Aline Costa Otávio é formada em Publicidade e Propaganda pela Pontifícia Universidade de São Paulo (PUC-SP) e está em vias de terminar sua segunda graduação – dessa vez em Administração de Empresas. Ela contou ao portal Seja Trainee como foram suas experiências nos processos seletivos de que participou e por que resolveu ser trainee na Riachuelo, uma das maiores empresas de varejo de moda do país. Veja seu relato:
História
Nasci em uma cidade pequena do interior de São Paulo e vim morar na capital para realizar minha formação acadêmica e posteriormente me inserir no mercado de trabalho. Meus três primeiros estágios foram na área de comunicação. Trabalhei na emissora Band e em duas agências de publicidade: RAI e Riot, onde fui efetivada.
Minha principal função em todos os empregos era manter contato com diversos tipos de pessoas. Nas agências, também tinha função de gerenciar pessoas e processos, organizar cronogramas e negociar. Ou seja, sempre vi o relacionamento com pessoas como principal objetivo a se buscar em uma vaga.
Entretanto, comecei a sentir um desejo de migrar para empresas. Em agências, principalmente as digitais, há muita rotatividade de clientes, então, quando começava entender um cliente já tinha que atender outro. Sentia falta de realmente me identificar e ter paixão por uma marca. Na publicidade, as pessoas são apaixonadas pela criatividade das idéias, porém eu procurava algo mais concreto.
Começo do trainee
Decidi ser Trainee pois não queria de começar do zero nessa transição. Aliado a isso, o trainee é diferente de todos outros empregos efetivos iniciais, uma vez que a empresa fornece um grande treinamento, acompanhamento e contato com lideranças. Sem falar que eu também almejava um desenvolvimento e crescimento profissional rápido que me levasse a um cargo de gestão.
Processo seletivo
Na primeira dinâmica em que participei, tive a impressão que havia muita gente ali que não sabia o porquê estava participando daquele processo e quais eram seus objetivos profissionais. Ou seja, a maioria dos candidatos não conseguia falar de si mesmo, pareciam perdidos. Infelizmente, eu também não tive sucesso nesta fase, não pela apresentação pessoal, mas pela etapa seguinte. Na apresentação do case, deixei minha ansiedade tomar conta e demonstrei minha preocupação em falar público, o que me eliminou. A própria consultoria me informou que apesar de conseguir me vender muito bem na apresentação pessoal, meu desespero ao apresentar o case foi notável.
A etapa que achei mais legal foi a entrevista pessoal. Fiz duas na Riachuelo, a primeira com um diretor mais o RH e a última com dois gestores. Achei interessante o quanto a minha relação com a família, os amigos e minhas experiências pessoais foram importantes para demonstrar que tipo de pessoa eu sou hoje. Os entrevistadores estão interessados em saber quem é você e o que busca, então, é a melhor hora para ser sincera e conseguir se vender.
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A mais difícil para mim foi o Painel. Antes das entrevistas, participei do Painel de Negócios da Riachuelo e tive que estudar muito sobre a empresa, fazer pesquisa de campo e realizar um projeto para apresentar. Geralmente a empresa não oferece muito tempo para tal, o que foi meu caso. Outro ponto é que seria a primeira vez que teria contato com um gestor da empresa, e isto realmente criou certo nervosismo e insegurança.
Um ponto interessante aqui é que tanto nesta fase quanto na dinâmica eu apresentei o porquê da minha escolha e como me identificava com a marca. Notei que fui a única que incluí esta parte em ambas as apresentações que participei.
Como relatei acima, participei do Painel de Negócios da Riachuelo. A experiência foi incrível, pois senti que me aproximei muito da marca e do dia a dia na loja.
Para apresentação do projeto, tive que visitar várias lojas da empresa e da concorrência, entrevistar funcionários e analisar os pontos positivos e negativos de cada unidade, para, assim, conseguir apresentar uma estratégia com bastante propriedade para o gestor.
Ensaiei bastante a apresentação para não correr o risco de dar branco ou travar na hora de falar. Também estudei muito sobre a Riachuelo, seus valores, estrutura, campanhas, posicionamento e objetivos no varejo.
O prazo era de uma semana, entretanto como tinha uma viagem marcada, tive que me virar em três dias. Como estava muito determinada, deu tudo certo!
Como o Seja trainee ajudou
Primeiramente, a Seja Trainee me ajudou muito a realizar uma grande análise de autoconhecimento. Passei a entender quais de fato são meus pontos fortes e fracos e como eles podem me ajudar e atrapalhar. Conseguir traçar uma relação dos pontos fortes que seriam mais vantajosos apresentar para cada tipo de empresa e ao mesmo tempo, aprendi controlar meus pontos fracos, como a ansiedade, de forma a não deixar o nervosismo tomar conta da situação.
Por meio de ferramentas, consegui definir quais são meus objetivos e motivações profissionais, para assim, conseguir enxergar qual vaga iria oferecer tudo aquilo que buscava. Dessa forma, teria mais chances de me realizar profissionalmente.
Em todas as etapas presenciais, reconheci que era muito importante demonstrar uma qualidade minha por meio de experiências profissionais, com contexto, ação e resultados obtidos. Porque falar apenas qual era minha característica não mostrava nada, caso não tivesse exemplos concretos. Também aprendi que é extremamente importante estudar a empresa e avaliar como me identificava com ela. Assim saberia se meu perfil e meus atributos seriam grandes diferenciais para aquela vaga e se encaixariam dentro dos valores da marca.
Este artigo foi originalmente publicado em Seja Trainee