzido por um pesquisador especializado em automação (Carl Benedikt Frey) e um historiador da economia (Michael Osborne), constata que 47% da força de trabalho dos EUA será afetada.
Michael e Carl foram além e listaram o risco que 702 atividades correm, com base em uma metodologia própria que estima a probabilidade de informatização. Com base em seu trabalho, o cientista da computação Mubashar Iqbal criou o site Will Robots Take My Job? (“Os robôs vão roubar o meu emprego?”).
Basicamente, Mubashar extraiu os dados compilados pelos estudiosos e criou uma ferramenta online que permite que os usuários busquem por função e confiram a estimativa. É fácil de usá-la, basta digitar o nome da atividade em inglês e apertar “enter”. Dá para procurar aleatoriamente, também, clicando em “random example” (“exemplo aleatório”). Quer saber se os robôs vão roubar seu emprego? Ou melhor, a probabilidade disso acontecer? Descubra aqui!
Os robôs vão roubar seu emprego? Ainda assim, não é o fim
A McKinsey, em sua pesquisa, aponta outro dado: muitos dos afetados conseguirá fazer a transição para outras indústrias facilmente. Michael e Carl, autores do estudo em que o site é baseado, também apontam o outro lado da moeda.
“Ao mesmo tempo, com a queda dos preços da computação, a habilidade de resolução de problemas está se tornando relativamente produtiva, explicando o crescimento substancial do emprego em em ocupações que envolvem tarefas cognitivas, onde o trabalho qualificado tem uma vantagem comparativa”, dizem eles.
Por isso, não deixe que a previsão dos futurologistas te desanime. Focar em seu desenvolvimento é um caminho que não só pode ajudar a driblar a automação, como fortalecer suas competências e versatilidade. Assim, você estará mais forte para enfrentar outros desafios profissionais (além dos robôs).