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O que fazer nas férias? 4 segredos da ciência para (realmente) descansar e recarregar

o que fazer nas férias

Quando chegam as férias, é comum que se sentir indeciso sobre como aproveitar melhor esse período. Demandas pessoais acumuladas, descanso merecido, tarefas do dia a dia, aquela tão sonhada viagem…O que priorizar?

Há quem diga que o mais sábio a se fazer é usar esse tempo para recarregar as energias. Ou seja, fazer nada – mas com consciência! É isso que a socióloga Sabine Sonnentag, da Universidade de Constança, na Alemanha, vem investigando há pelo menos 20 anos.

Junto com seu time, ela descobriu que existem quatro fatores que contribuem para férias que realmente promovam recuperação:

  • Relaxamento;
  • Controle;
  • “Experiências de maestria”
  • Distanciamento mental do trabalho

A combinação dos quatro aspectos é o equivalente à uma “refeição nutritiva”. Sem eles, a experiência se compara à uma refeição de “calorias vazias”, sem valor nutricional alto. As descobertas de Sonnentag e de outros especialistas foram abordadas pelo consultor de negócios Alex Soojung-Kim Pang em um artigo no site Ideas TED.

O que fazer nas férias para recarregar (de verdade)

Com base nos resultados do estudo de Sonnentag, Pang explica o que fazer nas férias para obter um nível ideal de cada um dos quatro fatores.

#1 Relaxamento

Dos quatro fatores, este é o mais simples de entender. Basicamente, trata-se de se engajar em atividades agradáveis e pouco exigentes. O relaxamento não precisa ser totalmente passivo, mas não deve se parecer com o trabalho ou exigir muito esforço. Não se trata apenas de ficar parado no sofá, mas de fazer algo que não exija esforço físico ou cognitivo excessivo.

Caminhadas leves, banhos demorados, assistir a um filme tranquilo, escutar música, fazer jardinagem ou até praticar ioga suave são exemplos de atividades que promovem esse tipo de descanso. O mais importante é que essas ações estejam livres de cobranças e metas.

Tente evitar transformar o descanso em mais uma tarefa a cumprir — como fazer check-in em todos os pontos turísticos da cidade, por exemplo. Deixar espaço para o ócio e para simplesmente “não fazer nada” é uma forma legítima (e necessária) de recuperação.

#2 Controle

No contexto da recuperação, controle significa ter poder de decidir como você gasta seu tempo, energia e atenção. Em outras palavras, é sobre não deixar que outras pessoas ou compromissos determinem completamente o ritmo e o conteúdo dos seus dias de folga.

Poder decidir se vai acordar tarde ou cedo, sair de casa ou ficar lendo, cozinhar ou pedir comida — tudo isso contribui para a sensação de liberdade e descanso genuíno.

Para quem tem a vida muito regulada por agendas, horários e demandas externas, o simples fato de escolher o que fazer (ou não fazer) pode ser extremamente restaurador. Se for possível, evite agendar compromissos demais ou depender de cronogramas rígidos. Preservar blocos de tempo para si mesmo é uma forma eficaz de garantir que a recuperação seja realmente pessoal e profunda.

#3 “Experiências de maestria”

“Experiências de maestria” são coisas interessantes e envolventes que você faz bem. Elas podem ser desafiadoras, como aprender a tocar um instrumento, cozinhar uma receita complexa, praticar um esporte, fazer trilhas ou até montar quebra-cabeças — desde que sejam atividades que tragam prazer e envolvimento profundo.

O diferencial dessas experiências está na sua capacidade de estimular o foco, afastando pensamentos relacionados ao trabalho, e ao mesmo tempo fortalecer a autoestima. Ao nos engajarmos em algo que fazemos bem (ou que estamos aprendendo com entusiasmo), experimentamos um tipo de prazer que não é apenas relaxante, mas também energizante. Durante as férias, incluir momentos assim ajuda a sair do piloto automático e renova a motivação para o retorno à rotina.

#4 Distanciamento mental do trabalho

O “distanciamento mental do trabalho” não é só não ir ao escritório ou dar login: envolve também as interrupções relacionadas a ele. Os funcionários que levam o celular do trabalho ou precisam manter contato nas férias, por exemplo, mostram níveis mais altos de estresse.

Um estudo dos níveis de cortisol de trabalhadores de plantão encontrou uma diferença insignificante entre os níveis de estresse e alerta quando estavam no trabalho e quando estavam de plantão. Da mesma forma, as pessoas que se preocupam com o trabalho em sua folga têm taxas de recuperação mais baixas do que aquelas que não se preocupam.

Em outras palavras: é para deixar acontecer e depois das férias você vê!

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Tamanho ou frequência das férias: o que importa mais?

Psicólogos descobriram um efeito que acontece mesmo após as melhores férias possíveis: os benefícios não duram muito tempo. Quando humor, energia, engajamento e felicidade são medidos entre os trabalhadores antes e imediatamente depois das férias – semanas ou meses depois –, os estudiosos perceberam que o impulso emocional positivo dura cerca de três a quatro semanas.

Durante as férias, por sua vez, os níveis de felicidade aumentam rapidamente nos primeiros dias, atingem o pico em torno do oitavo dia, depois estabilizam ou diminuem lentamente.

Essas descobertas evidenciam que férias longas não significam, necessariamente, maior felicidade. Assim, tirar férias mais curtas e mais frequentes pode proporcionar maiores níveis de recuperação. Pense nelas como o sono: precisa ser algo regular para realmente te beneficiar.

Então já sabe: se você está saindo de férias, depois desse texto, é hora de descansar!

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