A partir de 26 de maio de 2025, entra em vigor no Brasil uma atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), estabelecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Essa mudança exige que as empresas identifiquem riscos psicossociais e implementem medidas para gerenciar a saúde mental dos profissionais, visando prevenir doenças relacionadas ao ambiente de trabalho, como aquelas decorrentes de sobrecarga, assédio moral ou sexual e estresse em ambientes tóxicos.
Contexto e impactos da nova regulamentação
Em 2024, o Brasil registrou o maior número de afastamentos por transtornos mentais em uma década, totalizando 472 mil licenças concedidas — um aumento de aproximadamente 67% em relação ao ano anterior, segundo dados do Ministério da Previdência Social. Essa estatística alarmante evidencia a urgência de medidas que protejam o bem-estar psicológico dos trabalhadores.
Com a atualização da NR-1, as empresas deverão incluir a avaliação e o gerenciamento dos riscos psicossociais no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Isso implica a necessidade de assessoria especializada em saúde e medicina ocupacionais para identificar tais riscos e desenvolver estratégias eficazes de prevenção e mitigação.
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Preparação das empresas para a nova norma
Para se adequar à nova regulamentação, é fundamental que as empresas adotem uma abordagem proativa. Isso inclui a realização de diagnósticos organizacionais para mapear fatores de risco psicossociais, a implementação de programas de promoção da saúde mental e a criação de canais de comunicação eficazes para que os colaboradores possam relatar problemas sem receio de represálias.
Além disso, a capacitação de líderes e gestores é essencial para que possam identificar sinais de sofrimento mental nas equipes e atuar de forma preventiva. A cultura organizacional deve ser orientada para o respeito, a inclusão e o apoio mútuo, criando um ambiente onde a saúde mental seja valorizada e protegida.
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Desenvolvimento da inteligência emocional como estratégia preventiva
Além das medidas institucionais, é ideal que os profissionais desenvolvam habilidades pessoais para lidar com desafios emocionais no ambiente de trabalho. A inteligência emocional, que envolve a capacidade de perceber, compreender e gerenciar as próprias emoções e as dos outros, é uma competência essencial nesse contexto.
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